Biologia do triatoma vitticeps (Stal, 1859) em condiçoes de laboratórios (Hemiptera: Reduvidae: Triatominae) I. Ciclo evolutivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves,Teresa Cristina M.
Data de Publicação: 1988
Outros Autores: Victório,Vânia Maria N., Juberb,José, Cunha,Vanda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Memórias do Instituto Oswaldo Cruz
Texto Completo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0074-02761988000400020
Resumo: Foram feitas observações do ciclo evolutivo do Triatoma vitticeps com alimentação semanal em camundongo, em condições de laboratório. De quatro casais virgens obtiveram-se 435 ovos, sendo que 149 destinaram-se ao ciclo evolutivo e 286 ao estudo da resistência ao jejum, o que constituirá a segunda etapa deste trabalho. Apenas 50 exemplares atingiram a fase adulta num período X (S) = 270 ± 45 dias. Quanto ao tempo de incubação, o 1° e o 2° estádios foram realizados, cada um, em menos de um mês, enquanto que os 3º, 4º e 5º estádios requereram cerca de um, dois e três meses, respectivamente. A procura pelo 1º repasto ocorreu de forma sensível no 3º, 6º e 10º dias. Em todos os estádios, mais de 50% dos exemplares realizaram apenas um repasto, com exceção do 5º, onde foram necessários dois. No que diz respeito ao intervalo de tempo entre o oferecimento do repasto, o ato de picar, e a duração do repasto, observou-se que estes aumentaram gradativamente de acordo com o estádio. Dos 423 repastos realizados, 390 não foram seguidos de defecação no prazo de 10 min. Sob este aspecto parece que o T. vitticeps não é um bom transmissor do T. cruzi. O experimento teve a duração de 13 meses e neste período as temperaturas máximas e mínimas e a umidade relativa do ar variaram em média de 28 ± 2°C a 25 ± 2°C e 80 ± 2%, respectivamente. O material é proveniente da criação mantida no Departamento de entomologia do Instituto Oswaldo Cruz.
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