Associações de magistrados e o judiciário brasileiro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/29595 |
Resumo: | A partir da discussão teórica do conflito entre independência judicial e controle democrático dos poderes e da constatação pela literatura especializada de que as associações de magistrados respondem pela maioria das ações propostas contra atos ou decisões do CNJ, órgão criado pela EC n° 45, em 2004, para realizar o controle do Judiciário, o presente trabalho analisa as relações entre o CNJ, STF e associações de magistrados, visando responder às seguintes questões: 1) Por que as associações acionam o STF contra o CNJ? 2) Qual tem sido a reação do STF frente a tais ações judiciais; 3) E, ainda, qual dinâmica política permite explicar a redução da litigância nos últimos anos, como a literatura tem igualmente observado? Para responder a essas perguntas, é realizado um amplo levantamento de dados referente às ações propostas pelas associações de magistrados contra o CNJ, em um total de 62 processos, sendo 26 ações diretas de inconstitucionalidade e 31 mandados de segurança Depois de catalogadas por data da propositura, ato questionado e mandato de presidente do CNJ, as ações foram analisadas, em perspectiva qualitativa, permitindo responder às perguntas de pesquisa. As associações recorrem ao STF contra resoluções do CNJ sempre que esse órgão adota medidas mais rígidas de controle, movimentando-se para impedir que elas se efetivem. As ações judiciais são, assim, arma política nessa luta interna entre os órgãos superiores do Judiciário brasileiro. Por sua vez, o STF atende ao pedido das associações só em casos excepcionais, mantendo íntegra a normativa expedida pelo CNJ na maioria dos casos. Com relação à redução mais recente da litigância, a pesquisa ajuda a confirmar a intuição levantada pela literatura de que as associações de magistrados não mais se movimentam na litigância jurídica na medida em que, a partir de 2015, elas passam a fazer parte da própria estrutura institucional do CNJ, com a criação de um conselho consultivo junto à presidência, composto pelos presidentes das três associações de magistrados de âmbito nacional. Todavia, isto implica a redução da distância entre controlador e controlado, com consequências que ainda precisam ser compreendidas. |
id |
FGV_f7974db9f884be4d3694be7088d841cb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.fgv.br:10438/29595 |
network_acronym_str |
FGV |
network_name_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
repository_id_str |
3974 |
spelling |
Coutinho, Maria Laura de SouzaEscolas::EAESPAbrucio, Fernando LuizCunha, Luciana GrossArantes, Rogério BastosLoureiro, Maria Rita Garcia2020-08-20T17:46:28Z2020-08-20T17:46:28Z2020-07-15https://hdl.handle.net/10438/29595A partir da discussão teórica do conflito entre independência judicial e controle democrático dos poderes e da constatação pela literatura especializada de que as associações de magistrados respondem pela maioria das ações propostas contra atos ou decisões do CNJ, órgão criado pela EC n° 45, em 2004, para realizar o controle do Judiciário, o presente trabalho analisa as relações entre o CNJ, STF e associações de magistrados, visando responder às seguintes questões: 1) Por que as associações acionam o STF contra o CNJ? 2) Qual tem sido a reação do STF frente a tais ações judiciais; 3) E, ainda, qual dinâmica política permite explicar a redução da litigância nos últimos anos, como a literatura tem igualmente observado? Para responder a essas perguntas, é realizado um amplo levantamento de dados referente às ações propostas pelas associações de magistrados contra o CNJ, em um total de 62 processos, sendo 26 ações diretas de inconstitucionalidade e 31 mandados de segurança Depois de catalogadas por data da propositura, ato questionado e mandato de presidente do CNJ, as ações foram analisadas, em perspectiva qualitativa, permitindo responder às perguntas de pesquisa. As associações recorrem ao STF contra resoluções do CNJ sempre que esse órgão adota medidas mais rígidas de controle, movimentando-se para impedir que elas se efetivem. As ações judiciais são, assim, arma política nessa luta interna entre os órgãos superiores do Judiciário brasileiro. Por sua vez, o STF atende ao pedido das associações só em casos excepcionais, mantendo íntegra a normativa expedida pelo CNJ na maioria dos casos. Com relação à redução mais recente da litigância, a pesquisa ajuda a confirmar a intuição levantada pela literatura de que as associações de magistrados não mais se movimentam na litigância jurídica na medida em que, a partir de 2015, elas passam a fazer parte da própria estrutura institucional do CNJ, com a criação de um