Mortalidade relacionada à hanseníase no Estado do Piauí, Brasil: tendências temporais e padrões espaciais, 2000-2015
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Saúde Pública |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2020000905007 |
Resumo: | O estudo teve por objetivo analisar padrões espaciais e tendências temporais da mortalidade relacionada à hanseníase no Estado do Piauí, Brasil, de 2000 a 2015. Trata-se de estudo ecológico misto, com abordagem espacial e temporal, de base estadual, a partir de dados do Sistema de Informaçãos sobre Mortalidade. A análise inclui características epidemiológicas, tendências de mortalidade por regressão Joinpoint e análise espacial, usando os 224 municípios como unidade geográfica. Dos 245.413 óbitos identificados, a hanseníase foi identificada em 324 declarações, 135 (41,7%) como causa básica de óbito e 189 (58,3%) como associada. Os maiores coeficientes de mortalidade relacionados à hanseníase foram observados entre homens (risco relativo - RR = 2,38; IC95%: 1,87; 3,03), idosos (RR = 10,52; IC95%: 7,16; 15,46), cor parda (RR = 2,22; IC95%: 1,47; 3,35) e residentes do interior do estado (RR = 5,72; IC95%: 4,54; 7,21). O coeficiente bruto de mortalidade relacionado à hanseníase apresentou incremento significativo entre idosos (70 anos), raça/cor parda, em cidades com menos de 20 mil habitantes e região Meio-norte, mas não significativo para o Estado do Piauí. A distribuição espacial pelos coeficientes de mortalidade ajustada por idade foi heterogênea nos municípios, concentrando altos coeficientes de mortalidade no norte do estado, próximo ao litoral. Verificou-se padrão de aumento dos coeficientes de mortalidade suavizados no decorrer dos quadriênios do estudo, concentrando altos coeficientes nas regiões Meio-norte e Semiárido. A mortalidade por hanseníase é espacialmente heterogênea e crescente ao longo dos anos. Ressalta-se a importância de potencializar ações integradas de vigilância e atenção à saúde. |
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Mortalidade relacionada à hanseníase no Estado do Piauí, Brasil: tendências temporais e padrões espaciais, 2000-2015HanseníaseMortalidadeAnálise EspacialEstudos de Séries TemporaisO estudo teve por objetivo analisar padrões espaciais e tendências temporais da mortalidade relacionada à hanseníase no Estado do Piauí, Brasil, de 2000 a 2015. Trata-se de estudo ecológico misto, com abordagem espacial e temporal, de base estadual, a partir de dados do Sistema de Informaçãos sobre Mortalidade. A análise inclui características epidemiológicas, tendências de mortalidade por regressão Joinpoint e análise espacial, usando os 224 municípios como unidade geográfica. Dos 245.413 óbitos identificados, a hanseníase foi identificada em 324 declarações, 135 (41,7%) como causa básica de óbito e 189 (58,3%) como associada. Os maiores coeficientes de mortalidade relacionados à hanseníase foram observados entre homens (risco relativo - RR = 2,38; IC95%: 1,87; 3,03), idosos (RR = 10,52; IC95%: 7,16; 15,46), cor parda (RR = 2,22; IC95%: 1,47; 3,35) e residentes do interior do estado (RR = 5,72; IC95%: 4,54; 7,21). O coeficiente bruto de mortalidade relacionado à hanseníase apresentou incremento significativo entre idosos (70 anos), raça/cor parda, em cidades com menos de 20 mil habitantes e região Meio-norte, mas não significativo para o Estado do Piauí. A distribuição espacial pelos coeficientes de mortalidade ajustada por idade foi heterogênea nos municípios, concentrando altos coeficientes de mortalidade no norte do estado, próximo ao litoral. Verificou-se padrão de aumento dos coeficientes de mortalidade suavizados no decorrer dos quadriênios do estudo, concentrando altos coeficientes nas regiões Meio-norte e Semiárido. A mortalidade por hanseníase é espacialmente heterogênea e crescente ao longo dos anos. Ressalta-se a importância de potencializar ações integradas de vigilância e atenção à saúde.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz2020-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2020000905007Cadernos de Saúde Pública v.36 n.9 2020reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/0102-311x00093919info:eu-repo/semantics/openAccessAraújo,Olívia Dias deFerreira,Anderson FuentesAraújo,Telma Maria Evangelista deSilva,Laila Caroline Leme daLopes,Walquirya Maria Pimentel SantosNeri,Érica Alencar RodriguesCardoso,Jonas AlvesCosta,Joelma MariaMoura,Edmércia HolandaBezerra,Sandra Marina GonçalvesMacêdo,Michelle SantosRamos Jr.,Alberto Novaespor2020-10-02T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X2020000905007Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2020-10-02T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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