Perfil proteolítico de extratos aquosos de folha e semente de Mucuna pruriens (L.) DC
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Fitos |
Texto Completo: | https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/339 |
Resumo: | Mucuna pruriens (L.) DC é uma planta medicinal, da família Fabaceae, usada no tratamento de diversas doenças. Extratos aquosos de folhas e sementes de M. pruriens foram preparados utilizando água, detergente Triton X-100 e tampões fosfato de sódio e Tris-HCl. Os extratos de folha exibiram os maiores teores de proteínas. Todos os extratos exibiram atividade sobre o substrato N-α-p-tosil-L-arginil-metil éster (L-TAME), principalmente nas faixas de pH ácido (4,0-5,0) e alcalino (9,0- 9,5), e atividade máxima nas temperaturas entre 40-60ºC, com exceção do extrato de semente obtido com tampão Tris-HCl (MP-ST), que apresentou pico em 80ºC. Os extratos de folhas exibiram perfis eletroforéticos semelhantes sob condições redutoras e não redutoras, sendo observada uma proteína majoritária com de cerca de 30 kDa. Na análise capacidade proteolítica, o zimograma apresentou um perfil distinto em diferentes valores de pH: em pH 9,0 os extratos obtidos com água (MP-EA) e com detergente (MP-ED) apresentaram atividade na região próxima de 170 kDa; em pH 9,5 pôde-se observar duas regiões de proteólise entre 66-90 e 200-250 kDa, com exceção do MP-EA. Os extratos de semente apresentaram perfis distintos em condições redutoras e não redutoras, com proteínas majoritárias entre 35 e 23 kDa, e atividade lítica sobre a gelatina na região de 80 kDa. Todos os extratos apresentaram atividade proteolítica contra os substratos proteicos hemoglobina, caseína e albumina e boa estabilidade na presença de agentes surfactantes e oxidantes. As proteases presentes nos extratos de M. pruriens sugerem ser da classe das serino e metaloproteases, com atividade modulada positivamente na presença íons Mn2+ e Ca2+. Essas características bioquímicas conferem aos extratos de M. Pruriens grande valor biotecnológico e possível potencial terapêutico. |
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Perfil proteolítico de extratos aquosos de folha e semente de Mucuna pruriens (L.) DCMucuna pruriens. Proteases. Atividade enzimática. Estabilidade.Mucuna pruriens (L.) DC é uma planta medicinal, da família Fabaceae, usada no tratamento de diversas doenças. Extratos aquosos de folhas e sementes de M. pruriens foram preparados utilizando água, detergente Triton X-100 e tampões fosfato de sódio e Tris-HCl. Os extratos de folha exibiram os maiores teores de proteínas. Todos os extratos exibiram atividade sobre o substrato N-α-p-tosil-L-arginil-metil éster (L-TAME), principalmente nas faixas de pH ácido (4,0-5,0) e alcalino (9,0- 9,5), e atividade máxima nas temperaturas entre 40-60ºC, com exceção do extrato de semente obtido com tampão Tris-HCl (MP-ST), que apresentou pico em 80ºC. Os extratos de folhas exibiram perfis eletroforéticos semelhantes sob condições redutoras e não redutoras, sendo observada uma proteína majoritária com de cerca de 30 kDa. Na análise capacidade proteolítica, o zimograma apresentou um perfil distinto em diferentes valores de pH: em pH 9,0 os extratos obtidos com água (MP-EA) e com detergente (MP-ED) apresentaram atividade na região próxima de 170 kDa; em pH 9,5 pôde-se observar duas regiões de proteólise entre 66-90 e 200-250 kDa, com exceção do MP-EA. Os extratos de semente apresentaram perfis distintos em condições redutoras e não redutoras, com proteínas majoritárias entre 35 e 23 kDa, e atividade lítica sobre a gelatina na região de 80 kDa. Todos os extratos apresentaram atividade proteolítica contra os substratos proteicos hemoglobina, caseína e albumina e boa estabilidade na presença de agentes surfactantes e oxidantes. As proteases presentes nos extratos de M. pruriens sugerem ser da classe das serino e metaloproteases, com atividade modulada positivamente na presença íons Mn2+ e Ca2+. Essas características bioquímicas conferem aos extratos de M. Pruriens grande valor biotecnológico e possível potencial terapêutico.Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde - Farmanguinhos/Fiocruz2017-05-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlapplication/pdfhttps://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/33910.5935/2446-4775.20160035Revista Fitos; Vol. 10 No. 4 (2016); 486-504Revista Fitos; Vol. 10 Núm. 4 (2016); 486-504Revista Fitos; v. 10 n. 4 (2016); 486-5042446-47751808-9569reponame:Revista Fitosinstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZporhttps://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/339/htmlhttps://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/339/pdfCopyright (c) 2017 Revista Fitos Eletrônicainfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva-López, Raquel ElisaVidal, Nathalia N. M.Vidal, Nathalia M. N.Gonçalves, Rayane N.Gonçalves, Rayane N.2019-01-25T17:09:14Zoai:ojs.revistafitos.far.fiocruz.br:article/339Revistahttps://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/PUBhttp://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/oairevistafitos@far.fiocruz.br || eugenio.telles@far.fiocruz.br2446-47752446-4775opendoar:2019-01-25T17:09:14Revista Fitos - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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