Robôs, redes sociais e política no Brasil: análise de interferências de perfis automatizados de 2014

Bibliographic Details
Main Author: Ruediger, Marco Aurélio
Publication Date: 2018
Other Authors: Grassi, Amaro, Guedes, Ana Lúcia
Format: Conference object
Language: por
Source: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Download full: http://hdl.handle.net/10438/25739
Summary: A atuação de robôs e a geração de perfis automatizados no debate político são riscos conhecidos ao processo democrático desde pelo menos 2014, conforme estudo da FGV DAPP de agosto de 20171 que demonstrou a presença de “robôs” atuando em favor dos principais campos políticos no Twitter durante a eleições naquele ano. Em 2018, no entanto, a questão é ainda mais relevante, e agora agravada pelo fenômeno das fake news : os bots já estão presentes no debate político , como consta em estudo da FGV DAPP no prelo com foco nos principais presidenciáveis. O presente estudo (inédito) identifica, agora, uma botnet (rede de robôs), tendo o processo político de 2014 como referência, de 699 perfis automatizados (uma “sub-rede” do total de robôs identificados pela FGV DAPP no período) que compartilharam conteúdos das campanhas de Aécio Neves (PSDB) e de Marina Silva (ex-PSB) em 2014 . Na mesma base de dados das eleições de 2014, foram avaliadas também as contas automatizadas da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A análise identificou uma botnet com total de 430 contas automatizadas (outra “sub-rede”) que compartilharam o link do site Muda Mais e 79 contas que compartilharam o link de Dilma . A análise revela, em síntese, vínculos entre (1) empresas que prestaram serviços às candidaturas de Aécio, Marina e Dilma e as respectivas campanhas, e (2) sites de campanha cujos conteúdos foram compartilhados por redes de robôs (botnets ), nas campanhas de Aécio Neves (Caso 1), Marina Silva (Caso 2) e Dilma Rousseff (Caso 3) . O estudo, porém, não visa identificar a contratação da prestação de serviços para o uso de perfis automatizados pelas campanhas ou candidatos analisados, uma vez que possui interesse apenas acadêmico e metodológico, no que diz respeito às implicações de interferências de robôs e perfis automatizados no debate público nas redes sociais. Em referência ao Caso 1 - Campanha Aécio Neves , a partir do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , foi possível identificar pagamentos no valor de R$ 168 mil em três parcelas à Storm Security para prestação de serviços de tecnologia, configurando vínculo entre a prestadora e o site cujos conteúdos foram compartilhados por robôs. No Caso 3 - Campanha Dilma Rousseff , esse vínculo é comprovado por uma decisão do TSE deferindo liminar , pedida por Marina Silva e sua coligação, que sustenta que a empresa Digital Polis , detentora do registro do site www.dilma.com.br , era o braço de internet da Polis Propaganda , “empresa em cujo nome está o www.mudamais.com ". A análise dos padrões de imagens, textos e locações que constam nos robôs do Caso 1 - Campanha Aécio Neves remete ainda para serviços potencialmente adquiridos e/ou produzidos no exterior, sobretudo na Rússia . Com o financiamento público previsto para 2018, o uso de robôs para disseminar fake news pode interferir no processo democrático. Os resultados confirmam, portanto, os riscos de interferências nas eleições brasileiras por meio do uso , em todos os principais campos políticos, de perfis automatizados (robôs) e conteúdos manipulatórios nas redes sociais nas eleições de 2018 e no financiamento de campanha, agora com recursos públicos. Robôs podem apresentar aspectos negativos e positivos : podem ser poluidores de conteúdo e promotores maliciosos; mas também podem ser legítimos, publicando notícias e atualizando feeds , realizando transações, atendimento, entre outros serviços. No presente estudo, o foco recai sobre os primeiros, com o objetivo principal de gerar reflexões acerca das interferências no processo eleitoral e da defesa da democracia. Por fim, os resultados apresentados neste documento foram obtidos a partir de uma sequência de processos metodológicos, analíticos e investigativos. O fato de que as informações obtidas sejam de fontes públicas e de livre acesso implica que o estudo pode ser replicada para fins de verificação da metodologia utilizada pela FGV DAPP.
