Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento,Álvaro
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Trabalho, Educação e Saúde (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462007000200002
Resumo: A indústria farmacêutica, agências de publicidade, empresas de comunicação e o comércio varejista têm implementado uma intensa estratégia de marketing com vistas a elevar o consumo de medicamentos. A revolução científica e tecnológica, por sua vez, altera o padrão de enfrentamento terapêutico de doenças e seu impacto no setor saúde faz surgir o fenômeno da medicalização e da lógica de que estes bens e serviços devam ser considerados mercadorias como as demais. Esta realidade impõe um desafio: na utilização de medicamentos, até onde prevalece a exigência terapêutica estritamente voltada para o controle de enfermidades e começa a pressão mercadológica a estimular o seu consumo? A exploração do valor simbólico do medicamento pela grande mídia passa a representar um poderoso instrumento de indução de hábitos para elevar seu consumo. A magnitude do problema levou a que o Estado há muito busque regular a propaganda de medicamentos por meio de leis, decretos e códigos, que vêm sendo desrespeitados ao longo do tempo. Em 30 de novembro de 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 102, tentando novamente impor limites ao setor. Para além de um maior esforço fiscalizador, este trabalho discute o próprio modelo regulador adotado, que não tem conseguido alcançar o objetivo a que se propõe.
id FIOCRUZ-2_7d2e4eb51b506197b92056bc8b724639
oai_identifier_str oai:scielo:S1981-77462007000200002
network_acronym_str FIOCRUZ-2
network_name_str Trabalho, Educação e Saúde (Online)
repository_id_str
spelling Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?medicamentovigilância sanitáriaética na propagandaregulaçãomídiaA indústria farmacêutica, agências de publicidade, empresas de comunicação e o comércio varejista têm implementado uma intensa estratégia de marketing com vistas a elevar o consumo de medicamentos. A revolução científica e tecnológica, por sua vez, altera o padrão de enfrentamento terapêutico de doenças e seu impacto no setor saúde faz surgir o fenômeno da medicalização e da lógica de que estes bens e serviços devam ser considerados mercadorias como as demais. Esta realidade impõe um desafio: na utilização de medicamentos, até onde prevalece a exigência terapêutica estritamente voltada para o controle de enfermidades e começa a pressão mercadológica a estimular o seu consumo? A exploração do valor simbólico do medicamento pela grande mídia passa a representar um poderoso instrumento de indução de hábitos para elevar seu consumo. A magnitude do problema levou a que o Estado há muito busque regular a propaganda de medicamentos por meio de leis, decretos e códigos, que vêm sendo desrespeitados ao longo do tempo. Em 30 de novembro de 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 102, tentando novamente impor limites ao setor. Para além de um maior esforço fiscalizador, este trabalho discute o próprio modelo regulador adotado, que não tem conseguido alcançar o objetivo a que se propõe.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio2007-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462007000200002Trabalho, Educação e Saúde v.5 n.2 2007reponame:Trabalho, Educação e Saúde (Online)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/S1981-77462007000200002info:eu-repo/semantics/openAccessNascimento,Álvaropor2012-10-19T00:00:00Zoai:scielo:S1981-77462007000200002Revistahttp://www.scielo.br/teshttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevtes@fiocruz.br1981-77461678-1007opendoar:2012-10-19T00:00Trabalho, Educação e Saúde (Online) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.none.fl_str_mv Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?
title Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?
spellingShingle Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?
Nascimento,Álvaro
medicamento
vigilância sanitária
ética na propaganda
regulação
mídia
title_short Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?
title_full Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?
title_fullStr Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?
title_full_unstemmed Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?
title_sort Propaganda de medicamentos: como conciliar uso racional e a permanente necessidade de expandir mercado?
author Nascimento,Álvaro
author_facet Nascimento,Álvaro
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Nascimento,Álvaro
dc.subject.por.fl_str_mv medicamento
vigilância sanitária
ética na propaganda
regulação
mídia
topic medicamento
vigilância sanitária
ética na propaganda
regulação
mídia
description A indústria farmacêutica, agências de publicidade, empresas de comunicação e o comércio varejista têm implementado uma intensa estratégia de marketing com vistas a elevar o consumo de medicamentos. A revolução científica e tecnológica, por sua vez, altera o padrão de enfrentamento terapêutico de doenças e seu impacto no setor saúde faz surgir o fenômeno da medicalização e da lógica de que estes bens e serviços devam ser considerados mercadorias como as demais. Esta realidade impõe um desafio: na utilização de medicamentos, até onde prevalece a exigência terapêutica estritamente voltada para o controle de enfermidades e começa a pressão mercadológica a estimular o seu consumo? A exploração do valor simbólico do medicamento pela grande mídia passa a representar um poderoso instrumento de indução de hábitos para elevar seu consumo. A magnitude do problema levou a que o Estado há muito busque regular a propaganda de medicamentos por meio de leis, decretos e códigos, que vêm sendo desrespeitados ao longo do tempo. Em 30 de novembro de 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 102, tentando novamente impor limites ao setor. Para além de um maior esforço fiscalizador, este trabalho discute o próprio modelo regulador adotado, que não tem conseguido alcançar o objetivo a que se propõe.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-07-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462007000200002
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462007000200002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1981-77462007000200002
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
publisher.none.fl_str_mv Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
dc.source.none.fl_str_mv Trabalho, Educação e Saúde v.5 n.2 2007
reponame:Trabalho, Educação e Saúde (Online)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Trabalho, Educação e Saúde (Online)
collection Trabalho, Educação e Saúde (Online)
repository.name.fl_str_mv Trabalho, Educação e Saúde (Online) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv revtes@fiocruz.br
_version_ 1754115630243512320