Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Trabalho, Educação e Saúde (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462016000300653 |
Resumo: | Resumo Este ensaio propõe uma reflexão sobre a relação entre trabalho e emancipação no pensamento marxista, à luz dos dilemas enfrentados pela esquerda e pelas organizações da classe trabalhadora no século XX. O objetivo central foi indicar como importantes pensadores e grupos vinculados ao marxismo contribuíram, de diferentes formas, na formação das bases ideológicas e na constituição concreta dos dois modelos de organização da produção e da vida social que predominaram após a Segunda Guerra Mundial: o compromisso fordista nos países de capitalismo avançado e o modelo soviético implantado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e difundido pelos países-satélites que formavam o bloco socialista. Nesse sentido, buscou-se mostrar que essa atuação implicou dilemas e tensões importantes, sobretudo quanto ao posicionamento em relação à racionalização do trabalho e aos métodos tayloristas de organização da produção. Além disso, indicou-se que a tendência predominante foi uma interpretação da teoria de Marx que reduzia a importância da crítica ao trabalho industrial e assalariado, legitimando um projeto de 'sociedade do trabalho' estranho aos fundamentos essenciais do legado marxiano. No entanto, a crise desses modelos, verificada nas últimas décadas do século passado, abre espaço para o revigoramento dos aspectos mais férteis da crítica de Marx à sociabilidade capitalista. |
id |
FIOCRUZ-2_7aeab140e151615b149ea1c66b8a4f09 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1981-77462016000300653 |
network_acronym_str |
FIOCRUZ-2 |
network_name_str |
Trabalho, Educação e Saúde (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a voltatrabalhoemancipaçãomarxismotaylorismoURSSResumo Este ensaio propõe uma reflexão sobre a relação entre trabalho e emancipação no pensamento marxista, à luz dos dilemas enfrentados pela esquerda e pelas organizações da classe trabalhadora no século XX. O objetivo central foi indicar como importantes pensadores e grupos vinculados ao marxismo contribuíram, de diferentes formas, na formação das bases ideológicas e na constituição concreta dos dois modelos de organização da produção e da vida social que predominaram após a Segunda Guerra Mundial: o compromisso fordista nos países de capitalismo avançado e o modelo soviético implantado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e difundido pelos países-satélites que formavam o bloco socialista. Nesse sentido, buscou-se mostrar que essa atuação implicou dilemas e tensões importantes, sobretudo quanto ao posicionamento em relação à racionalização do trabalho e aos métodos tayloristas de organização da produção. Além disso, indicou-se que a tendência predominante foi uma interpretação da teoria de Marx que reduzia a importância da crítica ao trabalho industrial e assalariado, legitimando um projeto de 'sociedade do trabalho' estranho aos fundamentos essenciais do legado marxiano. No entanto, a crise desses modelos, verificada nas últimas décadas do século passado, abre espaço para o revigoramento dos aspectos mais férteis da crítica de Marx à sociabilidade capitalista.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio2016-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462016000300653Trabalho, Educação e Saúde v.14 n.3 2016reponame:Trabalho, Educação e Saúde (Online)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/1981-7746-sol00012info:eu-repo/semantics/openAccessLucas,Marcílio Rodriguespor2016-10-04T00:00:00Zoai:scielo:S1981-77462016000300653Revistahttp://www.scielo.br/teshttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevtes@fiocruz.br1981-77461678-1007opendoar:2016-10-04T00:00Trabalho, Educação e Saúde (Online) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta |
title |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta |
spellingShingle |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta Lucas,Marcílio Rodrigues trabalho emancipação marxismo taylorismo URSS |
title_short |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta |
title_full |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta |
title_fullStr |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta |
title_full_unstemmed |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta |
title_sort |
Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta |
author |
Lucas,Marcílio Rodrigues |
author_facet |
Lucas,Marcílio Rodrigues |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lucas,Marcílio Rodrigues |
dc.subject.por.fl_str_mv |
trabalho emancipação marxismo taylorismo URSS |
topic |
trabalho emancipação marxismo taylorismo URSS |
description |
Resumo Este ensaio propõe uma reflexão sobre a relação entre trabalho e emancipação no pensamento marxista, à luz dos dilemas enfrentados pela esquerda e pelas organizações da classe trabalhadora no século XX. O objetivo central foi indicar como importantes pensadores e grupos vinculados ao marxismo contribuíram, de diferentes formas, na formação das bases ideológicas e na constituição concreta dos dois modelos de organização da produção e da vida social que predominaram após a Segunda Guerra Mundial: o compromisso fordista nos países de capitalismo avançado e o modelo soviético implantado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e difundido pelos países-satélites que formavam o bloco socialista. Nesse sentido, buscou-se mostrar que essa atuação implicou dilemas e tensões importantes, sobretudo quanto ao posicionamento em relação à racionalização do trabalho e aos métodos tayloristas de organização da produção. Além disso, indicou-se que a tendência predominante foi uma interpretação da teoria de Marx que reduzia a importância da crítica ao trabalho industrial e assalariado, legitimando um projeto de 'sociedade do trabalho' estranho aos fundamentos essenciais do legado marxiano. No entanto, a crise desses modelos, verificada nas últimas décadas do século passado, abre espaço para o revigoramento dos aspectos mais férteis da crítica de Marx à sociabilidade capitalista. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462016000300653 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462016000300653 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1981-7746-sol00012 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio |
publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio |
dc.source.none.fl_str_mv |
Trabalho, Educação e Saúde v.14 n.3 2016 reponame:Trabalho, Educação e Saúde (Online) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Trabalho, Educação e Saúde (Online) |
collection |
Trabalho, Educação e Saúde (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Trabalho, Educação e Saúde (Online) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
revtes@fiocruz.br |
_version_ |
1754115633716396032 |