conselho consultivo junto à presidência, composto pelos presidentes das três associações de magistrados de âmbito nacional. Todavia, isto implica a redução da distância entre controlador e controlado, com consequências que ainda precisam ser compreendidas.The present research objective is to analyze the relations among CNJ, the administrative body created in 2004 to control the Judiciary, STF e judges’ associations. According to the literature focused on the tensions about judicial accountability and judicial independence and considering previous researches that concluded that judges’ associations are responsible for the great majority of lawsuits that questions rulings and acts from CNJ, this research aims to answer the following questions: 1) Why judges’ associations go to STF to questions decisions and rulings from CNJ? 2) How STF reacts to these claims? 3) Is there a political dynamic that could explain the why there was a reduction of litigation by the judges’ associations in the last years, as also pointed by researches? To answer these questions, I collected data about all the claims made by judges’ association against acts or ruling of CNJ, resulting in 62 cases. From these 62 cases, 26 were judicial review cases and 31 were warrants. Finally, I classified them according the filing date; the act questioned and the period and president of CNJ at the time. The associations had tried to block CNJ acts when the CNJ adopted stringent accountability measures. Litigation is used as a political weapon in the disputes among the Brazilian Judiciary summit. However, the STF only decides exceptional cases in associations favor, usually refraining to block acts from the CNJ. The research also confirmed the results of previous researches that conclude that the creation of an advisory body to the CNJ’s president, composed by the presidents of the three main judges’ associations, is the main cause of the reduction in litigation as the influence of the associations were institutionalized. The victory of the associations was a setback to democratic control over the Judiciary because it meant the disappearance of the mandatory distinction among controlled and controllers.porJudicial accountabilityJudges’ associationsControle do judiciárioConselho Nacional de JustiçaAssociações de magistradosAdministração públicaPoder judiciário - Independência - BrasilControle da constitucionalidadeConselho Nacional de Justiça (Brasil)JuízesAssociações, instituições, etc.Associações de magistrados e o judiciário brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALTESECoutinho, Maria Laura de Souza _julho_15_2020.pdfTESECoutinho, Maria Laura de Souza _julho_15_2020.pdfPDFapplication/pdf1781113https://repositorio.fgv.br/bitstreams/05123010-aa5f-4e7e-a7f7-21b5842a8e70/download132259c144d218317c9cfb29f495f09dMD51TEXTTESECoutinho, Maria Laura de Souza _julho_15_2020.pdf.txtTESECoutinho, Maria Laura de Souza _julho_15_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain103464https://repositorio.fgv.br/bitstreams/f2002661-1f54-4ae2-9405-6069bfb62020/downloadffebc62bffe38cd78eb4eda4d5f9a165MD55THUMBNAILTESECoutinho, Maria Laura de Souza _julho_15_2020.pdf.jpgTESECoutinho, Maria Laura de Souza _julho_15_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2516https://repositorio.fgv.br/bitstreams/012098f9-399b-435a-aba9-847e65bf58ad/download9bcf14d42f705ceb34d3cc573c6209e2MD56LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/52eeb573-ecaa-4210-a537-d599861c28a0/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD5210438/295952023-11-25 11:30:39.657open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/29595https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T11:30:39Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K |
dc.title.por.fl_str_mv |
Associações de magistrados e o judiciário brasileiro |
title |
Associações de magistrados e o judiciário brasileiro |
spellingShingle |
Associações de magistrados e o judiciário brasileiro Coutinho, Maria Laura de Souza Judicial accountability Judges’ associations Controle do judiciário Conselho Nacional de Justiça Associações de magistrados Administração pública Poder judiciário - Independência - Brasil Controle da constitucionalidade Conselho Nacional de Justiça (Brasil) Juízes Associações, instituições, etc. |
title_short |
Associações de magistrados e o judiciário brasileiro |
title_full |
Associações de magistrados e o judiciário brasileiro |
title_fullStr |
Associações de magistrados e o judiciário brasileiro |
title_full_unstemmed |
Associações de magistrados e o judiciário brasileiro |
title_sort |
Associações de magistrados e o judiciário brasileiro |
author |
Coutinho, Maria Laura de Souza |
author_facet |
