Reestruturação produtiva, impactos na saúde e sofrimento mental: o caso de um banco estatal em Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Luiz Sérgio
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Pinheiro,Tarcísio Márcio Magalhães, Sakurai,Emília
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007001200016
Resumo: A reestruturação produtiva no setor financeiro brasileiro instalou-se por meio do trinômio demissões em massa, automação e terceirização, além de processos de reengenharia empresarial, com redução de níveis hierárquicos, flexibilização e polivalência de funções. O bancário, para se adaptar e resistir às exigências, aumentou seu nível de escolaridade, tornou-se polivalente e exímio vendedor, submetendo-se à precariedade das condições de trabalho, aumento da carga de serviços, longas jornadas e baixos salários. Este trabalho teve como objetivo avaliar o processo de reestruturação produtiva em um banco público do Estado de Minas Gerais, Brasil, e seus possíveis impactos na saúde de seus trabalhadores. Analisou-se também o absenteísmo no período entre 1998 e 2003, quando houve maior desenvolvimento de doenças, como lesão por esforço repetitivo/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT) e os distúrbios mentais e comportamentais, sendo responsáveis, respectivamente, por 56% e 19% do número de dias de afastamentos. O processo continuou até os dias atuais, com uma política restritiva de contratações. Novos estudos se fazem necessários para a continuidade desta análise e para confirmar os resultados encontrados.
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