A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/35384 |
Resumo: | Esta pesquisa investiga um paradoxo: enquanto as corporações do agronegócio são responsáveis pela maioria das emissões de gases de efeito estufa do Brasil, elas também estão no centro da resposta do país à crise climática. Então, como as maiores corporações do agronegócio brasileiro têm se articulado para construir e manter sua hegemonia na resposta do país às mudanças climáticas? Para responder esta pergunta, faço um estudo sobre a aproximação das corporações do agronegócio com a agenda climática que se iniciou há cerca de vinte anos. Mais especificamente, analiso a hegemonia das corporações do agronegócio na agenda climática como um "regime", seguindo o arcabouço teórico e metodológico das lógicas de explicação crítica de Glynos e Howarth (2007). Isso me permite entrar em diálogo frutífero com a literatura de estudos organizacionais referente aos estudos sobre hegemonia corporativa na agenda climática. Esta linha de investigação tem mostrado como jogos retóricos de escala e tempo, diversões táticas ou concessões às demandas ambientais são pilares-chave para a longevidade da hegemonia corporativa na agenda climática. No entanto, tal perspectiva tem sido insuficiente para explicar por que, apesar da multiplicação de eventos climáticos extremos, a hegemonia corporativa ainda se sustenta. Contribuo para esta lacuna teórica introduzindo o estudo da lógica fantasmática no discurso. Minha pesquisa mostra como, no discurso ambiental e climático das lideranças corporativas do agronegócio brasileiro, o afeto amarra-as, impossibilitando que as vozes mais críticas do setor questionem o seu modelo vigente e, com isso, limitando a adequação da resposta do setor ao tamanho e à gravidade da crise climática. |
id |
FGV_57ac26ffdd05a59b7d1fb2a1c48b6633 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.fgv.br:10438/35384 |
network_acronym_str |
FGV |
network_name_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
repository_id_str |
3974 |
spelling |
Gay, Pierre Eloi Paul AndréEscolas::EAESPKrieger, Morgana Gertrudes MartinsBühler, Eve AnneFontoura, Yuna Souza dos Reis daFontenelle, Isleide Arruda2024-06-03T15:09:13Z2024-06-03T15:09:13Z2024-04-29https://hdl.handle.net/10438/35384Esta pesquisa investiga um paradoxo: enquanto as corporações do agronegócio são responsáveis pela maioria das emissões de gases de efeito estufa do Brasil, elas também estão no centro da resposta do país à crise climática. Então, como as maiores corporações do agronegócio brasileiro têm se articulado para construir e manter sua hegemonia na resposta do país às mudanças climáticas? Para responder esta pergunta, faço um estudo sobre a aproximação das corporações do agronegócio com a agenda climática que se iniciou há cerca de vinte anos. Mais especificamente, analiso a hegemonia das corporações do agronegócio na agenda climática como um "regime", seguindo o arcabouço teórico e metodológico das lógicas de explicação crítica de Glynos e Howarth (2007). Isso me permite entrar em diálogo frutífero com a literatura de estudos organizacionais referente aos estudos sobre hegemonia corporativa na agenda climática. Esta linha de investigação tem mostrado como jogos retóricos de escala e tempo, diversões táticas ou concessões às demandas ambientais são pilares-chave para a longevidade da hegemonia corporativa na agenda climática. No entanto, tal perspectiva tem sido insuficiente para explicar por que, apesar da multiplicação de eventos climáticos extremos, a hegemonia corporativa ainda se sustenta. Contribuo para esta lacuna teórica introduzindo o estudo da lógica fantasmática no discurso. Minha pesquisa mostra como, no discurso ambiental e climático das lideranças corporativas do agronegócio brasileiro, o afeto amarra-as, impossibilitando que as vozes mais críticas do setor questionem o seu modelo vigente e, com isso, limitando a adequação da resposta do setor ao tamanho e à gravidade da crise climática.My research arises from a paradox: while agribusiness corporations are responsible for the majority of Brazil's greenhouse gas emissions, they are also at the forefront of the country's response to the climate crisis. Therefore, how have the largest Brazilian agribusiness corporations articulated themselves to build and maintain their hegemony in the country's response to climate change? To answer this question, I chose to conduct a study spanning over twenty years of the agribusiness corporations' engagement with the climate agenda. Specifically, I analyze the hegemony of agribusiness corporations in the