UM ESTUDO DE CASO SOBRE O SISTEMA DE RELAÇÃO MÃE-FILHO EM FACE A PRIVAÇÃO MATERNA DO ABRIGADO
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia e Saúde em Debate |
Texto Completo: | https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/357 |
Resumo: | Introdução: Aponta-se a importância das relações nas primeiras experiências afetivas sendo essas, de fundamental importância para o bom desenvolvimento psíquico da criança, e sendo o principal marcador das relações sociais futuras as quais serão estabelecidas. Sendo essa vinculação humana disfuncional, todo o contexto relacional será prejudicado. Dessa forma, faz-se necessário desenvolver junto à essas crianças em situação de abrigo, a construção e o estabelecimento de suas forças, valores e virtudes para que seja possível a construção de uma nova história de vida para esse sujeito. Objetivo: verificar como sucede o sistema de relação mãe-filho nos primeiros anos de vida, em crianças expostas a privação materna com idade entre 6 a 10 anos em situação de moradia em abrigos. Metodologia: O estudo é do tipo qualitativo de natureza descritiva e foi realizado em uma instituição de abrigo provisório para menores de 0 a 12 anos de idade incompletos em situação de risco, responsável atualmente pelo cuidado de 17 crianças e adolescentes, de uma cidade de da Região do Alto Paranaíba, estado de Minas Gerais, Brasil. Sendo inclusas aquelas crianças em estado de privação total do convívio materno, com idade entre 6 a 10 anos, residentes no abrigo a mais de 10 meses, cujas mães são adictas, e que forem autorizadas pelo responsável legal do abrigo. Considerações: Partindo da multiplicidade das relações familiares, os novos arranjos existentes e os fatores de risco a que essas crianças são expostas devido à inúmeras vulnerabilidades sociais existentes em seu ambiente, essa criança não fica passiva à essas influências e encontra maneiras próprias de enfrentamento dessas adversidades. Tendo esse processo de separação entre mãe e filho ocorrido de maneira traumática, o principal resultado será uma construção simbólica distorcida impossibilitando o estabelecimento de novas relações uma vez que o rompimento dessa relação vai sempre reforçar sentimento de impotência, inferioridade, angústia e medo de vivenciar novas separações nessa criança. Sendo o ser humano inteiramente social, não se pode deixar de perceber que em situações de abrigo, essa vinculação humana pode ser prejudicada, visto que muito da individualização dessa criança é tolhida em função de regras e normas institucionais. Nesse sentido, desenvolver junto à essas crianças, ainda que pareça difícil, a construção e o estabelecimento de suas forças, valores e virtudes se tornam uma urgência. |
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