Coutinho, Maria Laura de Souza |
author_role |
author |
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv |
Escolas::EAESP |
dc.contributor.member.none.fl_str_mv |
Abrucio, Fernando Luiz Cunha, Luciana Gross Arantes, Rogério Bastos |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Coutinho, Maria Laura de Souza |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Loureiro, Maria Rita Garcia |
contributor_str_mv |
Loureiro, Maria Rita Garcia |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Judicial accountability Judges’ associations |
topic |
Judicial accountability Judges’ associations Controle do judiciário Conselho Nacional de Justiça Associações de magistrados Administração pública Poder judiciário - Independência - Brasil Controle da constitucionalidade Conselho Nacional de Justiça (Brasil) Juízes Associações, instituições, etc. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Controle do judiciário Conselho Nacional de Justiça Associações de magistrados |
dc.subject.area.por.fl_str_mv |
Administração pública |
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv |
Poder judiciário - Independência - Brasil Controle da constitucionalidade Conselho Nacional de Justiça (Brasil) Juízes Associações, instituições, etc. |
description |
A partir da discussão teórica do conflito entre independência judicial e controle democrático dos poderes e da constatação pela literatura especializada de que as associações de magistrados respondem pela maioria das ações propostas contra atos ou decisões do CNJ, órgão criado pela EC n° 45, em 2004, para realizar o controle do Judiciário, o presente trabalho analisa as relações entre o CNJ, STF e associações de magistrados, visando responder às seguintes questões: 1) Por que as associações acionam o STF contra o CNJ? 2) Qual tem sido a reação do STF frente a tais ações judiciais; 3) E, ainda, qual dinâmica política permite explicar a redução da litigância nos últimos anos, como a literatura tem igualmente observado? Para responder a essas perguntas, é realizado um amplo levantamento de dados referente às ações propostas pelas associações de magistrados contra o CNJ, em um total de 62 processos, sendo 26 ações diretas de inconstitucionalidade e 31 mandados de segurança Depois de catalogadas por data da propositura, ato questionado e mandato de presidente do CNJ, as ações foram analisadas, em perspectiva qualitativa, permitindo responder às perguntas de pesquisa. As associações recorrem ao STF contra resoluções do CNJ sempre que esse órgão adota medidas mais rígidas de controle, movimentando-se para impedir que elas se efetivem. As ações judiciais são, assim, arma política nessa luta interna entre os órgãos superiores do Judiciário brasileiro. Por sua vez, o STF atende ao pedido das associações só em casos excepcionais, mantendo íntegra a normativa expedida pelo CNJ na maioria dos casos. Com relação à redução mais recente da litigância, a pesquisa ajuda a confirmar a intuição levantada pela literatura de que as associações de magistrados não mais se movimentam na litigância jurídica na medida em que, a partir de 2015, elas passam a fazer parte da própria estrutura institucional do CNJ, com a criação de um conselho consultivo junto à presidência, composto pelos presidentes das três associações de magistrados de âmbito nacional. Todavia, isto implica a redução da distância entre controlador e controlado, com consequências que ainda precisam ser compreendidas. |
publishDate |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-08-20T17:46:28Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-08-20T17:46:28Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-07-15 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://hdl.handle.net/10438/29595 |
url |
https://hdl.handle.net/10438/29595 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) instname:Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
instname_str |
Fundação Getulio Vargas (FGV) |
instacron_str |
FGV |
institution |
FGV |
reponame_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
collection |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/05123010-aa5f-4e7e-a7f7-21b5842a8e70/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/f2002661-1f54-4ae2-9405-6069bfb62020/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/012098f9-399b-435a-aba9-847e65bf58ad/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/52eeb573-ecaa-4210-a537-d599861c28a0/download |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
132259c144d218317c9cfb29f495f09d ffebc62bffe38cd78eb4eda4d5f9a165 9bcf14d42f705ceb34d3cc573c6209e2 dfb340242cced38a6cca06c627998fa1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1810023955686227968 |