Sob a reestruturação produtiva, enfermeiros, professores e montadores de automóveis se encontram no sofrimento do trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kuenzer,Acacia Zeneida
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Trabalho, Educação e Saúde (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462004000100007
Resumo: Este artigo propõe-se a discutir as possibilidades e os limites da intervenção social e da satisfação no trabalho dos profissionais da saúde, buscando compreender em que, nos limites do capitalismo, eles se aproximam dos trabalhadores da educação e dos trabalhadores diretamente produtivos. Para tanto, o texto discute a dupla face do trabalho, enquanto produtor de valores de uso e de valores de troca, relação dialética que compõe uma totalidade por contradição. É essa dupla face que, ao mesmo tempo, nega o humano, ao gerar relações sociais alienantes, e o produz, ao afirmá-lo enquanto indivíduo e enquanto humanidade. No capitalismo contemporâneo, marcado pela acumulação flexível, as demandas por ampliação da qualificação dos profissionais da saúde e da educação acentuam esta contradição com base em uma característica muito peculiar do seu trabalho: a sua natureza não-material. A partir desta discussão, o artigo demonstra que, tal como ocorre na educação, a progressiva mercantilização dos serviços na área da saúde, com suas peculiares formas de organização e gestão, se por um lado acentua a dimensão do sofrimento no trabalho, por outro lado também pode potencializar, diante do caráter práxico do trabalho, o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento das desigualdades sociais.
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