O IMPACTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO NAS RELAÇÕES FAMILIARES: uma replicação sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Lariane
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Ferreira, André Luíz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia e Saúde em Debate
DOI: 10.22289/2446-922X.V9N2A17
Texto Completo: https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/977
Resumo: O Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões que surgem de forma a consumir tempo excessivo dos indivíduos acometidos, ocasionando prejuízos funcionais e sofrimento significativo. Considerando que a família tem ocupado o papel de principal cuidadora no projeto psicossocial atual, o presente trabalho objetivou investigar a sobrecarga de familiares de pacientes diagnosticados previamente com TOC, visando ser uma replicação sistemática do estudo de Soares Neto et al. (2011), intitulado “Sobrecarga em familiares de indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo”. Para a coleta de dados foi utilizada a escala FBIS-BR e um questionário que levantou dados sociodemográficos e referentes à convivência familiar. Participaram desta pesquisa 07 familiares de sujeitos com TOC, selecionados por grau de proximidade, maiores de 18 anos e que não possuíssem transtornos mentais em curso. A pesquisa realizou um estudo de levantamento, com análise quantitativa e qualitativa dos dados. Seu intuito foi analisar e compreender o grau de sobrecarga objetiva e subjetiva desses familiares. Como principais resultados, encontraram-se graus elevados de sobrecarga, sobretudo nos itens abrangidos pela dimensão subjetiva da escala, embora o escore global objetivo tenha sido maior. A subescala A (referente à frequência de realização de atividades cotidianas) registrou o maior impacto na sobrecarga objetiva; enquanto a subescala E (referente à preocupação com os pacientes psiquiátricos), em comparação com todas as subescalas, obteve o maior escore médio. Diante disso, é essencial que haja maior respaldo dos serviços e profissionais de saúde às famílias, tendo em vista que ela tem ocupado a posição de principal cuidadora.
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spelling O IMPACTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO NAS RELAÇÕES FAMILIARES: uma replicação sistemáticaTHE IMPACT OF OBSESSIVE-COMPULSIVE DISORDER ON FAMILY RELATIONS: a systematic replicationIMPACTO DEL TRASTORNO OBSESIVO-COMPULSIVO EN LAS RELACIONES FAMILIARES: una replica sistemáticaTranstorno obsessivo-compulsivoFamiliaCuidadoresObsessive-compulsive disorderFamilyCaregiversTranstorno obsessivo-compulsivoFamíliaCuidadoresO Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões que surgem de forma a consumir tempo excessivo dos indivíduos acometidos, ocasionando prejuízos funcionais e sofrimento significativo. Considerando que a família tem ocupado o papel de principal cuidadora no projeto psicossocial atual, o presente trabalho objetivou investigar a sobrecarga de familiares de pacientes diagnosticados previamente com TOC, visando ser uma replicação sistemática do estudo de Soares Neto et al. (2011), intitulado “Sobrecarga em familiares de indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo”. Para a coleta de dados foi utilizada a escala FBIS-BR e um questionário que levantou dados sociodemográficos e referentes à convivência familiar. Participaram desta pesquisa 07 familiares de sujeitos com TOC, selecionados por grau de proximidade, maiores de 18 anos e que não possuíssem transtornos mentais em curso. A pesquisa realizou um estudo de levantamento, com análise quantitativa e qualitativa dos dados. Seu intuito foi analisar e compreender o grau de sobrecarga objetiva e subjetiva desses familiares. Como principais resultados, encontraram-se graus elevados de sobrecarga, sobretudo nos itens abrangidos pela dimensão subjetiva da escala, embora o escore global objetivo tenha sido maior. A subescala A (referente à frequência de realização de atividades cotidianas) registrou o maior impacto na sobrecarga objetiva; enquanto a subescala E (referente à preocupação com os pacientes psiquiátricos), em comparação com todas as subescalas, obteve o maior escore médio. Diante disso, é essencial que haja maior respaldo dos serviços e profissionais de saúde às famílias, tendo em vista que ela tem ocupado a posição de principal cuidadora.Obsessive-compulsive Disorder (OCD) is characterized by the presence of obsessions and/or compulsions that