Cesta de consumo e inflação para famílias de baixa renda

• Autor(a) principal: Lino, Igor dos Reis
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/27449
• topic: Inflação; Baixa renda; Consumo; Pesquisa de orçamentos familiares; Programa Bolsa Família; Inflation; Low income; Consumption; Consumer expenditure survey; Bolsa Família Program; Economia; Inflação; Famílias pobres; Família - Aspectos econômicos; Programa Bolsa Família (Brasil); Índices de preços ao consumidor; Orçamento familiar - Pesquisa - Brasil

O presente trabalho apresenta um Índice de Preços ao Consumidor focado nas famílias de baixa renda que compreende justamente o grupo formado pelas famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Deste modo, o estudo busca preencher uma lacuna no acompanhamento da inflação brasileira, posto que não existem indicadores para monitorar o comportamento dos preços para este grupo composto pelos indivíduos de renda mais baixa. O desenvolvimento do indicador começou com investigações da estrutura de consumo de famílias de baixo poder aquisitivo na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008/2009, visando identificar quais produtos e serviços mais comprometem o custo de vida dessas famílias. Além disso, após a construção da estrutura de gastos de tais famílias, foi possível estimar a inflação para este grupo social de janeiro de 2009 a dezembro de 2018. A pesquisa identifica que alimentos e tarifas públicas possuem grande peso no orçamento das famílias de baixa renda. Ademais, o estudo constata que, na última década, o grupo dos indivíduos de renda mais baixa conviveu com uma inflação inferior àquela observada pelos demais grupos da população. Por fim, utilizando-se o índice de inflação da população de baixa renda proposto neste estudo, calculou-se o reajuste do valor do benefício básico concedido pelo Programa Bolsa Família. Esta última análise sugere que o benefício perdeu grande poder aquisitivo ao longo da última década.