Financiamento da recomposição florestal com exploração econômica da Reserva Legal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/30539 |
Resumo: | Em 25 de maio de 2012 foi instituído o Novo Código Florestal (NCF), por meio da Lei no 12.651. Tal lei estabeleceu novos critérios para uso e ocupação do solo de propriedades rurais no Brasil, afetando o setor agropecuário com reflexos na economia brasileira, uma vez que o setor da agroindústria representou em 2016 23,6% do PIB2 e 46,6% das exportações brasileiras. A atividade agropecuária ocupa no País aproximadamente 30% do território nacional. O NCF estabeleceu o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA). Além disso, formou-se com ele uma base para projetos de recomposição florestal, definindo que as florestas e as demais formas de vegetação nativa são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que as legislações estabelecem. Como parte do Acordo de Paris, o Brasil estabeleceu suas metas para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC em inglês). Uma delas foi restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. O déficit de vegetação nativa estimado considerando as regras do NCF é de 19 milhões de hectares. Tanto a NDC quanto os mecanismos de implementação do NCF, em particular o PRA, geram necessidade de aportes de recursos para o financiamento da vegetação a ser recomposta. O valor calculado para a meta estabelecida pela NDC é de até R$ 52 bilhões até 2030. Os custos de recomposição florestal não são desprezíveis e podem ser especialmente elevados para pequenos e médios produtores. A exploração econômica da Reserva Legal, como permitido pelo NCF, pode contribuir para melhorar o fluxo de caixa da propriedade. Considerando os desafios de recomposição vegetal e o passivo ambiental associado às áreas de APP e RL a serem recompostas no Brasil, é fundamental encontrar as condições que viabilizem maior aporte de recursos privados para este propósito. O financiamento bancário pode ser um elemento importante dessas condições. Atualmente, são estimados 11 milhões de hectares de passivo ambiental da área Reserva Legal (ARL) no país e 8 milhões de Área de Preservação Permanente. Considerando o custo médio de recomposição de R$ 20.000,00/ha no primeiro e R$ 7.000,00 no segundo, há um potencial mercado para financiamentos de R$ 138 bilhões (considerando 50% de recomposição da área total). Nesse contexto, esse estudo tem dois objetivos específicos: (i) identificar e avaliar modelos para financiamento de recomposição de áreas de Reserva Legal (onde há possibilidade de exploração econômica), considerando a gestão integrada da propriedade bem como modelos que possam reduzir o risco de crédito das operações; e (ii) identificar potenciais atividades, regiões e clientes para atuação do Sistema Financeiro Nacional (SFN) no financiamento de recomposição vegetal, a partir de dados das atividades produtivas da pecúaria, cana-de-açúcar e soja nos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso ao longo dos anos de 2016 e 2017. |
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Monzoni, MarioVendramini, AnneliseBarreto, Beatriz BeccariGusson, EduardoRocha, FernandaPeirão, PaulaMartins, SusianEscolas::EAESP2021-05-17T18:22:48Z2021-05-17T18:22:48Z2018-04https://hdl.handle.net/10438/30539Em 25 de maio de 2012 foi instituído o Novo Código Florestal (NCF), por meio da Lei no 12.651. Tal lei estabeleceu novos critérios para uso e ocupação do solo de propriedades rurais no Brasil, afetando o setor agropecuário com reflexos na economia brasileira, uma vez que o setor da agroindústria representou em 2016 23,6% do PIB2 e 46,6% das exportações brasileiras. A atividade agropecuária ocupa no País aproximadamente 30% do território nacional. O NCF estabeleceu o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA). Além disso, formou-se com ele uma base para projetos de recomposição florestal, definindo que as florestas e as demais formas de vegetação nativa são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que as legislações estabelecem. Como parte do Acordo de Paris, o Brasil estabeleceu suas metas para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC em inglês). Uma delas foi restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. O déficit de vegetação nativa estimado considerando as regras do NCF é de 19 milhões de hectares. Tanto a NDC quanto os mecanismos de implementação do NCF, em particular o PRA, geram necessidade de aportes de recursos para o financiamento da vegetação a ser recomposta. O valor calculado para a meta estabelecida pela NDC é de até R$ 52 bilhões até 2030. Os custos de recomposição florestal não são desprezíveis e podem ser especialmente elevados para pequenos e médios produtores. A exploração econômica da Reserva Legal, como permitido pelo NCF, pode contribuir para melhorar o fluxo de caixa da propriedade. Considerando os desafios de recomposição vegetal e o passivo ambiental associado às áreas de APP e RL a serem recompostas no Brasil, é fundamental encontrar as condições que viabilizem maior aporte de recursos privados para este propósito. O financiamento bancário pode ser um elemento importante dessas condições. Atualmente, são estimados 