INFECÇÃO POR Haemoproteus spp. EM JABUTI (Chelonoidis carbonaria) EM PATOS DE MINAS-MG, BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Mariana Francisca de Oliveira
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Oliveira, Ravila de Melo, Oliveira, Igor de Sousa, Pereira, Fabiano Borges, Souza, Driele Frantesca de, Pereira, Saulo Gonçalves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia e Saúde em Debate
Texto Completo: https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/423
Resumo: Introdução: Haemoproteus são protozoários pertencentes ao Filo Apicomplexa ordem Haemosporina, e família Plasmodidae, eles infectam o sangue de mamíferos, aves e répteis. Transmitidos por insetos hematófagos, os parasitas podem causar, dependendo da infecção e carga parasitária, anemia severa, perda de peso e morte. Chelonoidis carbonaria pertencem à ordem Chelonia e são conhecidos como testudines – animais que possuem carapaça, popularmente são chamados por Jabuti, Karumbé e Jabuti piranga. Sua distribuição é ampla na América do Sul, e no Brasil têm predominância na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Na investigação clínica, a amostragem sanguínea é de grande valor diagnóstico, entretanto, a patologia clínica, sobretudo de animais silvestres é uma área da medicina que ainda necessita de vários estudos. Objetivo: Relatar a ocorrência de Haemoproteus spp. em um C. carbonaria como um valioso registro de incidência de hemoparasita nessa espécie de réptil. Material e Métodos: Um jabuti, fêmea com 08 kg, adulto, foi encaminhado ao Laboratório de Análises Clínicas pelo curso de Medicina Veterinária da Faculdade Patos de Minas (FPM). O animal é criado em cativeiro juntamente com outro jabuti, de mesma espécie e sexo pela proprietária em áreas de substrato de cerâmica e com acesso a grama e terrário. A alimentação oferecida envolve ovos cozidos com casca, ração comercial de cães, manga, maçã, cenoura e diversas outras frutas e legumes. O histórico médico não envolve nenhuma complicação, nem mesmo queixa principal, o motivo pelo encaminhamento foi a realização de exames sanguíneos de rotina oferecidos a proprietária através de conhecimentos de extensão universitária pelo Grupo de Estudos de Animais Silvestres (GEAS-FPM). Foi feita a devida contenção física do animal segundo métodos padrões de relevância, tracionando a cabeça do mesmo para frente, a veia jugular foi garroteada utilizando-se o polegar e coletou-se do animal, aproximadamente 2 mL de sangue em seringas descartáveis de 3 mL, por venipuntura jugular. Posteriormente foram confeccionadas lâminas através do método de esfregaço sanguíneo. As lâminas foram fixadas com coloração do tipo panótico, contendo solução de triarilmetano a 0,1%, solução de xanteno a 0,1%, e solução de tiazina a 0,1%. As lâminas preparadas foram analisadas à microscopia óptica, em objetiva de 40x e 100x (contendo óleo de imersão). Considerações: Em exame clinico o réptil mostrava-se ativo e alerta, estado nutricional bom, mucosas ocular e oral coradas, e placas dérmicas da carapaça e do plastrão encontravam nutridas e hidratadas sem nenhuma alteração de cor e aspecto. Foram observados eritrócitos com formato variando de oval à elíptico, com citoplasmas de coloração levemente basofílica e núcleo central de formato alongado de coloração basofílica. Estruturas morfologicamente equivalentes a gametócitos de Haemoproteus spp foram observados em quantidade moderada no citoplasma dos eritrócitos, em diferentes fases de desenvolvimento com formato alongado, com bordas arredondadas, e cromatina central compacta ou dispersa. A adoção de práticas de manejo e exames de rotina trazem benefícios aos animais e aos tutores. O estudo de caso mostrou que o hemoparasita Haemoproteus spp. está presente na cidade de Patos de Minas- MG infectando C. carbonária.
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