Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro,Marizélia Rodrigues Costa
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Santos,Alcione Miranda dos, Gama,Mônica Elinor Alves, Santos,Ana Lúcia Guterres de Abreu, Lago,Débora Cristina Ferreira, Yokokura,Ana Valéria Carvalho Pires, Costa,Luciana Cavalcante, Silva,Karina Mariano, Sá,Lohanny Pereira, Silva,Antônio Augusto Moura da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022000705006
Resumo: Nas investigações dos determinantes da duração do aleitamento materno exclusivo (AME), a variável trabalho materno remunerado é quase sempre dicotomizada em não e sim. Este estudo analisa possíveis associações entre características da ocupação materna e menor duração do AME. Foi realizado um estudo de coorte em uma amostra sistemática de nascimentos do Município de São Luís (Maranhão, Brasil) em 2010. As exposições tipo de ocupação materna, números de dias trabalhados/semana e de horas trabalhadas/dia, trabalha em pé a maior parte do tempo e levanta objetos pesados nesse trabalho foram coletadas com 5.166 mães de nascidos vivos. A amostra final desse estudo teve 3.268 observações. Foi utilizada análise de sobrevida para testar associações entre as exposições e os desfechos AME até 4 meses (AME4) e AME até 6 meses (AME6). Não ter trabalho remunerado foi a categoria de referência. Regressões ajustadas de Cox mostraram que mães com ocupações manuais semiespecializadas (intervalo de 95% de confiança, IC95%: 1,02-1,58 para AME4 e IC95%: 1,11-1,56 para AME6) e mães que trabalhavam 8 ou mais horas diárias (IC95%: 1,01-1,36 para AME4 e IC95%: 1,11-1,41 para AME6) mais frequentemente interromperam AME. Mães com ocupações em funções de escritório (IC95%: 1,07-1,46), que trabalhavam 4-5 dias (IC95%: 1,01-1,36) ou 6-7 dias/semana (IC95%: 1,09-1,40) e por 5-7 horas (IC95%: 1,03-1,43) também praticaram menos AME6. Trabalhar (IC95%: 1,08-1,40) ou não (IC95%: 1,03-1,34) em pé a maior parte do tempo e levantar (IC95%: 1,07-1,56) ou não (IC95%: 1,06-1,33) objetos pesados no trabalho diminuíram a duração de AME6. Tipos de ocupação e de jornada de trabalho interferiram mais frequentemente na duração de AME6.
id FIOCRUZ-5_45e50ddeb33ca1010d9652e0329fa119
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-311X2022000705006
network_acronym_str FIOCRUZ-5
network_name_str Cadernos de Saúde Pública
repository_id_str
spelling Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, BrasilAleitamento MaternoAnálise de SobrevidaJornada de TrabalhoRetorno ao TrabalhoMulheres TrabalhadorasNas investigações dos determinantes da duração do aleitamento materno exclusivo (AME), a variável trabalho materno remunerado é quase sempre dicotomizada em não e sim. Este estudo analisa possíveis associações entre características da ocupação materna e menor duração do AME. Foi realizado um estudo de coorte em uma amostra sistemática de nascimentos do Município de São Luís (Maranhão, Brasil) em 2010. As exposições tipo de ocupação materna, números de dias trabalhados/semana e de horas trabalhadas/dia, trabalha em pé a maior parte do tempo e levanta objetos pesados nesse trabalho foram coletadas com 5.166 mães de nascidos vivos. A amostra final desse estudo teve 3.268 observações. Foi utilizada análise de sobrevida para testar associações entre as exposições e os desfechos AME até 4 meses (AME4) e AME até 6 meses (AME6). Não ter trabalho remunerado foi a categoria de referência. Regressões ajustadas de Cox mostraram que mães com ocupações manuais semiespecializadas (intervalo de 95% de confiança, IC95%: 1,02-1,58 para AME4 e IC95%: 1,11-1,56 para AME6) e mães que trabalhavam 8 ou mais horas diárias (IC95%: 1,01-1,36 para AME4 e IC95%: 1,11-1,41 para AME6) mais frequentemente interromperam AME. Mães com ocupações em funções de escritório (IC95%: 1,07-1,46), que trabalhavam 4-5 dias (IC95%: 1,01-1,36) ou 6-7 dias/semana (IC95%: 1,09-1,40) e por 5-7 horas (IC95%: 1,03-1,43) também praticaram menos AME6. Trabalhar (IC95%: 1,08-1,40) ou não (IC95%: 1,03-1,34) em pé a maior parte do tempo e levantar (IC95%: 1,07-1,56) ou não (IC95%: 1,06-1,33) objetos pesados no trabalho diminuíram a duração de AME6. Tipos de ocupação e de jornada de trabalho interferiram mais frequentemente na duração de AME6.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz2022-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022000705006Cadernos de Saúde Pública v.38 n.7 2022reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/0102-311xpt180221info:eu-repo/semantics/openAccessRibeiro,Marizélia Rodrigues CostaSantos,Alcione Miranda dosGama,Mônica Elinor AlvesSantos,Ana Lúcia Guterres de AbreuLago,Débora Cristina FerreiraYokokura,Ana Valéria Carvalho PiresCosta,Luciana CavalcanteSilva,Karina MarianoSá,Lohanny PereiraSilva,Antônio Augusto Moura dapor2022-07-28T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X2022000705006Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2022-07-28T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.none.fl_str_mv Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil
title Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil
spellingShingle Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil
Ribeiro,Marizélia Rodrigues Costa
Aleitamento Materno
Análise de Sobrevida
Jornada de Trabalho
Retorno ao Trabalho
Mulheres Trabalhadoras
title_short Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil
title_full Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil
title_fullStr Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil
title_full_unstemmed Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil
title_sort Ocupação materna e duração do aleitamento materno exclusivo: resultados de uma coorte de nascimento em São Luís, Maranhão, Brasil
author Ribeiro,Marizélia Rodrigues Costa
author_facet Ribeiro,Marizélia Rodrigues Costa
Santos,Alcione Miranda dos
Gama,Mônica Elinor Alves
Santos,Ana Lúcia Guterres de Abreu
Lago,Débora Cristina Ferreira
Yokokura,Ana Valéria Carvalho Pires
Costa,Luciana Cavalcante
Silva,Karina Mariano
Sá,Lohanny Pereira
Silva,Antônio Augusto Moura da
author_role author
author2 Santos,Alcione Miranda dos
Gama,Mônica Elinor Alves
Santos,Ana Lúcia Guterres de Abreu
Lago,Débora Cristina Ferreira
Yokokura,Ana Valéria Carvalho Pires
Costa,Luciana Cavalcante
Silva,Karina Mariano
Sá,Lohanny Pereira
Silva,Antônio Augusto Moura da
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribeiro,Marizélia Rodrigues Costa
Santos,Alcione Miranda dos
Gama,Mônica Elinor Alves
Santos,Ana Lúcia Guterres de Abreu
Lago,Débora Cristina Ferreira
Yokokura,Ana Valéria Carvalho Pires
Costa,Luciana Cavalcante
Silva,Karina Mariano
Sá,Lohanny Pereira
Silva,Antônio Augusto Moura da
dc.subject.por.fl_str_mv Aleitamento Materno
Análise de Sobrevida
Jornada de Trabalho
Retorno ao Trabalho
Mulheres Trabalhadoras
topic Aleitamento Materno
Análise de Sobrevida
Jornada de Trabalho
Retorno ao Trabalho
Mulheres Trabalhadoras
description Nas investigações dos determinantes da duração do aleitamento materno exclusivo (AME), a variável trabalho materno remunerado é quase sempre dicotomizada em não e sim. Este estudo analisa possíveis associações entre características da ocupação materna e menor duração do AME. Foi realizado um estudo de coorte em uma amostra sistemática de nascimentos do Município de São Luís (Maranhão, Brasil) em 2010. As exposições tipo de ocupação materna, números de dias trabalhados/semana e de horas trabalhadas/dia, trabalha em pé a maior parte do tempo e levanta objetos pesados nesse trabalho foram coletadas com 5.166 mães de nascidos vivos. A amostra final desse estudo teve 3.268 observações. Foi utilizada análise de sobrevida para testar associações entre as exposições e os desfechos AME até 4 meses (AME4) e AME até 6 meses (AME6). Não ter trabalho remunerado foi a categoria de referência. Regressões ajustadas de Cox mostraram que mães com ocupações manuais semiespecializadas (intervalo de 95% de confiança, IC95%: 1,02-1,58 para AME4 e IC95%: 1,11-1,56 para AME6) e mães que trabalhavam 8 ou mais horas diárias (IC95%: 1,01-1,36 para AME4 e IC95%: 1,11-1,41 para AME6) mais frequentemente interromperam AME. Mães com ocupações em funções de escritório (IC95%: 1,07-1,46), que trabalhavam 4-5 dias (IC95%: 1,01-1,36) ou 6-7 dias/semana (IC95%: 1,09-1,40) e por 5-7 horas (IC95%: 1,03-1,43) também praticaram menos AME6. Trabalhar (IC95%: 1,08-1,40) ou não (IC95%: 1,03-1,34) em pé a maior parte do tempo e levantar (IC95%: 1,07-1,56) ou não (IC95%: 1,06-1,33) objetos pesados no trabalho diminuíram a duração de AME6. Tipos de ocupação e de jornada de trabalho interferiram mais frequentemente na duração de AME6.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022000705006
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022000705006
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/0102-311xpt180221
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
publisher.none.fl_str_mv Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
dc.source.none.fl_str_mv Cadernos de Saúde Pública v.38 n.7 2022
reponame:Cadernos de Saúde Pública
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Cadernos de Saúde Pública
collection Cadernos de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv cadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br
_version_ 1754115743504400384