Índices larvais de Aedes aegypti e incidência de dengue: um estudo ecológico no Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro,Mário Sérgio
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Ferreira,Davis Fernandes, Azevedo,Renata Campos, Santos,Gerusa Belo Gibson dos, Medronho,Roberto de Andrade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2021000705006
Resumo: Resumo: A circulação simultânea da dengue, Zika e chikungunya impõe desafios importantes para o Brasil, que em decorrência das mudanças climáticas e outros fatores associados, estas arboviroses podem expor mais de 2 bilhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. A principal estratégia dos programas de controle do Aedes aegypti baseia-se no Levantamento de Índice Rápido para o Ae. aegypti (LIRAa), um inquérito amostral no qual o Índice de Infestação Predial (IIP) obtido é utilizado para priorizar áreas de intervenção. Neste estudo, analisou-se o desempenho do LIRAa quanto à sua sensibilidade na previsão de epidemias de dengue em municípios do Estado do Rio de Janeiro, em anos considerados epidêmicos. Foram obtidas as taxas de incidência (TI) por município nos anos de 2011, 2012, 2013, 2015 e 2016, e os IIP de outubro dos anos anteriores. Foram elaborados diagramas de dispersão, visando à análise exploratória e à visualização gráfica da relação entre as referidas variáveis, assim como análises de correlação de Spearman entre o IIP e o Índice de Breteau (IB) de cada ano, a fim de estimar a qualidade do LIRAa. A análise comparativa dos valores dos IIP e as respectivas TI no período indicou correlação significativa entre estas variáveis apenas em 2011/2012 (rs = 0,479; p < 0,01). Adicionalmente, foi observada correlação entre os IIP e IB. É urgente repensar os parâmetros estabelecidos pela metodologia LIRAa e investir em metodologias alternativas de vigilância entomoepidemiológica, que mensurem de forma confiável o risco de transmissão no território e assim delinear estratégias mais efetivas para o controle dessas arboviroses.
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