arise in a way that consumes excessive time for affected individuals, causing functional impairment and significant suffering. Considering that the family has played the role of main caregiver in the current psychosocial project, the present study aimed to investigate the overload of family members of patients previously with OCD, aiming to be a systematic replication of the study by Soares Neto et al. (2011), entitled “Overburden in family members of individuals with obsessive-compulsive disorder”. For data collection the Family Burden Assessment Scale (FBIS-BR) and a questionnaire that collected sociodemographic data and related to family life were used. Seven family members of subjects with OCD participated in this research, selected by degree of proximity, over 18 years old and without ongoing mental disorders. The research carried out a survey study, with quantitative and qualitative data analysis. Its purpose was to analyze and understand the degree of objective and subjective overload of these family members. As main results high levels of overload were found, especially in the items covered by the subjective dimension of the scale, although the overall objective score was higher. Subscale A (referring to the frequency of performing daily activities) recorded the greatest impact on objective burden; while subscale E (referring to concern for psychiatric patients), compared to all subscales, had the highest mean score. In view of this, it is essential that there is greater support from health services and professionals to families, considering that they have occupied the position of main caregiver.El Trastorno Obsesivo-compulsivo (TOC) se caracteriza por la presencia de obsesiones y/o compulsiones que se manifiestan de forma que consumen un tiempo excesivo de las personas afectadas, provocando un deterioro funcional y un sufrimiento significativo. Considerando que la familia ha jugado el papel de cuidador principal en el proyecto psicosocial actual, el presente estudio tuvo como objetivo investigar la sobrecarga de familiares de pacientes previamente con TOC, con el objetivo de ser una réplica sistemática del estudio de Soares Neto et al. (2011), titulado “Sobrecarga en familiares de personas con trastorno obsesivo-compulsivo”. Para la recolección de datos se utilizó la Escala de Evaluación de la Carga Familiar (FBIS-BR) y un cuestionario que recolectó datos sociodemográficos y relacionados con la vida familiar. Participaron de esta investigación siete familiares de sujetos con TOC, seleccionados por grado de proximidad, mayores de 18 años y sin trastornos mentales en curso. La investigación llevó a cabo un estudio de encuesta, con análisis de datos cuantitativos y cualitativos. Su propósito fue analizar y comprender el grado de sobrecarga objetiva y subjetiva de estos familiares. Como principales resultados se encontraron altos niveles de sobrecarga, especialmente en los ítems que abarca la dimensión subjetiva de la escala, aunque la puntuación objetiva global fue mayor. La subescala A (referida a la frecuencia de realización de las actividades diarias) registró el mayor impacto en la carga objetiva; mientras que la subescala E (que se refiere a la preocupación por los pacientes psiquiátricos), en comparación con todas las subescalas, tuvo la puntuación media más alta. Ante esto, es fundamental que exista un mayor apoyo de los servicios y profesionales de la salud a las familias, considerando que ellas han ocupado la posición de cuidador principal.Faculdade Patos de Minas2023-09-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/97710.22289/2446-922X.V9N2A17Psicologia e Saúde em debate; Vol. 9 No. 2 (2023); 305-327Psicologia e Saúde em debate; Vol. 9 Núm. 2 (2023); 305-327Psicologia e Saúde em debate; v. 9 n. 2 (2023); 305-3272446-922X10.22289/2446-922X.V9N2reponame:Psicologia e Saúde em Debateinstname:Faculdade Patos de Minas (FPM)instacron:FPMporhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/977/608Copyright (c) 2023 Psicologia e Saúde em debatehttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGonçalves, LarianeFerreira, André Luíz2023-12-15T05:08:06Zoai:ojs2.psicodebate.dpgpsifpm.com.br:article/977Revistahttp://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodicoPRIhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/oaieditor@dpgpsifpm.com.br2446-922X2446-922Xopendoar:2023-12-15T05:08:06Psicologia e Saúde em Debate - Faculdade Patos de Minas (FPM)false
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