Influência da gestão municipal na organização da atenção à saúde da criança em serviços de atenção primária do interior de São Paulo, Brasil
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Saúde Pública |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2021000105016 |
Resumo: | Resumo: Objetivou-se avaliar a associação da qualidade organizacional da atenção à saúde da criança em serviços de atenção primária à saúde (APS) com variáveis de contexto gerencial. Realizou-se pesquisa avaliativa em 151 serviços de APS de 40 municípios do interior do Estado de São Paulo, Brasil, que responderam ao QualiAB em 2014. Pontuaram-se os serviços conforme 41 indicadores de saúde da criança que, após constituírem grupos de qualidade distribuídos por quartis, foram associados a 17 indicadores de gestão. Os seguintes indicadores não apresentaram associação com os grupos de qualidade: participação no Programa Mais Médicos/Provab-médico (p = 0,102), disponibilidade de serviço de assistência social (p = 0,315) e disponibilidade de serviço para gestante de risco (p = 0,814). Em todas as outras situações, a associação foi significativa. Embora, em algumas variáveis, os grupos G1 e G2 tenham se assemelhado aos grupos mais polares (G0 e G3), estes últimos apresentaram diferenças em todas as variáveis. Os serviços que pertenciam ao grupo considerado de melhor qualidade (G3) encontraram-se, majoritariamente, organizados no modelo USF/Mista (p = 0,018), administrado por gestão terceirizada (p < 0,001), com oferta regular de acompanhamento pré-natal (p < 0,001), disponibilidade permanente de clínico geral ou médico de família (p = 0,009) e uma rede de apoio composta, principalmente, de CAPSi e de CAPSAd III e de serviços de atenção à criança (p < 0,001). Esse grupo também realizava reunião de equipe semanalmente (p < 0,001), estudava os casos de demanda espontânea (p < 0,001) e mudava o gerenciamento e organização da assistência com base no processo avaliativo (p = 0,004). Concluiu-se que a qualidade organizacional não depende apenas das práticas exercidas pelos profissionais de saúde, mas também das decisões dos gestores. |
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Influência da gestão municipal na organização da atenção à saúde da criança em serviços de atenção primária do interior de São Paulo, BrasilAvaliação em SaúdeServiços de SaúdeAtenção Primária à SaúdeSaúde da CriançaGestão em SaúdeResumo: Objetivou-se avaliar a associação da qualidade organizacional da atenção à saúde da criança em serviços de atenção primária à saúde (APS) com variáveis de contexto gerencial. Realizou-se pesquisa avaliativa em 151 serviços de APS de 40 municípios do interior do Estado de São Paulo, Brasil, que responderam ao QualiAB em 2014. Pontuaram-se os serviços conforme 41 indicadores de saúde da criança que, após constituírem grupos de qualidade distribuídos por quartis, foram associados a 17 indicadores de gestão. Os seguintes indicadores não apresentaram associação com os grupos de qualidade: participação no Programa Mais Médicos/Provab-médico (p = 0,102), disponibilidade de serviço de assistência social (p = 0,315) e disponibilidade de serviço para gestante de risco (p = 0,814). Em todas as outras situações, a associação foi significativa. Embora, em algumas variáveis, os grupos G1 e G2 tenham se assemelhado aos grupos mais polares (G0 e G3), estes últimos apresentaram diferenças em todas as variáveis. Os serviços que pertenciam ao grupo considerado de melhor qualidade (G3) encontraram-se, majoritariamente, organizados no modelo USF/Mista (p = 0,018), administrado por gestão terceirizada (p < 0,001), com oferta regular de acompanhamento pré-natal (p < 0,001), disponibilidade permanente de clínico geral ou médico de família (p = 0,009) e uma rede de apoio composta, principalmente, de CAPSi e de CAPSAd III e de serviços de atenção à criança (p < 0,001). Esse grupo também realizava reunião de equipe semanalmente (p < 0,001), estudava os casos de demanda espontânea (p < 0,001) e mudava o gerenciamento e organização da assistência com base no processo avaliativo (p = 0,004). Concluiu-se que a qualidade organizacional não depende apenas das práticas exercidas pelos profissionais de saúde, mas também das decisões dos gestores.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz2021-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2021000105016Cadernos de Saúde Pública v.37 n.1 2021reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/0102-311x00242219info:eu-repo/semantics/openAccessSanine,Patricia RodriguesDias,AdrianoMachado,Dinair FerreiraZarili,Thais Fernanda TortorelliCarrapato,Josiane Fernandes LozigliaPlacideli,NádiaNunes,Luceime OliviaMendonça,Carolina SiqueiraCastanheira,Elen Rose Lodeiropor2021-02-01T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X2021000105016Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2021-02-01T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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Resumo: Objetivou-se avaliar a associação da qualidade organizacional da atenção à saúde da criança em serviços de atenção primária à saúde (APS) com variáveis de contexto gerencial. Realizou-se pesquisa avaliativa em 151 serviços de APS de 40 municípios do interior do Estado de São Paulo, Brasil, que responderam ao QualiAB em 2014. Pontuaram-se os serviços conforme 41 indicadores de saúde da criança que, após constituírem grupos de qualidade distribuídos por quartis, foram associados a 17 indicadores de gestão. Os seguintes indicadores não apresentaram associação com os grupos de qualidade: participação no Programa Mais Médicos/Provab-médico (p = 0,102), disponibilidade de serviço de assistência social (p = 0,315) e disponibilidade de serviço para gestante de risco (p = 0,814). Em todas as outras situações, a associação foi significativa. Embora, em algumas variáveis, os grupos G1 e G2 tenham se assemelhado aos grupos mais polares (G0 e G3), estes últimos apresentaram diferenças em todas as variáveis. Os serviços que pertenciam ao grupo considerado de melhor qualidade (G3) encontraram-se, majoritariamente, organizados no modelo USF/Mista (p = 0,018), administrado por gestão terceirizada (p < 0,001), com oferta regular de acompanhamento pré-natal (p < 0,001), disponibilidade permanente de clínico geral ou médico de família (p = 0,009) e uma rede de apoio composta, principalmente, de CAPSi e de CAPSAd III e de serviços de atenção à criança (p < 0,001). Esse grupo também realizava reunião de equipe semanalmente (p < 0,001), estudava os casos de demanda espontânea (p < 0,001) e mudava o gerenciamento e organização da assistência com base no processo avaliativo (p = 0,004). Concluiu-se que a qualidade organizacional não depende apenas das práticas exercidas pelos profissionais de saúde, mas também das decisões dos gestores. |
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