Departamentalização e assimetria de poder nas organizações públicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amorim, Caio Gonçalves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/32063
Resumo: Objetivo – O presente estudo tem por objetivo analisar como a departamentalização molda as relações de poder nas organizações públicas, sob a ótica dos sujeitos situados à margem do processo decisório, assentando a perspectiva de análise em estudos críticos, em contraponto ao pensamento tradicional, na sua hegemonia instrumentalista. Metodologia – A coleta de dados esteve baseada em dados secundários e na realização de entrevistas com servidores administrativos e empregados terceirizados das Superintendências Regionais do Trabalho – SRTb e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, que integram a Administração Pública direta federal. Como técnica de tratamento dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo para a realização de inferências e a descoberta do conteúdo latente afeto às relações de poder travadas na estrutura das organizações públicas. Resultados – A pesquisa revelou a força da departamentalização e, mais do que a letra fria do organograma funcional, como a divisão do trabalho é vivida, com a realização de tarefas repetitivas, com uma percepção de discriminação e com uma diferença de tratamento, causadora de insatisfações e de sofrimento. Apontou, ainda, que, a despeito do autorreconhecimento, pelos integrantes do apoio administrativo, de competências, conhecimentos e experiências importantes para a organização, não se percebem detentores de poder no lugar ocupado. Limitações – As peculiaridades da Administração Pública direta brasileira não recomendam que as análises empreendidas sejam aplicadas à iniciativa privada ou a entidades públicas estrangeiras. Ademais, o viés de enfrentamento do poder nas organizações, a partir da departamentalização e da experiência de determinados sujeitos, constitui um recorte entre os muitos possíveis para o tratamento do tema. Contribuições práticas – A pesquisa almeja colaborar com o avanço em direção a uma gestão dialógica, que reconheça o relevante saber tácito que reside nos seus trabalhadores, independentemente do núcleo em que estão alocados, integrando-os ao processo decisório, para que sejam também responsáveis pelos resultados destas decisões e não apenas sofram com os seus impactos, facilitando, inclusive, processos de mudança. Contribuições sociais – A pretensão do estudo é contribuir para o enfrentamento da desigualdade, que termina por se refletir em cada um dos domínios sociais, inclusive dentro de instituições públicas, enaltecendo o conhecimento, a voz e a importância dos servidores administrativos e empregados terceirizados, enxergando-os como sujeitos, com uma trilha direcionada à eticização do poder, que permita espaço de morada ao outro. Originalidade – A lente de análise, na Administração, costuma estar voltada para o acréscimo ou, minimamente, a manutenção dos padrões de qualidade dos serviços prestados, num cenário de redução do quantitativo de trabalhadores em funções auxiliares. É oportuno, contudo, um olhar para as pessoas, buscando compreender de que forma o exercício do poder é por elas percebido e sentido.
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Como técnica de tratamento dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo para a realização de inferências e a descoberta do conteúdo latente afeto às relações de poder travadas na estrutura das organizações públicas. Resultados – A pesquisa revelou a força da departamentalização e, mais do que a letra fria do organograma funcional, como a divisão do trabalho é vivida, com a realização de tarefas repetitivas, com uma percepção de discriminação e com uma diferença de tratamento, causadora de insatisfações e de sofrimento. Apontou, ainda, que, a despeito do autorreconhecimento, pelos integrantes do apoio administrativo, de competências, conhecimentos e experiências importantes para a organização, não se percebem detentores de poder no lugar ocupado. Limitações – As peculiaridades da Administração Pública direta brasileira não recomendam que as análises empreendidas sejam aplicadas à iniciativa privada ou a entidades públicas estrangeiras. Ademais, o viés de enfrentamento do poder nas organizações, a partir da departamentalização e da experiência de determinados sujeitos, constitui um recorte entre os muitos possíveis para o tratamento do tema. Contribuições práticas – A pesquisa almeja colaborar com o avanço em direção a uma gestão dialógica, que reconheça o relevante saber tácito que reside nos seus trabalhadores, independentemente do núcleo em que estão alocados, integrando-os ao processo decisório, para que sejam também responsáveis pelos resultados destas decisões e não apenas sofram com os seus impactos, facilitando, inclusive, processos de mudança. Contribuições sociais – A pretensão do estudo é contribuir para o enfrentamento da desigualdade, que termina por se refletir em cada um dos domínios sociais, inclusive dentro de instituições públicas, enaltecendo o conhecimento, a voz e a importância dos servidores administrativos e empregados terceirizados, enxergando-os como sujeitos, com uma trilha direcionada à eticização do poder, que permita espaço de morada ao outro. Originalidade – A lente de análise, na Administração, costuma estar voltada para o acréscimo ou, minimamente, a manutenção dos padrões de qualidade dos serviços prestados, num cenário de redução do quantitativo de trabalhadores em funções auxiliares. É oportuno, contudo, um olhar para as pessoas, buscando compreender de que forma o exercício do poder é por elas percebido e sentido.Purpose – The present study aims to analyze how departmentalization shapes power relations in public organizations, from the point of view of people situated on the margins of the decision-making process, basing the perspective of analysis on critical studies, in contrast to traditional knowledge, in its instrumentalist hegemony. Design/Methodology – Data collection was based on secondary data and on interviews with administrative employees and outsourced employees of the Regional Labor Superintendencies – SRTb and the Attorney General of the