Quão importante é a satisfação dos funcionários para o valor das empresas no Brasil?
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/35026 |
Resumo: | A relação entre satisfação no trabalho e valor de empresas possui previsões conflitantes. Teorias de gestão argumentam que a satisfação pode ser uma importante ferramenta para melhorar recrutamento, retenção e motivação. Por outro lado, elevada satisfação pode ser decorrência de problemas de agência. Utilizando a lista Nacional das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil e dados da B3, investigamos o retorno em excesso dessas empresas através do modelo de quatro fatores de risco de Carhart (1997) entre 2001 e 2023. Como variável dependente, empregamos valor da empresa ao invés de medidas contábeis (como retorno sobre investimento ou lucro) pois permite controlar pelo risco e leva em conta os custos para aumentar a satisfação, além de reduzir problemas de causalidade reversa. De forma geral, empresas brasileiras com o maior índice de satisfação apresentam retornos anormais positivos de aproximadamente 6% ao ano, significantes ao nível de 5% e relevantes também economicamente. Quando analisamos cada quinquênio individualmente, encontramos retorno em excesso basicamente a partir da janela 2011-2016. Esses resultados são robustos ao uso de diferentes metodologias de peso e ao controle de outliers. Por fim, levamos em conta a Reforma Trabalhista de 2017 e os resultados winsorizados apresentam retornos em excesso principalmente após a Reforma e em maior magnitude (entre 9,34% e 11,55% a.a.). Conjuntamente, os resultados são consistentes com a ideia de que aumentar a flexibilidade no mercado de trabalho aumenta os benefícios da satisfação sobre o valor das empresas, e auxilia gestores a lidarem com recrutamento, retenção e motivação dos funcionários. |
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Castellano, Eduardo Fabiano de AmorimEscolas::EESPCastro Júnior, Francisco Henrique Figueiredo deKlotzle, Marcelo CabusColombo, Jefferson Augusto2024-03-12T12:00:21Z2024-03-12T12:00:21Z2024https://hdl.handle.net/10438/35026A relação entre satisfação no trabalho e valor de empresas possui previsões conflitantes. Teorias de gestão argumentam que a satisfação pode ser uma importante ferramenta para melhorar recrutamento, retenção e motivação. Por outro lado, elevada satisfação pode ser decorrência de problemas de agência. Utilizando a lista Nacional das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil e dados da B3, investigamos o retorno em excesso dessas empresas através do modelo de quatro fatores de risco de Carhart (1997) entre 2001 e 2023. Como variável dependente, empregamos valor da empresa ao invés de medidas contábeis (como retorno sobre investimento ou lucro) pois permite controlar pelo risco e leva em conta os custos para aumentar a satisfação, além de reduzir problemas de causalidade reversa. De forma geral, empresas brasileiras com o maior índice de satisfação apresentam retornos anormais positivos de aproximadamente 6% ao ano, significantes ao nível de 5% e relevantes também economicamente. Quando analisamos cada quinquênio individualmente, encontramos retorno em excesso basicamente a partir da janela 2011-2016. Esses resultados são robustos ao uso de diferentes metodologias de peso e ao controle de outliers. Por fim, levamos em conta a Reforma Trabalhista de 2017 e os resultados winsorizados apresentam retornos em excesso principalmente após a Reforma e em maior magnitude (entre 9,34% e 11,55% a.a.). Conjuntamente, os resultados são consistentes com a ideia de que aumentar a flexibilidade no mercado de trabalho aumenta os benefícios da satisfação sobre o valor das empresas, e auxilia gestores a lidarem com recrutamento, retenção e motivação dos funcionários.The relationship between job satisfaction and firm value has conflicting predictions. Management theories argue that satisfaction can be an important tool to improve recruitment, retention and motivation. On the other hand, high satisfaction may result from agency problems. Using the National List of the Best Companies to Work in Brazil and B3 data, we investigate the excess returns of these companies through Carhart's (1997) four-factor risk model between 2001 and 2023. As the dependent variable, we employ the company's value instead of accounting measures (such as return on investment or profit) because it allows for risk control and considers the costs to increase satisfaction, as well as reduces problems of reverse causality. In general, Brazilian companies with the highest satisfaction index show significant positive abnormal returns of approximately 6% per year, significant at the 5% level and also economically relevant. When we analyze each five-year period individually, we find excess returns mainly from the 2011-2016 window. These results are robust when controlled for different weighting methodologies and outlier control. Finally, we take into account the Brazilian Labor Reform of 2017, and the winsorized results reveal excess returns mainly after the Reform and in greater magnitude (between 9.34% and 11.55% per year). This finding supports the idea that increasing flexibility in the labor market enhances the benefits of satisfaction on firm value, and assists managers in dealing with employee recruitment, retention, and motivation.porRetorno anormalAçõesSatisfação no trabalhoMelhores empresas para trabalharGPTWAbnormal returnStocksJob satisfactionGreat place to workFinançasEconomiaEmpresas - Brasil - IndicadoresEmpresas - Avaliação - BrasilEmpresas - FinançasQualidade de vida no trabalhoSatisfação no trabalhoQuão importante é a satisfação dos funcionários para o valor das empresas no Brasil?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALDissertação Biblioteca pós-banca MPE FGV Eduardo Castellano.14.pdfDissertação Biblioteca pós-banca MPE FGV Eduardo 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A relação entre satisfação no trabalho e valor de empresas possui previsões conflitantes. Teorias de gestão argumentam que a satisfação pode ser uma importante ferramenta para melhorar recrutamento, retenção e motivação. Por outro lado, elevada satisfação pode ser decorrência de problemas de agência. Utilizando a lista Nacional das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil e dados da B3, investigamos o retorno em excesso dessas empresas através do modelo de quatro fatores de risco de Carhart (1997) entre 2001 e 2023. Como variável dependente, empregamos valor da empresa ao invés de medidas contábeis (como retorno sobre investimento ou lucro) pois permite controlar pelo risco e leva em conta os custos para aumentar a satisfação, além de reduzir problemas de causalidade reversa. De forma geral, empresas brasileiras com o maior índice de satisfação apresentam retornos anormais positivos de aproximadamente 6% ao ano, significantes ao nível de 5% e relevantes também economicamente. Quando analisamos cada quinquênio individualmente, encontramos retorno em excesso basicamente a partir da janela 2011-2016. Esses resultados são robustos ao uso de diferentes metodologias de peso e ao controle de outliers. Por fim, levamos em conta a Reforma Trabalhista de 2017 e os resultados winsorizados apresentam retornos em excesso principalmente após a Reforma e em maior magnitude (entre 9,34% e 11,55% a.a.). Conjuntamente, os resultados são consistentes com a ideia de que aumentar a flexibilidade no mercado de trabalho aumenta os benefícios da satisfação sobre o valor das empresas, e auxilia gestores a lidarem com recrutamento, retenção e motivação dos funcionários. |
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