Outubro Rosa e mamografias: quando a comunicação em saúde erra o alvo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baquero,Oswaldo Santos
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Rebolledo,Elizabeth Angélica Salinas, Ribeiro,Adeylson Guimarães, Bermudi,Patricia Marques Moralejo, Pellini,Alessandra Cristina Guedes, Failla,Marcelo Antunes, Aguiar,Breno Souza de, Diniz,Carmen Simone Grilo, Chiaravalloti Neto,Francisco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2021001105001
Resumo: O câncer de mama é o tipo de câncer mais diagnosticado e a principal causa de morte por câncer na população feminina. As mamografias de rastreamento e o tratamento precoce são geralmente os meios mais utilizados na tentativa de reduzir essa mortalidade e são incentivados no Outubro Rosa, uma campanha de divulgação anual. Contudo, estudos recentes têm relacionado o aumento do rastreamento com uma maior morbimortalidade em razão do sobrediagnóstico e do sobretratamento. No presente estudo, avaliaram-se as buscas relativas ao câncer de mama e à mamografia no Google Trends, entre 2004 e 2019, em termos da tendência, da sazonalidade e da distribuição nas Unidades Federativas brasileiras. Avaliou-se também a correlação entre a quantidade de buscas no Google Trends e a quantidade de exames de rastreamento mamográfico. As duas séries tiveram um padrão sazonal com picos em outubro, e houve excesso de exames realizados fora da faixa etária recomendada. O Outubro Rosa transmitiu informações de saúde, as popularizou e induziu comportamentos relativos a informações transmitidas; três aspectos desejáveis na comunicação e na educação em saúde. Porém, gerou um excesso de mamografias de rastreamento e não incentivou a autonomia e o consentimento livre e esclarecido. O Outubro Rosa mostrou o potencial da comunicação em saúde para massas e a necessidade de que as mensagens sejam alinhadas com as melhores evidências científicas.
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