National Treasury – PGFN, which are part of the direct federal Public Administration. As a data treatment technique, content analysis was used to make inferences and discover the latent content related to the power relations held in the structure of public organizations. Findings – The research revealed the strength of departmentalization and, more than the cold handwriting of the functional organization chart, how the division of labor is experienced, with the performance of repetitive tasks, with a perception of discrimination and with a difference in treatment, causing dissatisfaction and suffering. It also pointed out that, despite the self-recognition, by the members of the administrative support, of competences, knowledge and experiences that are important for the organization, they do not perceive themselves to be holders of power in the occupied place. Research limitations – The peculiarities of the brazilian direct Public Administration do not recommend that the analyzes undertaken be applied to the private sector or to foreign public entities. Furthermore, the confrontation of power in organizations, based on the departmentalization and experience of certain subjects, constitutes a cut-off among the many possible for the treatment of the theme. Pratical implications – The research aims to collaborate with the advance towards a dialogic management, which recognizes the relevant tacit knowledge that resides in its workers, regardless of the sector in which they are allocated, integrating them into the decision-making process, so that they are also responsible for the results of these decisions, and not only suffer from their impacts, also facilitating change processes. Social implications – The study intends to contribute to face inequality, which ends up being reflected in each of the social domains, including within public institutions, praising the knowledge, voice and importance of administrative servers and outsourced employees, seeing them as subjects, with a path directed to the ethicization of power, which allows a dwelling space for the other. Originality – The analysis lens, in the Administration, is usually focused on the increase or, at least, the maintenance of the quality standards of the services provided, in a scenario of reduction in the number of workers in auxiliary functions. It is opportune, however, to look at people, seeking to understand how the exercise of power is perceived and felt by them.porDepartamentalizaçãoPoderDesigualdadeAssimetriaPrecarizaçãoSofrimento no trabalhoDepartmentalizationPowerInequalityAsymmetryPrecariousnessSuffering at workAdministração públicaDescentralização na administração pública - BrasilTrabalho - Aspectos psicológicosComportamento organizacionalPoder (Ciências sociais)Desenvolvimento organizacionalDepartamentalização e assimetria de poder nas organizações públicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2022-05-20reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALCaio Gonçalves Amorim - Dissertação Versão Final [1].pdfCaio Gonçalves Amorim - Dissertação Versão Final 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description Objetivo – O presente estudo tem por objetivo analisar como a departamentalização molda as relações de poder nas organizações públicas, sob a ótica dos sujeitos situados à margem do processo decisório, assentando a perspectiva de análise em estudos críticos, em contraponto ao pensamento tradicional, na sua hegemonia instrumentalista. Metodologia – A coleta de dados esteve baseada em dados secundários e na realização de entrevistas com servidores administrativos e empregados terceirizados das Superintendências Regionais do Trabalho – SRTb e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, que integram a Administração Pública direta federal. Como técnica de tratamento dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo para a realização de inferências e a descoberta do conteúdo latente afeto às relações de poder travadas na estrutura das organizações públicas. Resultados – A pesquisa revelou a força da departamentalização e, mais do que a letra fria do organograma funcional, como a divisão do trabalho é vivida, com a realização de tarefas repetitivas, com uma percepção de discriminação e com uma diferença de tratamento, causadora de insatisfações e de sofrimento. Apontou, ainda, que, a despeito do autorreconhecimento, pelos integrantes do apoio administrativo, de competências, conhecimentos e experiências importantes para a organização, não se percebem detentores de poder no lugar ocupado. Limitações – As peculiaridades da Administração Pública direta brasileira não recomendam que as análises empreendidas sejam aplicadas à iniciativa privada ou a entidades públicas estrangeiras. Ademais, o viés de enfrentamento do poder nas organizações, a partir da departamentalização e da experiência de determinados sujeitos, constitui um recorte entre os muitos possíveis para o tratamento do tema. Contribuições práticas – A pesquisa almeja colaborar com o avanço em direção a uma gestão dialógica, que reconheça o relevante saber tácito que reside nos seus trabalhadores, independentemente do núcleo em que estão alocados, integrando-os ao processo decisório, para que sejam também responsáveis pelos resultados destas decisões e não apenas sofram com os seus impactos, facilitando, inclusive, processos de mudança. Contribuições sociais – A pretensão do estudo é contribuir para o enfrentamento da desigualdade, que termina por se refletir em cada um dos domínios sociais, inclusive dentro de instituições públicas, enaltecendo o conhecimento, a voz e a importância dos servidores administrativos e empregados terceirizados, enxergando-os como sujeitos, com uma trilha direcionada à eticização do poder, que permita espaço de morada ao outro. Originalidade – A lente de análise, na Administração, costuma estar voltada para o acréscimo ou, minimamente, a manutenção dos padrões de qualidade dos serviços prestados, num cenário de redução do quantitativo de trabalhadores em funções auxiliares. É oportuno, contudo, um olhar para as pessoas, buscando compreender de que forma o exercício do poder é por elas percebido e sentido.
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