Classificação de cor/raça de filhos em domicílios indígenas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marinho,Gerson Luiz
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Bastos,João Luiz, Longo,Luciene Aparecida Ferreira de Barros, Tavares,Felipe Guimarães
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2019001505005
Resumo: Resumo: As investigações sobre os sistemas de classificação racial no Brasil evidenciam as influências de aspectos socioeconômicos na expressão das categorias de cor/raça, com destaque para brancos e negros. O objetivo deste trabalho foi analisar arranjos específicos formados entre pais, mães e filhos em que, pelo menos, um deles era indígena. Com base na amostra do Censo Demográfico de 2010, foram selecionados domicílios com pelo menos três moradores (pai, mãe e filhos), sendo, pelo menos, um indígena. Os filhos foram caracterizados segundo cor/raça (branca, parda e indígena), sexo, idade, renda domiciliar per capita, escolaridade das mães e número de moradores nos domicílios urbanos e rurais. Foram realizadas análises descritivas e regressão logística multinomial. Estimou-se um total de 290.247 filhos (77,1% indígenas, 13,8% pardos e 9,1% brancos), dos quais 74,3% residiam em domicílios rurais e 41,3% na Região Norte; filhos brancos e pardos estavam localizados majoritariamente em áreas urbanas. As chances de os filhos de pais ou mães indígenas terem sido classificados como brancos foram mais expressivas nas regiões Sudeste e Sul. Os filhos apresentaram maiores chances de serem classificados como brancos e pardos com o aumento do rendimento mensal e da escolaridade materna. Os achados demonstram como a posição socioeconômica está associada de forma significativa com os processos de classificação de cor/raça no Brasil, também nos segmentos indígenas da população.
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