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O presente estudo (inédito) identifica, agora, uma botnet (rede de robôs), tendo o processo político de 2014 como referência, de 699 perfis automatizados (uma “sub-rede” do total de robôs identificados pela FGV DAPP no período) que compartilharam conteúdos das campanhas de Aécio Neves (PSDB) e de Marina Silva (ex-PSB) em 2014 . Na mesma base de dados das eleições de 2014, foram avaliadas também as contas automatizadas da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A análise identificou uma botnet com total de 430 contas automatizadas (outra “sub-rede”) que compartilharam o link do site Muda Mais e 79 contas que compartilharam o link de Dilma . A análise revela, em síntese, vínculos entre (1) empresas que prestaram serviços às candidaturas de Aécio, Marina e Dilma e as respectivas campanhas, e (2) sites de campanha cujos conteúdos foram compartilhados por redes de robôs (botnets ), nas campanhas de Aécio Neves (Caso 1), Marina Silva (Caso 2) e Dilma Rousseff (Caso 3) . O estudo, porém, não visa identificar a contratação da prestação de serviços para o uso de perfis automatizados pelas campanhas ou candidatos analisados, uma vez que possui interesse apenas acadêmico e metodológico, no que diz respeito às implicações de interferências de robôs e perfis automatizados no debate público nas redes sociais. Em referência ao Caso 1 - Campanha Aécio Neves , a partir do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , foi possível identificar pagamentos no valor de R$ 168 mil em três parcelas à Storm Security para prestação de serviços de tecnologia, configurando vínculo entre a prestadora e o site cujos conteúdos foram compartilhados por robôs. 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Robôs podem apresentar aspectos negativos e positivos : podem ser poluidores de conteúdo e promotores maliciosos; mas também podem ser legítimos, publicando notícias e atualizando feeds , realizando transações, atendimento, entre outros serviços. No presente estudo, o foco recai sobre os primeiros, com o objetivo principal de gerar reflexões acerca das interferências no processo eleitoral e da defesa da democracia. Por fim, os resultados apresentados neste documento foram obtidos a partir de uma sequência de processos metodológicos, analíticos e investigativos. O fato de que as informações obtidas sejam de fontes públicas e de livre acesso implica que o estudo pode ser replicada para fins de verificação da metodologia utilizada pela FGV DAPP.porRobôsRedes sociaisPolíticaBrasilEleições 2014Perfis automatizadosAdministração públicaRedes sociais on-linePolíticas públicasEleiçõesRobôsRobôs, redes sociais e política no Brasil: análise de interferências de perfis automatizados de 2014Análise de interferências de perfis automatizados de 2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTInterferências-nas-Eleições-de-2014-1 Policy Paper 1.pdf.txtInterferências-nas-Eleições-de-2014-1 Policy Paper 1.pdf.txtExtracted 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Eleições
Robôs
description A atuação de robôs e a geração de perfis automatizados no debate político são riscos conhecidos ao processo democrático desde pelo menos 2014, conforme estudo da FGV DAPP de agosto de 20171 que demonstrou a presença de “robôs” atuando em favor dos principais campos políticos no Twitter durante a eleições naquele ano. Em 2018, no entanto, a questão é ainda mais relevante, e agora agravada pelo fenômeno das fake news : os bots já estão presentes no debate político , como consta em estudo da FGV DAPP no prelo com foco nos principais presidenciáveis. O presente estudo (inédito) identifica, agora, uma botnet (rede de robôs), tendo o processo político de 2014 como referência, de 699 perfis automatizados (uma “sub-rede” do total de robôs identificados pela FGV DAPP no período) que compartilharam conteúdos das campanhas de Aécio Neves (PSDB) e de Marina Silva (ex-PSB) em 2014 . Na mesma base de dados das eleições de 2014, foram avaliadas também as contas automatizadas da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A análise identificou uma botnet com total de 430 contas automatizadas (outra “sub-rede”) que compartilharam o link do site Muda Mais e 79 contas que compartilharam o link de Dilma . A análise revela, em síntese, vínculos entre (1) empresas que prestaram serviços às candidaturas de Aécio, Marina e Dilma e as respectivas campanhas, e (2) sites de campanha cujos conteúdos foram compartilhados por redes de robôs (botnets ), nas campanhas de Aécio Neves (Caso 1), Marina Silva (Caso 2) e Dilma Rousseff (Caso 3) . O estudo, porém, não visa identificar a contratação da prestação de serviços para o uso de perfis automatizados pelas campanhas ou candidatos analisados, uma vez que possui interesse apenas acadêmico e metodológico, no que diz respeito às implicações de interferências de robôs e perfis automatizados no debate público nas redes sociais. Em referência ao Caso 1 - Campanha Aécio Neves , a partir do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , foi possível identificar pagamentos no valor de R$ 168 mil em três parcelas à Storm Security para prestação de serviços de tecnologia, configurando vínculo entre a prestadora e o site cujos conteúdos foram compartilhados por robôs. No Caso 3 - Campanha Dilma Rousseff , esse vínculo é comprovado por uma decisão do TSE deferindo liminar , pedida por Marina Silva e sua coligação, que sustenta que a empresa Digital Polis , detentora do registro do site www.dilma.com.br , era o braço de internet da Polis Propaganda , “empresa em cujo nome está o www.mudamais.com ". A análise dos padrões de imagens, textos e locações que constam nos robôs do Caso 1 - Campanha Aécio Neves remete ainda para serviços potencialmente adquiridos e/ou produzidos no exterior, sobretudo na Rússia . Com o financiamento público previsto para 2018, o uso de robôs para disseminar fake news pode interferir no processo democrático. Os resultados confirmam, portanto, os riscos de interferências nas eleições brasileiras por meio do uso , em todos os principais campos políticos, de perfis automatizados (robôs) e conteúdos manipulatórios nas redes sociais nas eleições de 2018 e no financiamento de campanha, agora com recursos públicos. Robôs podem apresentar aspectos negativos e positivos : podem ser poluidores de conteúdo e promotores maliciosos; mas também podem ser legítimos, publicando notícias e atualizando feeds , realizando transações, atendimento, entre outros serviços. No presente estudo, o foco recai sobre os primeiros, com o objetivo principal de gerar reflexões acerca das interferências no processo eleitoral e da defesa da democracia. Por fim, os resultados apresentados neste documento foram obtidos a partir de uma sequência de processos metodológicos, analíticos e investigativos. O fato de que as informações obtidas sejam de fontes públicas e de livre acesso implica que o estudo pode ser replicada para fins de verificação da metodologia utilizada pela FGV DAPP.
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