Entre protocolos e sujeitos: qualidade do cuidado hospitalar em um serviço de hematologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo,Creuza da Silva
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Miranda,Lilian, Sá,Marilene de Castilho, Grabois,Victor, Matta,Gustavo, Cunha,Marcela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2018000605007
Resumo: No artigo, apresentamos parte dos resultados do estudo desenvolvido no Hospital Edgar Santos, da Universidade Federal da Bahia (HUPES), que analisou a experiência de melhoria da qualidade da assistência em um contexto de acreditação hospitalar. O artigo volta-se para o serviço de hematologia e tem seu foco na qualidade do cuidado e processos intersubjetivos. A investigação foi pautada na perspectiva qualitativa, empregando-se entrevistas e observação. Do ponto de vista teórico, os trabalhos de Campos, Cecílio e Merhy reconhecem a natureza complexa do cuidado em saúde, sua dimensão micropolítica e intersubjetiva, e a capacidade dos profissionais de produção de sentidos e de criatividade. Para compreender os processos de articulação psicossocial e de mobilização subjetiva dos profissionais empregamos conceitos da psicossociologia francesa de Enriquez e da psicodinâmica do trabalho de Dejours. A análise foi organizada em três eixos: articulação psicossocial e o imaginário de autogestão; vínculo e afeto: singularização do cuidado e clínica do sujeito; trabalho real e equipe de saúde. Destacamos como uma das principais conclusões a constituição de um imaginário de autogestão, expresso no compartilhamento de projetos, expectativas e algumas formas de interpretar e operar a realidade, que têm por base representações, afetivamente investidas, de autonomia e unidade. Ao lado de elementos técnicos, como protocolos, é realçado o julgamento profissional, próprio à dimensão intersubjetiva, permitindo a singularização do cuidado. Compreendemos que na cena assistencial o trabalho real é atravessado por ajustes que demonstram a cooperação entre os profissionais.
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