Efeitos temporais das estimativas de mortalidade corrigidas de homicídios femininos na Região Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Karina Cardoso Meira
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Rafael Tavares Jomar, Juliano dos Santos, Glauber Weder dos Santos Silva, Eder Samuel Oliveira Dantas, Ezequiel Benigno Resende, Weverton Thiago da Silva Rodrigues, Cosme Marcelo Furtado Passos da Silva, Taynãna César Simões
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: https://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/article/view/7715
Resumo: This study aimed to analyze the temporal effects (age, period, and cohort) on female homicide mortality in the states of Northeast Brazil from 1980 to 2017. This ecological time trend study used APC with a Bayesian approach and the deterministic method Integrated Nested Laplace Approximations (INLA) in the parameters’ inference. The female homicide rates for each state of the Northeast were standardized by the direct method after correction of the death records for quality of information and underreporting. Data were also obtained on race/color, place of death, and means of perpetration. During the period analyzed, after correcting the death records, the Northeast region showed a mean rate of 5.40 female homicide deaths per 100,000 women, with a significant increase in all the states in the 2000s. In all the states, there was an increase in relative risk (RR) of homicide death in the second and third decades of life and a protective effect in older women. Except for the state of Sergipe, there was an increase in the risk of death in all five-year periods in the 2000s. The Northeast region as a whole and the states of Paraíba, Pernambuco, and Piauí showed a protective effect for women from older generations. There were also higher proportions of deaths in black women, homicides committed at home, and those perpetrated with firearms. The current study’s findings may correlate with the spread of violence in Brazil in the 2000s and the Brazilian State’s failure to protect women from violence.
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spelling Efeitos temporais das estimativas de mortalidade corrigidas de homicídios femininos na Região Nordeste do BrasilHomicídioMulheresEfeito IdadeEfeito PeríodoEfeito de CoortesThis study aimed to analyze the temporal effects (age, period, and cohort) on female homicide mortality in the states of Northeast Brazil from 1980 to 2017. This ecological time trend study used APC with a Bayesian approach and the deterministic method Integrated Nested Laplace Approximations (INLA) in the parameters’ inference. The female homicide rates for each state of the Northeast were standardized by the direct method after correction of the death records for quality of information and underreporting. Data were also obtained on race/color, place of death, and means of perpetration. During the period analyzed, after correcting the death records, the Northeast region showed a mean rate of 5.40 female homicide deaths per 100,000 women, with a significant increase in all the states in the 2000s. In all the states, there was an increase in relative risk (RR) of homicide death in the second and third decades of life and a protective effect in older women. Except for the state of Sergipe, there was an increase in the risk of death in all five-year periods in the 2000s. The Northeast region as a whole and the states of Paraíba, Pernambuco, and Piauí showed a protective effect for women from older generations. There were also higher proportions of deaths in black women, homicides committed at home, and those perpetrated with firearms. The current study’s findings may correlate with the spread of violence in Brazil in the 2000s and the Brazilian State’s failure to protect women from violence.Analizar los efectos temporales (edad, período y cohorte) en la mortalidad por feminicidios en los estados de la región Nordeste de Brasil durante el período de 1980 a 2017. Estudio ecológico de tendencia temporal en el que se utilizaron modelos APC con un abordaje bayesiano y el método determinístico INLA (Integrated Nested Laplace Approximations) para la inferencia de los parámetros. Las tasas de feminicidios, para cada estado de la región estudiada, fueron estandarizadas por el método directo, tras la corrección de los registros de fallecimientos, en cuanto a la calidad de la información y a la subnotificación. Asimismo, se obtuvieron datos según raza/color, lugar de ocurrencia y medio por el que se perpetró la agresión. Durante el período estudiado, tras la corrección de los registros por fallecimiento, la región Nordeste presentó una tasa media de 5,40 óbitos por feminicidio en cada 100.000 mujeres, con un aumento significativo en todos los estados a partir del año 2000. En todos los estados hubo un aumento del riesgo de óbito (RR) por homicidio en la segunda y tercera década de vida y efecto de protección para las mujeres mayores. Con excepción del estado de Sergipe, se observó un aumento del riesgo de fallecimientos en quinquenios de los años 2000. En la región Nordeste y estados de Paraíba, Pernambuco y Piauí se verificó un efecto protector para las mujeres de generaciones mayores. Asimismo, la mayor proporción de fallecimiento se produjo en mujeres negras, en el domicilio, siendo perpetrado por arma de fuego. Los resultados del presente estudio pueden estar correlacionados con el proceso de diseminación de la violencia, ocurrido en Brasil a partir del año 2000, así como la ineficiencia del Estado brasileño para proteger a las mujeres víctimas de violencia.O objetivo foi analisar os efeitos temporais (idade, período e coorte) na mortalidade por homicídios femininos nos estados da Região Nordeste do Brasil, no período de 1980 a 2017. Estudo ecológico de tendência temporal em que foram utilizados modelos APC com uma abordagem bayesiana e o método determinístico INLA (Integrated Nested Laplace Approximations) na inferência dos parâmetros. As taxas de homicídios femininos, para cada estado da região estudada, foram padronizadas pelo método direito, após correção dos registros de óbitos quanto à qualidade da informação e à subnotificação. Além disso, obtiveram-se dados segundo raça/cor, local de ocorrência e meio pelo qual a agressão foi perpetrada. No período estudado, após a correção dos registros de óbito, a Região Nordeste apresentou taxa média de 5,40 óbitos por homicídios a cada 100 mil mulheres, com aumento significativo em todos os estados nos anos 2000. Em todos os estados houve aumento do risco de óbito (RR) por homicídio na segunda e terceira década de vida e efeito de proteção para as mulheres mais velhas. Com exceção de Sergipe, constatou-se aumento do risco de óbito em quinquênios dos anos 2000. Na Região Nordeste e estados da Paraíba, Pernambuco e Piauí, verificou-se efeito protetor para mulheres de gerações mais antigas. Ainda, a maior proporção de óbitos ocorreu em mulheres negras, no domicílio, sendo perpetrado por arma de fogo. Os achados do presente estudo podem estar correlacionados ao processo de disseminação da violência ocorrido no Brasil, nos anos 2000, assim como a ineficiência do Estado brasileiro em proteger as mulheres vítimas de violência.Reports in Public HealthCadernos de Saúde Pública2021-02-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlapplication/pdfhttps://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/article/view/7715Reports in Public Health; Vol. 37 No. 2 (2021): FebruaryCadernos de Saúde Pública; v. 37 n. 2 (2021): Fevereiro1678-44640102-311Xreponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZporhttps://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/article/view/7715/17228https://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/article/view/7715/17229Karina Cardoso MeiraRafael Tavares JomarJuliano dos SantosGlauber Weder dos Santos SilvaEder Samuel Oliveira DantasEzequiel Benigno ResendeWeverton Thiago da Silva RodriguesCosme Marcelo Furtado Passos da SilvaTaynãna César Simõesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-03-06T15:30:08Zoai:ojs.teste-cadernos.ensp.fiocruz.br:article/7715Revistahttps://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csphttps://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/oaicadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2024-03-06T13:08:52.271403Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)true
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