climate agenda as a "regime," following the theoretical and methodological framework of Glynos and Howarth (2007) that they call the logics of critical explanation. This allows me to engage in a dialogue with studies on corporate hegemony in the climate agenda within the organizational studies literature. This line of work has shown how rhetorical games of scale and time, tactical diversions, or concessions to environmental demands are key pillars for the longevity of corporate hegemony in the climate agenda. However, this line of work has found it difficult to explain why, despite the multiplication of extreme weather events, corporate hegemony still receives public consent. I contribute to this theoretical gap by introducing the study of fantasmatic logic in discourse. My research shows how, in the environmental and climate discourse of agribusiness corporate leaders, affect binds them and limits their questioning of the current agribusiness model and, therefore, the adequacy of the sector's response to the scale and severity of the climate crisis.porMudanças climáticasAgronegócioHegemoniaLógicas de explicação críticaLógicas fantasmáticasClimate changeAgribusinessHegemonyLogics of critical explanationFantasmatical logicsAdministração de empresasAgroindústria - BrasilMudanças climáticasEmpresas - Aspectos ambientaisHegemoniaTeoria da organizaçãoResponsabilidade social da empresaA hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85112https://repositorio.fgv.br/bitstreams/446555f8-e522-4ee2-9a8a-dcd8b94c5d0d/download2a4b67231f701c416a809246e7a10077MD51ORIGINALTese - Pierre Eloi GAY - A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática v03062024.pdfTese - Pierre Eloi GAY - A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática v03062024.pdfPDFapplication/pdf2837701https://repositorio.fgv.br/bitstreams/efe2d6a1-9708-49dd-8a38-8461d9bf864b/download79110e382d59e4ca49cc0f9afc6a724dMD52TEXTTese - Pierre Eloi GAY - A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática v03062024.pdf.txtTese - Pierre Eloi GAY - A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática v03062024.pdf.txtExtracted texttext/plain103569https://repositorio.fgv.br/bitstreams/f13b58b3-cb9b-449a-91f3-9b3e6a46a785/downloadcf218b645523e9c3ae0f63968319b211MD53THUMBNAILTese - Pierre Eloi GAY - A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática v03062024.pdf.jpgTese - Pierre Eloi GAY - A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática v03062024.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2590https://repositorio.fgv.br/bitstreams/7e56900d-d89b-44e8-9f58-873c071f2318/download02419b358111dcec7bcef6ca099562b1MD5410438/353842024-06-03 17:17:18.411open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/35384https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742024-06-03T17:17:18Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50bwpIw6EgdW0gw7psdGltbyBwYXNzbzogcGFyYSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciBlIGRpc3RyaWJ1aXIgc3VhIHN1Ym1pc3PDo28gZW0gdG9kbyBvIG11bmRvLCB2b2PDqiBkZXZlIGNvbmNvcmRhciBjb20gb3MgdGVybW9zIGEgc2VndWlyLgoKQ29uY29yZGFyIGNvbSBvIFRlcm1vIGRlIExpY2VuY2lhbWVudG8sIHNlbGVjaW9uYW5kbyAiRXUgY29uY29yZG8gY29tIG8gVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50byIgZSBjbGlxdWUgZW0gIkZpbmFsaXphciBzdWJtaXNzw6NvIi4KClRFUk1PUyBMSUNFTkNJQU1FTlRPIFBBUkEgQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIMOAIEJJQkxJT1RFQ0EgVklSVFVBTCBGR1YgKHZlcnPDo28gMS4yKQoKMS4gVm9jw6osIHVzdcOhcmlvLWRlcG9zaXRhbnRlIGRhIEJpYmxpb3RlY2EgVmlydHVhbCBGR1YsIGFzc2VndXJhLCBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8sIHF1ZSDDqSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCB2b2PDqiBhc3NlZ3VyYSB0ZXIgb2J0aWRvLCBkaXJldGFtZW50ZSBkb3MgZGV2aWRvcyB0aXR1bGFyZXMsIGF1dG9yaXphw6fDo28gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIHBhcmEgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgT2JyYSwgYWJyYW5nZW5kbyB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmV4b3MgYWZldGFkb3MgcGVsYSBhc3NpbmF0dXJhIGRvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8sIGRlIG1vZG8gYSBlZmV0aXZhbWVudGUgaXNlbnRhciBhIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBwb3IgbWVpbyBkZSBzZXVzIHNpc3RlbWFzIGluZm9ybWF0aXphZG9zLgoKMi4gQSBhc3NpbmF0dXJhIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIHRlbSBjb21vIGNvbnNlccO8w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCByZXByb2R1emlyIGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MsIG5vIHNpdGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjQuIEVzdGEgbGljZW7Dp2EgYWJyYW5nZSwgYWluZGEsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgY29uZXhvcyBkZSBhcnRpc3RhcyBpbnTDqXJwcmV0ZXMgb3UgZXhlY3V0YW50ZXMsIHByb2R1dG9yZXMgZm9ub2dyw6FmaWNvcyBvdSBlbXByZXNhcyBkZSByYWRpb2RpZnVzw6NvIHF1ZSBldmVudHVhbG1lbnRlIHNlamFtIGFwbGljw6F2ZWlzIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBvYnJhIGRlcG9zaXRhZGEsIGVtIGNvbmZvcm1pZGFkZSBjb20gbyByZWdpbWUgZml4YWRvIG5vIFTDrXR1bG8gViBkYSBMZWkgOS42MTAvOTguCgo1LiBTZSBhIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBmb2kgb3Ugw6kgb2JqZXRvIGRlIGZpbmFuY2lhbWVudG8gcG9yIGluc3RpdHVpw6fDtWVzIGRlIGZvbWVudG8gw6AgcGVzcXVpc2Egb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgc2VtZWxoYW50ZSwgdm9jw6ogb3UgbyB0aXR1bGFyIGFzc2VndXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHRvZGFzIGFzIG9icmlnYcOnw7VlcyBxdWUgbGhlIGZvcmFtIGltcG9zdGFzIHBlbGEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBmaW5hbmNpYWRvcmEgZW0gcmF6w6NvIGRvIGZpbmFuY2lhbWVudG8sIGUgcXVlIG7Do28gZXN0w6EgY29udHJhcmlhbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc3Bvc2nDp8OjbyBjb250cmF0dWFsIHJlZmVyZW50ZSDDoCBwdWJsaWNhw6fDo28gZG8gY29udGXDumRvIG9yYSBzdWJtZXRpZG8gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjYuIENhc28gYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVuY29udHJlLXNlIGxpY2VuY2lhZGEgc29iIHVtYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgc29iIGEgbGljZW7Dp2EgR05VIEZyZWUgRG9jdW1lbnRhdGlvbiBMaWNlbnNlIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgb3Ugb3V0cmEgbGljZW7Dp2EgcXVhbGlmaWNhZGEgY29tbyBsaXZyZSBzZWd1bmRvIG9zIGNyaXTDqXJpb3MgZGEgRGVmaW5pdGlvbiBvZiBGcmVlIEN1bHR1cmFsIFdvcmtzIChkaXNwb27DrXZlbCBlbTogaHR0cDovL2ZyZWVkb21kZWZpbmVkLm9yZy9EZWZpbml0aW9uKSBvdSBGcmVlIFNvZnR3YXJlIERlZmluaXRpb24gKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vd3d3LmdudS5vcmcvcGhpbG9zb3BoeS9mcmVlLXN3Lmh0bWwpLCBvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbSBjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcyBsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIgYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEgaW50ZWdyYWwuCgpBbyBjb25jbHVpciBhIHByZXNlbnRlIGV0YXBhIGUgYXMgZXRhcGFzIHN1YnNlccO8ZW50ZXMgZG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbyBkZSBhcnF1aXZvcyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCB2b2PDqiBhdGVzdGEgcXVlIGxldSBlIGNvbmNvcmRhIGludGVncmFsbWVudGUgY29tIG9zIHRlcm1vcyBhY2ltYSBkZWxpbWl0YWRvcywgYXNzaW5hbmRvLW9zIHNlbSBmYXplciBxdWFscXVlciByZXNlcnZhIGUgbm92YW1lbnRlIGNvbmZpcm1hbmRvIHF1ZSBjdW1wcmUgb3MgcmVxdWlzaXRvcyBpbmRpY2Fkb3Mgbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYS4KCkhhdmVuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzY29yZMOibmNpYSBlbSByZWxhw6fDo28gYW9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3Mgb3UgbsOjbyBzZSB2ZXJpZmljYW5kbyBvIGV4aWdpZG8gbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYSwgdm9jw6ogZGV2ZSBpbnRlcnJvbXBlciBpbWVkaWF0YW1lbnRlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8Ojby4gQSBjb250aW51aWRhZGUgZG8gcHJvY2Vzc28gZXF1aXZhbGUgw6AgYXNzaW5hdHVyYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbSB0b2RhcyBhcyBjb25zZXHDvMOqbmNpYXMgbmVsZSBwcmV2aXN0YXMsIHN1amVpdGFuZG8tc2UgbyBzaWduYXTDoXJpbyBhIHNhbsOnw7VlcyBjaXZpcyBlIGNyaW1pbmFpcyBjYXNvIG7Do28gc2VqYSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBjb25leG9zIGFwbGljw6F2ZWlzIMOgIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBkdXJhbnRlIGVzdGUgcHJvY2Vzc28sIG91IGNhc28gbsOjbyB0ZW5oYSBvYnRpZG8gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gdGl0dWxhciBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgdG9kb3Mgb3MgdXNvcyBkYSBPYnJhIGVudm9sdmlkb3MuCgpQYXJhIGEgc29sdcOnw6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbywgY2xpcXVlIG5vIGxpbmsgIkZhbGUgY29ub3NjbyIuCgpTZSB2b2PDqiB0aXZlciBkw7p2aWRhcyBzb2JyZSBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBwb3IgZmF2b3IgZW50cmUgZW0gY29udGF0byBjb20gb3MgYWRtaW5pc3RyYWRvcmVzIGRvIFJlcG9zaXTDs3Jpby4K |
dc.title.por.fl_str_mv |
A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas |
title |
A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas |
spellingShingle |
A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas Gay, Pierre Eloi Paul André Mudanças climáticas Agronegócio Hegemonia Lógicas de explicação crítica Lógicas fantasmáticas Climate change Agribusiness Hegemony Logics of critical explanation Fantasmatical logics Administração de empresas Agroindústria - Brasil Mudanças climáticas Empresas - Aspectos ambientais Hegemonia Teoria da organização Responsabilidade social da empresa |
title_short |
A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas |
title_full |
A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas |
title_fullStr |
A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas |
title_full_unstemmed |
