Ecologia dos flebotomíneos da Serra do Mar, Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. I - A fauna flebotomínica e prevalência pelo local e tipo de captura (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar,Gustavo Marins de
Data de Publicação: 1996
Outros Autores: Medeiros,Wagner Muniz de, De Marco,Tania Santos, Santos,Simone Corrêa dos, Gambardella,Simone
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1996000200008
Resumo: Durante dois anos foi feito um estudo ecológico sobre os flebotomíneos em foco de leishmaniose cutânea em Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro. As capturas (isca humana, paredes e armadilha luminosa) foram efetuadas, simultaneamente, em três sítios de coleta: domicílio, peridomicílio e floresta. Foram capturados 10.172 flebotomíneos, de 17 espécies, sendo 3 do gênero Brumptomyia e 14 do gênero Lutzomyia. A espécie mais prevalente a 100m do nível do mar é L. intermedia, seguida de longe por L. migonei e L. fischeri. A espécie mais endófila e que apresenta um certo ecletismo quanto ao local de hematofagia é L. fischeri, enquanto L. intermedia e L. migonei provaram ser mais exofílicas. L. intermedia pode ser incriminada como o principal vetor potencial do agente de leishmaniose tegumentar, pela sua prevalência, antropofilia e por ser comprovada a veiculação da Leishmania (Viannia) braziliensis em outras áreas do Estado do Rio de Janeiro. L. fischeri, pela avidez com que pica o homem, pode ser um coadjuvante na transmissão do parasita. Sua predominância na floresta sugere participação da transmissão em seu ciclo enzoótico natural. A presença de L. longipalpis é um risco potencial de veiculação do agente etiológico da leishmaniose visceral nessa região, particularmente pela baixa imunidade da população local.
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