Centros depositórios de plantas medicinais: herbários como instrumento de gestão da biodiversidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Karina de Nazaré Lima
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Mesquita, Ulliane de Oliveira, Leão, Victor Miranda, Gois, Maria Antônia Ferreira, Vieira, Erika Fernanda de Matos, Neves, Rubens Herbert Pantoja, Souza, João Paulo Silva, Lucas, Flavia Cristina Araújo, Costa, Jéssica Caroline Mendes da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Fitos
Texto Completo: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/426
Resumo: Sistemas de informação sobre biodiversidade são fontes para estudos de inestimavel valor científico e cultural. O gerenciamento de coleções etnobotânicas de plantas terapêuticas, representadas por meio de exsicatas, drogas vegetais, e produtos oriundos de comunidades tradicionais, torna-se fundamental no apoio às políticas de gestão patrimonial da biodiversidade. Nesse sentido os herbários são centros depositórios de que atuam diretamente no gerenciamento e conservação da biodiversidade. O presente estudo objetivou apresentar a Coleção de Plantas Medicinais da Amazônia do Herbário MFS, destacando o sistema de informação e organização dos dados das espécies, localidades e usos tradicionais, como forma de contribuir na documentação de patrimônios da biodiversidade. Foram realizadas excursões a campo em comunidades ribeirinhas, quilombolas, periurbanas, extrativistas, feiras livres e mercados, a fim de coletar plantas e produtos, bem como, informações do perfil sócio econômico dos inetrlocutores e dados etnobotânicos relacionados. A coleção de plantas medicinais do MFS é constituída de exsicatas, produtos, drogas e imagens, registradas no software Brahms. Lamiaceae, Asteraceae, Arecaceae, Fabaceae, Amaranthaceae, Rutaceae e Anacardiaceae foram as famílias mais representativas com 14 especies presentes em listas de indicação e descrição de medicamentos e fármacos do Ministério da Saúde, tendo sua eficácia comprovada quanto ao uso. A fototeca abriga cerca de 700 imagens, enquanto a coleção de drogas é formada por 280 amostras de raízes, cascas, folhas, flores, frutos, sementes e triturados. Foram incorporados 105 produtos de uso terapêutico, obtidos através dos estudos etnobotânicos. A integração dos dados presentes em uma coleção torna-se essencial para estudos farmacológicos, visto que pouco se conhece a respeito do uso e diversidade da flora amazônica.
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