A geopolítica simbólica da sífilis: um ensaio de antropologia histórica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carrara,Sérgio
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: História. Ciências. Saúde-Manguinhos
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59701996000300002
Resumo: O presente artigo analisa certas idéias científicas que os médicos brasileiros, particularmente os especialistas em sífilis, ou sifilógrafos, desenvolveram a respeito da doença. Eles construíram, sobretudo ao longo da década de 1920, uma sífilis singularmente brasileira, discutindo com seus colegas estrangeiros a respeito da origem, das manifestações e da incidência da doença no país. Em suas formulações, a sífilis transformou-se em uma espécie de símbolo natural, através do qual expressavam-se simultaneamente suas pretensões a uma posição de destaque na comunidade científica internacional e seu esforço em re-situar o país na hierarquia das nações, retirando-lhe o fado de, por ser quente e miscigenado, estar condenado para sempre ao atraso e à barbárie.
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