Readmissões precoces na UTI: uma análise clínica e relação com o escore Stability and Workload Index for Transfer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Natália Noemi Dias da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna
Texto Completo: http://repositorio.gasparvianna.pa.gov.br/handle/hc/363
Resumo: Introdução: A taxa de readmissão na UTI (em especial readmissões precoces) é um indicador de performance importante da qualidade do cuidado intensivo, por poder estar relacionado à qualidade da assistência prestada. O objetivo deste estudo é analisar as reinternações precoces na UTI em estudo e, assim, conhecer a incidência de readmissões, identificar o perfil de pacientes que reinternam precocemente e analisar se estas readmissões puderam ser preditas pela pontuação no escore SWIFT e se eram evitáveis. Métodos: Foi realizado estudo descritivo retrospectivo, a partir da coleta de dados referentes a reinternações registradas em um período de um ano em uma UTI clínico-cirúrgica de um Hospital de Ensino localizado na região Norte do país. Foi considerado readmissão quando o paciente foi reinternado na UTI em uma mesma internação. As readmissões que ocorreram em até 48h após a alta foram classificadas como precoces. Resultados: Foram analisadas 496 internações novas, havendo uma taxa de readmissão total de 7,5%, 30% das reinternações foram classificadas como precoces (taxa de reinternação precoce de 2,3%). Ao avaliar as readmissões precoces, foi observada predominância do sexo masculino (62,5%), com média de idade de 58 anos, e maioria com capacidade funcional prévia à internação classificada como “independente”. Os diagnósticos iniciais mais frequentes foram choque séptico e cardiogênico, além de pós operatório imediato de cirurgias do trato gastrointestinal. No momento da alta da UTI, 62,5% apresentaram pontuação menor que 15 no escore SWIFT. As principais causas de readmissão precoce foram relacionadas ao sistema neurológico, seguido pelo cardiovascular. O diagnóstico da readmissão estava relacionado ao da 1ª internação em sua maioria e o principal desfecho na UTI após a readmissão foi o óbito (62,5%); 50% foram classificadas como possivelmente evitáveis, 12,5% como evitáveis e 37,5% como inevitáveis. Conclusão: A incidência de reinternações em menos de 48h se mostrou aceitável, estando abaixo do que foi encontrado em alguns hospitais de perfil semelhante, podendo significar uma análise positiva em relação à qualidade da assistência prestada. Dos pacientes com pontuação elevada no escore SWIFT, pequena parcela foi classificada como possivelmente evitável pela equipe da UTI, reforçando a ideia de que as readmissões são multifatoriais e mais estudos são necessários para que se avalie com mais acurácia o risco de readmissão. Sendo levantada, ainda, a questão de que há a necessidade de se discutir o aperfeiçoamento de estratégias assistenciais pós alta para os pacientes de maior risco, prevenindo sua a deterioração clínica e retorno à UTI.
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