A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas |
title_sort |
A hegemonia das corporações do agronegócio brasileiro na agenda climática: lógicas sociais, políticas e fantasmáticas |
author |
Gay, Pierre Eloi Paul André |
author_facet |
Gay, Pierre Eloi Paul André |
author_role |
author |
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv |
Escolas::EAESP |
dc.contributor.member.none.fl_str_mv |
Krieger, Morgana Gertrudes Martins Bühler, Eve Anne Fontoura, Yuna Souza dos Reis da |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gay, Pierre Eloi Paul André |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Fontenelle, Isleide Arruda |
contributor_str_mv |
Fontenelle, Isleide Arruda |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mudanças climáticas Agronegócio Hegemonia Lógicas de explicação crítica Lógicas fantasmáticas |
topic |
Mudanças climáticas Agronegócio Hegemonia Lógicas de explicação crítica Lógicas fantasmáticas Climate change Agribusiness Hegemony Logics of critical explanation Fantasmatical logics Administração de empresas Agroindústria - Brasil Mudanças climáticas Empresas - Aspectos ambientais Hegemonia Teoria da organização Responsabilidade social da empresa |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Climate change Agribusiness Hegemony Logics of critical explanation Fantasmatical logics |
dc.subject.area.por.fl_str_mv |
Administração de empresas |
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv |
Agroindústria - Brasil Mudanças climáticas Empresas - Aspectos ambientais Hegemonia Teoria da organização Responsabilidade social da empresa |
description |
Esta pesquisa investiga um paradoxo: enquanto as corporações do agronegócio são responsáveis pela maioria das emissões de gases de efeito estufa do Brasil, elas também estão no centro da resposta do país à crise climática. Então, como as maiores corporações do agronegócio brasileiro têm se articulado para construir e manter sua hegemonia na resposta do país às mudanças climáticas? Para responder esta pergunta, faço um estudo sobre a aproximação das corporações do agronegócio com a agenda climática que se iniciou há cerca de vinte anos. Mais especificamente, analiso a hegemonia das corporações do agronegócio na agenda climática como um "regime", seguindo o arcabouço teórico e metodológico das lógicas de explicação crítica de Glynos e Howarth (2007). Isso me permite entrar em diálogo frutífero com a literatura de estudos organizacionais referente aos estudos sobre hegemonia corporativa na agenda climática. Esta linha de investigação tem mostrado como jogos retóricos de escala e tempo, diversões táticas ou concessões às demandas ambientais são pilares-chave para a longevidade da hegemonia corporativa na agenda climática. No entanto, tal perspectiva tem sido insuficiente para explicar por que, apesar da multiplicação de eventos climáticos extremos, a hegemonia corporativa ainda se sustenta. Contribuo para esta lacuna teórica introduzindo o estudo da lógica fantasmática no discurso. Minha pesquisa mostra como, no discurso ambiental e climático das lideranças corporativas do agronegócio brasileiro, o afeto amarra-as, impossibilitando que as vozes mais críticas do setor questionem o seu modelo vigente e, com isso, limitando a adequação da resposta do setor ao tamanho e à gravidade da crise climática. |
publishDate |
2024 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2024-06-03T15:09:13Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2024-06-03T15:09:13Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2024-04-29 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://hdl.handle.net/10438/35384 |
url |
https://hdl.handle.net/10438/35384 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) instname:Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
instname_str |
Fundação Getulio Vargas (FGV) |
instacron_str |
FGV |
institution |
FGV |
reponame_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
collection |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/446555f8-e522-4ee2-9a8a-dcd8b94c5d0d/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/efe2d6a1-9708-49dd-8a38-8461d9bf864b/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/f13b58b3-cb9b-449a-91f3-9b3e6a46a785/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/7e56900d-d89b-44e8-9f58-873c071f2318/download |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
2a4b67231f701c416a809246e7a10077 79110e382d59e4ca49cc0f9afc6a724d cf218b645523e9c3ae0f63968319b211 02419b358111dcec7bcef6ca099562b1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1810024093347479552 |