Tendência temporal das internações por acidentes de trânsito na cidade de São Paulo, Brasil, 2000-2019

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Conceição,Gleice Margarete de Souza
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Alencar,Gizelton Pereira, Latorre,Maria do Rosário Dias de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2021001105011
Resumo: Este estudo avaliou a tendência das taxas de internação por acidentes de trânsito no Sistema Único de Saúde (SUS), de residentes no Município de São Paulo, Brasil, entre 2000 e 2019, segundo sexo, faixa etária e meio de transporte (pedestres, ciclistas, motociclistas e ocupantes de veículo). Foi ajustado um modelo de regressão segmentada com resposta binomial negativa, com pontos de inflexão para acomodar possíveis mudanças de tendência. Foram registradas 189.765 internações durante o período de estudo, a maioria de homens (80,5%) com idade entre 20 e 49 anos (71,2%). O tipo de acidente mais frequente foi com motocicleta (42,8%), seguido dos atropelamentos de pedestres (33,7%). De um modo geral, o período de 2000 a 2007 foi marcado pelo crescimento das taxas de hospitalização por acidentes de trânsito para todos os meios de transporte, em ambos os sexos e na maioria das faixas etárias. O momento em que as taxas pararam de crescer ou que eventualmente passaram a cair foi diferente para os diferentes meios de transporte. Para ocupantes de veículos e ciclistas, a tendência na maioria das faixas etárias inverteu-se para uma de queda em 2008, mas para pedestres e motociclistas, isto só ocorreu em 2012. A partir de 2015, a queda cessou em pedestres e as taxas em ciclistas voltaram a subir, na maioria das faixas etárias. Para motociclistas, as taxas voltaram a crescer em homens de 20 a 59 anos (7,2% ao ano, atingindo valores superiores a 140 por 100 mil habitantes em 2019) e em mulheres, de 15 a 39 anos (4,9% ao ano). É possível que os benefícios das medidas de segurança implementadas até agora tenham atingido seu limite, de modo que as atuais medidas de controle e prevenção devem ser revistas.
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