Os acertos de Descartes: implicações para a ciência, biomedicina e saúde coletiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça,André Luis de Oliveira
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Camargo Jr,Kenneth Rochel de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000500501
Resumo: Resumo: A "visão recebida" acerca das ideias de Descartes contribuiu com a sedimentação da imagem de um pensador dualista que teria separado radicalmente mente e corpo, tendo sido responsável, consequentemente, por ter fornecido os alicerces da "modernidade cindida". Não faltam epítetos, que atualmente soam de modo depreciativo, para se referir ao pensamento cartesiano: mecanicismo, determinismo, reducionismo, entre outros. Neste artigo nós desenvolvemos o argumento de acordo com o qual Descartes não foi um dualista do tipo como normalmente se supõe. Com base em uma releitura de duas das suas principais obras (Discurso do Método e Meditações Metafísicas) e de uma discussão com a nova literatura sobre o tema, sustenta-se a tese de que a superação da referida "visão recebida" pode produzir uma nova luz - nas discussões no/do campo da saúde coletiva - que pode dar relevo ao chamado paradigma ampliado da saúde (a valorização de outros aspectos que não apenas o biológico ou fisiológico, tais como o psicológico, social, econômico, cultural, político).
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