Prevalência do tracoma em roraima no perí­odo de 2002 a 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Benedetti, Maria Soledade Garcia
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Sakazaki, Viviane Massue, da Silva, Marcello Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Atas de Saúde Ambiental
Texto Completo: https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ASA/article/view/1023
Resumo: Tracoma é uma doença ocular inflamatória que acomete a conjuntiva e a córnea, cujo agente etiológico é a Chlamydia trachomatis. A doença é considerada endêmica no Brasil desde o iní­cio do século XX. Com o intuito de conhecer a distribuição do tracoma no Brasil e estabelecer áreas prioritárias para ações de vigilância epidemiológica e controle, o Ministério da Saúde (MS) a partir de 2002 realizou um inquérito nacional de prevalência de tracoma em escolares do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, matriculados na rede pública, dos municí­pios que aderiram ao inquérito/campanha, com a meta de alcançar no mí­nimo 10% dos escolares matriculados na rede pública. O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência do tracoma no Estado de Roraima no perí­odo de 2002 a 2015. Foi realizado um estudo transversal e retrospectivo sobre a epidemiologia do tracoma, por meio de análise dos relatórios de gestão e epidemiológicos do Núcleo de Controle de Tracoma do Estado para os anos de 2002, 2003 e 2009 e do banco de dados do SINAN NET/DATASUS/MS para os anos de 2007, 2008, 2010 a 2015. Foram calculadas as taxas de prevalência do tracoma para o estado, conforme fórmulas fornecidas pelo MS. Os resultados apontam que Roraima tem a maior prevalência de tracoma da região Norte, com 13,87% no perí­odo. Observa-se no ano de 2003 uma prevalência abaixo de 5%, para os anos de 2002 e 2015 a prevalência foi moderada, menor que 10%, e para os demais anos se manteve acima de 10% o que é considerado uma alta taxa de prevalência pela OMS. A existência do tracoma em uma população se constitui em um indicador de precariedade de condições de vida e saúde, sendo dessa forma um problema de saúde pública. Os pilares para prevenção do tracoma consistem em melhorias no saneamento básico e higiene pessoal, através de ações de educação em saúde.
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