Preferência por habitat no mercado brasileiro de títulos públicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/32082 |
Resumo: | O estudo da dívida pública está intimamente ligado à sua estrutura de maturidade ao longo do tempo. A teoria de preferência por habitat no mercado de títulos públicos tem se desenvolvido bastante nos últimos anos, principalmente com o advento de artigos como Vayanos e Vila (2021) e Greenwood e Vayanos (2014). Essa teoria se baseia no fato de que investidores possuem uma preferência por habitat com relação à maturidade dos títulos que compram (fundos de previdência, por exemplo, tendem a comprar títulos de longo prazo para alinhar a maturidade de seus ativos com a de suas obrigações). Por intermédio de arbitradores, é possível que efeitos em determinadas maturidades se propaguem por outras. Com essa teoria, podemos estabelecer hipóteses testáveis e avaliar como um aumento na maturidade relativa de longo prazo do estoque de títulos públicos influencia as taxas de juros e o retorno dos títulos públicos. Com base nos dados coletados durante o período de 2006-2021, realizamos a mesma análise feita por Greenwood e Vayanos (2014) para o mercado de títulos públicos brasileiros e chegamos a resultados semelhantes aos deles, porém, com alguma sensibilidade com relação à medida de estoque de dívida de longo prazo. Os resultados mostram que a média de maturidade ponderada pelo valor do estoque é a melhor medida para as previsões das hipóteses testáveis. Essa sensibilidade se faz presente principalmente pela diferença entre o mercado de títulos públicos americanos (predominantemente pré-fixado) e o mercado de títulos públicos brasileiro (com diversos tipos de títulos e indexadores). Nossos resultados mostram um aumento de 163 pontos base no spread da taxa de juros de 20 anos e de 20,16% de aumento no excesso de retorno referente a um aumento de um desvio-padrão na medida de dívida de longo prazo. Comparativamente, no mercado americano esses valores ficam em 39 pontos base e 2,31%, respectivamente. Em nível, considerando um aumento de 12 meses na maturidade média da dívida observa-se um aumento de 159 pontos base no spread da taxa de juros de 20 anos e de 19,64% no excesso de retorno esperado no mercado brasileiro. O mesmo efeito, no mercado americano, acarreta um aumento de 93 pontos base no spread da taxa de juros de 20 anos e de 5,5% no excesso de retorno esperado. |
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Ferreira, Gabriel Alcântara PuntelEscolas::EPGECosta, Carlos Eugênio Ellery Lustosa daAlmeida, Caio Ibsen Rodrigues deIachan, Felipe Saraiva2022-06-10T18:35:14Z2022-06-10T18:35:14Z2022-03-28https://hdl.handle.net/10438/32082O estudo da dívida pública está intimamente ligado à sua estrutura de maturidade ao longo do tempo. A teoria de preferência por habitat no mercado de títulos públicos tem se desenvolvido bastante nos últimos anos, principalmente com o advento de artigos como Vayanos e Vila (2021) e Greenwood e Vayanos (2014). Essa teoria se baseia no fato de que investidores possuem uma preferência por habitat com relação à maturidade dos títulos que compram (fundos de previdência, por exemplo, tendem a comprar títulos de longo prazo para alinhar a maturidade de seus ativos com a de suas obrigações). Por intermédio de arbitradores, é possível que efeitos em determinadas maturidades se propaguem por outras. 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O mesmo efeito, no mercado americano, acarreta um aumento de 93 pontos base no spread da taxa de juros de 20 anos e de 5,5% no excesso de retorno esperado.porDívida PúblicaMercado de Títulos Públicos FederalPreferência por HabitatTítulos públicos - BrasilDívida pública - BrasilTaxas de juros - BrasilPreferência por habitat no mercado brasileiro de títulos públicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2022-03-28info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALPDFPDFapplication/pdf1114167https://repositorio.fgv.br/bitstreams/d60342fe-f740-49fb-8f60-6f40b658919c/download0cc7bc15697d7bc6c798cdefa53a8428MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/fb76cb38-bfb9-479f-8176-471ba7169581/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTDissertação Gabriel Alcântara Puntel Ferreira 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O estudo da dívida pública está intimamente ligado à sua estrutura de maturidade ao longo do tempo. A teoria de preferência por habitat no mercado de títulos públicos tem se desenvolvido bastante nos últimos anos, principalmente com o advento de artigos como Vayanos e Vila (2021) e Greenwood e Vayanos (2014). Essa teoria se baseia no fato de que investidores possuem uma preferência por habitat com relação à maturidade dos títulos que compram (fundos de previdência, por exemplo, tendem a comprar títulos de longo prazo para alinhar a maturidade de seus ativos com a de suas obrigações). Por intermédio de arbitradores, é possível que efeitos em determinadas maturidades se propaguem por outras. Com essa teoria, podemos estabelecer hipóteses testáveis e avaliar como um aumento na maturidade relativa de longo prazo do estoque de títulos públicos influencia as taxas de juros e o retorno dos títulos públicos. Com base nos dados coletados durante o período de 2006-2021, realizamos a mesma análise feita por Greenwood e Vayanos (2014) para o mercado de títulos públicos brasileiros e chegamos a resultados semelhantes aos deles, porém, com alguma sensibilidade com relação à medida de estoque de dívida de longo prazo. Os resultados mostram que a média de maturidade ponderada pelo valor do estoque é a melhor medida para as previsões das hipóteses testáveis. Essa sensibilidade se faz presente principalmente pela diferença entre o mercado de títulos públicos americanos (predominantemente pré-fixado) e o mercado de títulos públicos brasileiro (com diversos tipos de títulos e indexadores). Nossos resultados mostram um aumento de 163 pontos base no spread da taxa de juros de 20 anos e de 20,16% de aumento no excesso de retorno referente a um aumento de um desvio-padrão na medida de dívida de longo prazo. Comparativamente, no mercado americano esses valores ficam em 39 pontos base e 2,31%, respectivamente. Em nível, considerando um aumento de 12 meses na maturidade média da dívida observa-se um aumento de 159 pontos base no spread da taxa de juros de 20 anos e de 19,64% no excesso de retorno esperado no mercado brasileiro. O mesmo efeito, no mercado americano, acarreta um aumento de 93 pontos base no spread da taxa de juros de 20 anos e de 5,5% no excesso de retorno esperado. |
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