Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Fernanda de Oliveira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Werneck,Guilherme Loureiro, Pinho,Paloma de Sousa, Teixeira,Jules Ramon Brito, Lua,Iracema, Araújo,Tânia Maria de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022000105021
Resumo: Resumo: A Organização Mundial da Saúde reconhece a hesitação vacinal como uma das dez maiores ameaças à saúde pública no mundo. Este estudo investigou a associação entre confiança, conveniência e complacência e a hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) do setor saúde. Foram incluídos 453 trabalhadores(as) de serviços de atenção primária e média complexidade de uma cidade de médio porte do estado brasileiro da Bahia. Foram considerados hesitantes em vacinar aqueles que não receberam vacina para influenza em 2019. Modelos de equações estruturais foram utilizados para avaliar interrelações entre variáveis preditoras de interesse e hesitação vacinal. Um quarto dos(as) trabalhadores(as) (25,4%) hesitaram em se vacinar para influenza. Menor confiança (coeficiente padronizado - CP = 0,261; p = 0,044) e maior complacência (CP = 0,256; p < 0,001) associaram-se significativamente à hesitação vacinal. A conveniência não esteve associada à hesitação vacinal. Trabalhadores(as) não assistenciais, da média complexidade e do sexo masculino referiram menor acolhimento pelo profissional que administrava as vacinas. O medo de agulhas associou-se à menor confiança e à hesitação vacinal. História de reação vacinal não esteve associada diretamente com hesitação vacinal, mas associou-se à maior complacência, isto é, menor percepção do risco de doenças imunopreveníveis. Por ser uma vacina recomendada anualmente, a hesitação vacinal para influenza pode contribuir para aumentar a carga da doença na população. Os dados sustentam a hipótese de que fatores relacionados à confiança e complacência produzem prejuízos na aceitação desta vacina, devendo ser considerados no desenvolvimento de estratégias e ações para maior adesão à vacinação.
id FIOCRUZ-5_7ce1af4d0e09fc82813a7452663081bb
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-311X2022000105021
network_acronym_str FIOCRUZ-5
network_name_str Cadernos de Saúde Pública
repository_id_str
spelling Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, BrasilVacinaçãoTrabalhadores da SaúdeRecusa de VacinaçãoResumo: A Organização Mundial da Saúde reconhece a hesitação vacinal como uma das dez maiores ameaças à saúde pública no mundo. Este estudo investigou a associação entre confiança, conveniência e complacência e a hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) do setor saúde. Foram incluídos 453 trabalhadores(as) de serviços de atenção primária e média complexidade de uma cidade de médio porte do estado brasileiro da Bahia. Foram considerados hesitantes em vacinar aqueles que não receberam vacina para influenza em 2019. Modelos de equações estruturais foram utilizados para avaliar interrelações entre variáveis preditoras de interesse e hesitação vacinal. Um quarto dos(as) trabalhadores(as) (25,4%) hesitaram em se vacinar para influenza. Menor confiança (coeficiente padronizado - CP = 0,261; p = 0,044) e maior complacência (CP = 0,256; p < 0,001) associaram-se significativamente à hesitação vacinal. A conveniência não esteve associada à hesitação vacinal. Trabalhadores(as) não assistenciais, da média complexidade e do sexo masculino referiram menor acolhimento pelo profissional que administrava as vacinas. O medo de agulhas associou-se à menor confiança e à hesitação vacinal. História de reação vacinal não esteve associada diretamente com hesitação vacinal, mas associou-se à maior complacência, isto é, menor percepção do risco de doenças imunopreveníveis. Por ser uma vacina recomendada anualmente, a hesitação vacinal para influenza pode contribuir para aumentar a carga da doença na população. Os dados sustentam a hipótese de que fatores relacionados à confiança e complacência produzem prejuízos na aceitação desta vacina, devendo ser considerados no desenvolvimento de estratégias e ações para maior adesão à vacinação.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz2022-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022000105021Cadernos de Saúde Pública v.38 n.1 2022reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/0102-311x00098521info:eu-repo/semantics/openAccessSouza,Fernanda de OliveiraWerneck,Guilherme LoureiroPinho,Paloma de SousaTeixeira,Jules Ramon BritoLua,IracemaAraújo,Tânia Maria depor2022-01-28T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X2022000105021Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2022-01-28T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.none.fl_str_mv Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil
title Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil
spellingShingle Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil
Souza,Fernanda de Oliveira
Vacinação
Trabalhadores da Saúde
Recusa de Vacinação
title_short Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil
title_full Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil
title_fullStr Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil
title_full_unstemmed Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil
title_sort Hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) da saúde, Bahia, Brasil
author Souza,Fernanda de Oliveira
author_facet Souza,Fernanda de Oliveira
Werneck,Guilherme Loureiro
Pinho,Paloma de Sousa
Teixeira,Jules Ramon Brito
Lua,Iracema
Araújo,Tânia Maria de
author_role author
author2 Werneck,Guilherme Loureiro
Pinho,Paloma de Sousa
Teixeira,Jules Ramon Brito
Lua,Iracema
Araújo,Tânia Maria de
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza,Fernanda de Oliveira
Werneck,Guilherme Loureiro
Pinho,Paloma de Sousa
Teixeira,Jules Ramon Brito
Lua,Iracema
Araújo,Tânia Maria de
dc.subject.por.fl_str_mv Vacinação
Trabalhadores da Saúde
Recusa de Vacinação
topic Vacinação
Trabalhadores da Saúde
Recusa de Vacinação
description Resumo: A Organização Mundial da Saúde reconhece a hesitação vacinal como uma das dez maiores ameaças à saúde pública no mundo. Este estudo investigou a associação entre confiança, conveniência e complacência e a hesitação vacinal para influenza entre trabalhadores(as) do setor saúde. Foram incluídos 453 trabalhadores(as) de serviços de atenção primária e média complexidade de uma cidade de médio porte do estado brasileiro da Bahia. Foram considerados hesitantes em vacinar aqueles que não receberam vacina para influenza em 2019. Modelos de equações estruturais foram utilizados para avaliar interrelações entre variáveis preditoras de interesse e hesitação vacinal. Um quarto dos(as) trabalhadores(as) (25,4%) hesitaram em se vacinar para influenza. Menor confiança (coeficiente padronizado - CP = 0,261; p = 0,044) e maior complacência (CP = 0,256; p < 0,001) associaram-se significativamente à hesitação vacinal. A conveniência não esteve associada à hesitação vacinal. Trabalhadores(as) não assistenciais, da média complexidade e do sexo masculino referiram menor acolhimento pelo profissional que administrava as vacinas. O medo de agulhas associou-se à menor confiança e à hesitação vacinal. História de reação vacinal não esteve associada diretamente com hesitação vacinal, mas associou-se à maior complacência, isto é, menor percepção do risco de doenças imunopreveníveis. Por ser uma vacina recomendada anualmente, a hesitação vacinal para influenza pode contribuir para aumentar a carga da doença na população. Os dados sustentam a hipótese de que fatores relacionados à confiança e complacência produzem prejuízos na aceitação desta vacina, devendo ser considerados no desenvolvimento de estratégias e ações para maior adesão à vacinação.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022000105021
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022000105021
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/0102-311x00098521
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
publisher.none.fl_str_mv Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
dc.source.none.fl_str_mv Cadernos de Saúde Pública v.38 n.1 2022
reponame:Cadernos de Saúde Pública
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Cadernos de Saúde Pública
collection Cadernos de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv cadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br
_version_ 1754115743065047040