11 milhões de hectares de passivo ambiental da área Reserva Legal (ARL) no país e 8 milhões de Área de Preservação Permanente. Considerando o custo médio de recomposição de R$ 20.000,00/ha no primeiro e R$ 7.000,00 no segundo, há um potencial mercado para financiamentos de R$ 138 bilhões (considerando 50% de recomposição da área total). Nesse contexto, esse estudo tem dois objetivos específicos: (i) identificar e avaliar modelos para financiamento de recomposição de áreas de Reserva Legal (onde há possibilidade de exploração econômica), considerando a gestão integrada da propriedade bem como modelos que possam reduzir o risco de crédito das operações; e (ii) identificar potenciais atividades, regiões e clientes para atuação do Sistema Financeiro Nacional (SFN) no financiamento de recomposição vegetal, a partir de dados das atividades produtivas da pecúaria, cana-de-açúcar e soja nos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso ao longo dos anos de 2016 e 2017.porCentro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces)Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN)Reserva legalAgropecuáriaAdministração de empresasReservas florestaisAgricultura - BrasilFinanciamento da recomposição florestal com exploração econômica da Reserva LegalFinancing forest restoration with economic exploration of the Legal Reserveinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/93a5265e-bebd-4af0-8295-df95af133c57/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD53TEXTf_l03_rec_florestal_suplemento_mapas_1.pdf.txtf_l03_rec_florestal_suplemento_mapas_1.pdf.txtExtracted texttext/plain90980https://repositorio.fgv.br/bitstreams/bc8c45c8-7c63-4a0d-9d5f-a8b4b616d829/downloade03c3347d30db9632a6cb69fbabf0a3cMD510final_l03_rec_florestal_suplemento_2.pdf.txtfinal_l03_rec_florestal_suplemento_2.pdf.txtExtracted texttext/plain65954https://repositorio.fgv.br/bitstreams/8d580ad1-00f1-46cf-98ec-41d8a67e4ae4/download1f667dd193619fd1a0001eab48854c8eMD512final_l05_recomposicao_florestal.pdf.txtfinal_l05_recomposicao_florestal.pdf.txtExtracted 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Reservas florestais Agricultura - Brasil |
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Em 25 de maio de 2012 foi instituído o Novo Código Florestal (NCF), por meio da Lei no 12.651. Tal lei estabeleceu novos critérios para uso e ocupação do solo de propriedades rurais no Brasil, afetando o setor agropecuário com reflexos na economia brasileira, uma vez que o setor da agroindústria representou em 2016 23,6% do PIB2 e 46,6% das exportações brasileiras. A atividade agropecuária ocupa no País aproximadamente 30% do território nacional. O NCF estabeleceu o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA). Além disso, formou-se com ele uma base para projetos de recomposição florestal, definindo que as florestas e as demais formas de vegetação nativa são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que as legislações estabelecem. Como parte do Acordo de Paris, o Brasil estabeleceu suas metas para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC em inglês). Uma delas foi restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. O déficit de vegetação nativa estimado considerando as regras do NCF é de 19 milhões de hectares. Tanto a NDC quanto os mecanismos de implementação do NCF, em particular o PRA, geram necessidade de aportes de recursos para o financiamento da vegetação a ser recomposta. O valor calculado para a meta estabelecida pela NDC é de até R$ 52 bilhões até 2030. Os custos de recomposição florestal não são desprezíveis e podem ser especialmente elevados para pequenos e médios produtores. A exploração econômica da Reserva Legal, como permitido pelo NCF, pode contribuir para melhorar o fluxo de caixa da propriedade. Considerando os desafios de recomposição vegetal e o passivo ambiental associado às áreas de APP e RL a serem recompostas no Brasil, é fundamental encontrar as condições que viabilizem maior aporte de recursos privados para este propósito. O financiamento bancário pode ser um elemento importante dessas condições. Atualmente, são estimados 11 milhões de hectares de passivo ambiental da área Reserva Legal (ARL) no país e 8 milhões de Área de Preservação Permanente. Considerando o custo médio de recomposição de R$ 20.000,00/ha no primeiro e R$ 7.000,00 no segundo, há um potencial mercado para financiamentos de R$ 138 bilhões (considerando 50% de recomposição da área total). Nesse contexto, esse estudo tem dois objetivos específicos: (i) identificar e avaliar modelos para financiamento de recomposição de áreas de Reserva Legal (onde há possibilidade de exploração econômica), considerando a gestão integrada da propriedade bem como modelos que possam reduzir o risco de crédito das operações; e (ii) identificar potenciais atividades, regiões e clientes para atuação do Sistema Financeiro Nacional (SFN) no financiamento de recomposição vegetal, a partir de dados das atividades produtivas da pecúaria, cana-de-açúcar e soja nos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso ao longo dos anos de 2016 e 2017. |
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2018 |
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