Detecção de maus-tratos contra a criança: oportunidades perdidas em serviços de emergência na cidade do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura, Anna Tereza Miranda Soares de
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Moraes, Claudia Leite, Reichenheim, Michael Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: https://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/article/view/3490
Resumo: Emergency rooms require special consideration since their often-distressful routines may hamper the detection and handling of family violence cases. This study estimated the magnitude of violence against children reported by users of two emergency hospitals in Rio de Janeiro, Brazil. It also evaluated the degree of underreporting by contrasting the present findings to cases reported routinely. 524 parents/guardians of children under 12 treated at the hospitals from January to March 2005 were interviewed. Twelve-month prevalence of family violence was measured with the Conflict Tactics Scales: Parent-Child (CTSPC). All cases reported by staff and officially recorded in the preceding year were identified. Prevalence of psychological aggression, negligence, and physical violence were 94.8% (95%CI: 92.9-96.2), 60.3% (95%CI: 55.9-64.7), and 47.2% (95%CI: 42.7-51.8), respectively. However, the corresponding prevalence rates according to routinely reported information were 0.007% (95%CI: 0.003-0.013), 0.24% (95%CI: 0.22-0.27), and 0.03% (95%CI: 0.02-0.04). This striking difference suggests that case identification and strategies to report violence against children in emergency rooms need to be reevaluated.
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spelling Detecção de maus-tratos contra a criança: oportunidades perdidas em serviços de emergência na cidade do Rio de Janeiro, BrasilMaus-Tratos InfantisHospitais de EmergênciaViolência DomésticaEmergency rooms require special consideration since their often-distressful routines may hamper the detection and handling of family violence cases. This study estimated the magnitude of violence against children reported by users of two emergency hospitals in Rio de Janeiro, Brazil. It also evaluated the degree of underreporting by contrasting the present findings to cases reported routinely. 524 parents/guardians of children under 12 treated at the hospitals from January to March 2005 were interviewed. Twelve-month prevalence of family violence was measured with the Conflict Tactics Scales: Parent-Child (CTSPC). All cases reported by staff and officially recorded in the preceding year were identified. Prevalence of psychological aggression, negligence, and physical violence were 94.8% (95%CI: 92.9-96.2), 60.3% (95%CI: 55.9-64.7), and 47.2% (95%CI: 42.7-51.8), respectively. However, the corresponding prevalence rates according to routinely reported information were 0.007% (95%CI: 0.003-0.013), 0.24% (95%CI: 0.22-0.27), and 0.03% (95%CI: 0.02-0.04). This striking difference suggests that case identification and strategies to report violence against children in emergency rooms need to be reevaluated.O enfrentamento da violência contra a criança é considerado um desafio nos serviços de emergência, onde a rotina atribulada pode dificultar a detecção dos casos. O presente estudo estimou a magnitude da violência contra crianças atendidas em dois hospitais de emergência no Rio de Janeiro, Brasil. Também avaliou o grau de sub-registro de casos, comparando a casuística notificada pelas equipes com aquela estimada pelo estudo. Para aferição da violência foi utilizado o instrumento Conflict Tactics Scales: Parent-Child (CTSPC), aplicado em 524 acompanhantes de crianças atendidas nos hospitais entre janeiro e março de 2005. Foram avaliadas todas as notificações originadas da identificação de casos pelas equipes em 2004. De acordo com a CTSPC, a prevalência de violência psicológica, negligência e violência física foi de 94,8% (IC95%: 92,9-96,2), 60,3% (IC95%: 55,9-64,7) e 47,2% (IC95%: 42,7-51,8), respectivamente. Já estas estimativas segundo as notificações foram de 0,007% (IC95%: 0,003-0,013), 0,24% (IC95%: 0,22-0,27) e 0,03% (IC95%: 0,02-0,04). Essa considerável diferença entre as estimativas do estudo e as relativas aos casos notificados sugere que as estratégias de identificação e notificação de casos de violência contra a criança nos serviços de emergência sejam reavaliadas.Reports in Public HealthCadernos de Saúde Pública2008-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlapplication/pdfhttps://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/article/view/3490Reports in Public Health; Vol. 24 No. 12 (2008): DecemberCadernos de Saúde Pública; v. 24 n. 12 (2008): Dezembro1678-44640102-311Xreponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZporhttps://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/article/view/3490/7065https://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/article/view/3490/7066Moura, Anna Tereza Miranda Soares deMoraes, Claudia LeiteReichenheim, Michael Eduardoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-03-06T15:27:37Zoai:ojs.teste-cadernos.ensp.fiocruz.br:article/3490Revistahttps://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csphttps://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/oaicadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2024-03-06T13:04:01.313352Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)true
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