Fonte alimentar sangüínea e a peridomiciliação de Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) (Psychodidae, Phlebotominae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias,Flávio de Oliveira Passos
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Lorosa,Elias Seixas, Rebêlo,José Manuel Macário
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2003000500015
Resumo: Estudou-se por meio da reação da precipitina, o conteúdo estomacal de Lutzomyia longipalpis nos ambientes intradomiciliar e peridoméstico, no Município de Raposa, Maranhão, área de transmissão de leishmaniose visceral ou "calazar". De 2.240 fêmeas capturadas, 547 (24,4%) estavam alimentadas com sangue de vertebrados nas proporções que seguem: ave (87,9%); roedor (47,2%); humano (42,4%), cão (27,6%); mucura (26,6%) e eqüino (22,5%). A investigação levada a efeito em 120 habitações confirmou a galinha como o animal doméstico mais comum no ambiente peridoméstico (28,3%), seguido pelo cão (21,7%), gato (17,5%), jumento (13,3%), pombo (7,5%), coelho (3,3%) e pato (3,3%); enquanto o cavalo, marreco e porco representaram, cada um, 1,7%. Entre os animais sinantrópicos, a mucura foi a mais citada naquele ambiente (39,3%), seguida pelo rato (37,9%), morcego (14,3%) guaxinim (3,6%), raposa (2,1%), cobra (1,4%) e sapo (1,4%). A presença no peridomicílio de animais domésticos e sinantrópicos e o encontro de flebótomos alimentados, ao mesmo tempo, com sangue humano, de mucura e de canídeos, corroboram a hipótese de que a transmissão do calazar esteja ocorrendo realmente no ambiente antrópico, no Município de Raposa.
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