A concepção de território na Saúde Mental
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Saúde Pública |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000902001 |
Resumo: | Resumo: O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reforma psiquiátrica, marco de ideário não hospitalocêntrico e potencialmente emancipatório. No entanto, constatamos em pesquisa empírica anterior que a essa incorporação terminológica não corresponderam concepções e práticas coerentes de reinserção territorial de pessoas com sofrimento mental. Para esclarecer os diversos usos do termo e suas possíveis correlações na prática, realizamos um levantamento sistemático de artigos científicos e documentos oficiais, confrontando-os entre si e com o conceito de território da Geografia Crítica. Concluímos que no campo da Saúde Mental brasileira, à revelia de muitos e sempre renovados esforços críticos, tem prevalecido uma noção funcional de território, que omite relações de poder e apropriações simbólicas, aumentando a tendência de a reinserção de pessoas com sofrimento mental desembocar na sua sujeição ao território dado, em vez de favorecer transformações socioespaciais para o convívio com as diferenças. |
id |
FIOCRUZ-5_91e10fab06f6592e8f947f27e489b891 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-311X2016000902001 |
network_acronym_str |
FIOCRUZ-5 |
network_name_str |
Cadernos de Saúde Pública |
repository_id_str |
|
spelling |
A concepção de território na Saúde MentalTerritorialidadeDesinstitucionalizaçãoSaúde MentalResumo: O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reforma psiquiátrica, marco de ideário não hospitalocêntrico e potencialmente emancipatório. No entanto, constatamos em pesquisa empírica anterior que a essa incorporação terminológica não corresponderam concepções e práticas coerentes de reinserção territorial de pessoas com sofrimento mental. Para esclarecer os diversos usos do termo e suas possíveis correlações na prática, realizamos um levantamento sistemático de artigos científicos e documentos oficiais, confrontando-os entre si e com o conceito de território da Geografia Crítica. Concluímos que no campo da Saúde Mental brasileira, à revelia de muitos e sempre renovados esforços críticos, tem prevalecido uma noção funcional de território, que omite relações de poder e apropriações simbólicas, aumentando a tendência de a reinserção de pessoas com sofrimento mental desembocar na sua sujeição ao território dado, em vez de favorecer transformações socioespaciais para o convívio com as diferenças.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz2016-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000902001Cadernos de Saúde Pública v.32 n.9 2016reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/0102-311x00059116info:eu-repo/semantics/openAccessFurtado,Juarez PereiraOda,Wagner YoshizakiBorysow,Igor da CostaKapp,Silkepor2016-11-29T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X2016000902001Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2016-11-29T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A concepção de território na Saúde Mental |
title |
A concepção de território na Saúde Mental |
spellingShingle |
A concepção de território na Saúde Mental Furtado,Juarez Pereira Territorialidade Desinstitucionalização Saúde Mental |
title_short |
A concepção de território na Saúde Mental |
title_full |
A concepção de território na Saúde Mental |
title_fullStr |
A concepção de território na Saúde Mental |
title_full_unstemmed |
A concepção de território na Saúde Mental |
title_sort |
A concepção de território na Saúde Mental |
author |
Furtado,Juarez Pereira |
author_facet |
Furtado,Juarez Pereira Oda,Wagner Yoshizaki Borysow,Igor da Costa Kapp,Silke |
author_role |
author |
author2 |
Oda,Wagner Yoshizaki Borysow,Igor da Costa Kapp,Silke |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Furtado,Juarez Pereira Oda,Wagner Yoshizaki Borysow,Igor da Costa Kapp,Silke |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Territorialidade Desinstitucionalização Saúde Mental |
topic |
Territorialidade Desinstitucionalização Saúde Mental |
description |
Resumo: O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reforma psiquiátrica, marco de ideário não hospitalocêntrico e potencialmente emancipatório. No entanto, constatamos em pesquisa empírica anterior que a essa incorporação terminológica não corresponderam concepções e práticas coerentes de reinserção territorial de pessoas com sofrimento mental. Para esclarecer os diversos usos do termo e suas possíveis correlações na prática, realizamos um levantamento sistemático de artigos científicos e documentos oficiais, confrontando-os entre si e com o conceito de território da Geografia Crítica. Concluímos que no campo da Saúde Mental brasileira, à revelia de muitos e sempre renovados esforços críticos, tem prevalecido uma noção funcional de território, que omite relações de poder e apropriações simbólicas, aumentando a tendência de a reinserção de pessoas com sofrimento mental desembocar na sua sujeição ao território dado, em vez de favorecer transformações socioespaciais para o convívio com as diferenças. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000902001 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000902001 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/0102-311x00059116 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz |
publisher.none.fl_str_mv |
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz |
dc.source.none.fl_str_mv |
Cadernos de Saúde Pública v.32 n.9 2016 reponame:Cadernos de Saúde Pública instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Cadernos de Saúde Pública |
collection |
Cadernos de Saúde Pública |
repository.name.fl_str_mv |
Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
cadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br |
_version_ |
1754115736737939457 |