FEMINIZAÇÃO OROFACIAL DE MULHERES TRANSGÊNERAS: Como a odontologia pode contribuir para a inclusão social?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia e Saúde em Debate |
Texto Completo: | https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1026 |
Resumo: | A incongruência de gênero é uma condição na qual o indivíduo sofre grande estresse emocional e psicológico devido à falta de compatibilidade entre o gênero no qual se identifica e as características físicas de nascimento. O Brasil tem altos índices de violência contra pessoas transgêneras, justificando a necessidade de mulheres e homens trans passarem socialmente como pessoas cis. Existem características anatômicas faciais que diferem os dois sexos biológicos, incluindo bossa supraorbital, posição da sobrancelha, linha do cabelo, formato do nariz, projeção malar, ângulo da mandíbula, projeção mentual, sorriso e lábios. Para alterar essas características, podem ser utilizados procedimentos cirúrgicos invasivos e tratamentos minimamente invasivos. Este trabalho é uma revisão de literatura que apresenta os procedimentos de feminização orofacial baseado no dimorfismo sexual da face. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas plataformas digitais: Pubmed, Scielo, Sciencedirect, Researchgate e Periódicos CAPES, os descritores “feminization”, “minimally invasive”, “smile”, “transgender” e “sexual dimorphism”. 61 artigos foram condizentes com a proposta. A harmonização orofacial é uma especialidade odontológica desde 2018 e vem ganhando grande relevância entre as práticas odontológicas. A feminização orofacial é um ramo dessa especialidade voltada a atender mulheres transgêneras, ou seja, mulheres que nasceram no sexo masculino, mas que se identificam com o gênero feminino. A feminização orofacial, embora não seja amplamente difundida entre os profissionais da odontologia, oferece oportunidades para cirurgiões dentistas realizarem procedimentos estéticos faciais em mulheres transgêneras, tanto cirúrgicos quanto minimamente invasivos, dando a estas pessoas qualidade de vida ao permitir que sejam vistas como se identificam. |
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FEMINIZAÇÃO OROFACIAL DE MULHERES TRANSGÊNERAS: Como a odontologia pode contribuir para a inclusão social?FACIAL FEMINIZATION OF TRANSGENDER WOMEN: How can dentistry contribute to social inclusion?FEMINIZACIÓN OROFACIAL DE MUJERES TRANSGÉNERO: ¿Cómo puede contribuir la odontología a la inclusión social?Pessoas transgêneroCaracteres sexuaisSorrisoProcedimentos cirúrgicos minimamente invasivosTransgeder peopleSmileSexual characteristicsMinimally invasive surgical proceduresPersonas transgéneroProcedimientos quirúrgicos minimamente invasivosSonrisaCaracterísticas sexualesA incongruência de gênero é uma condição na qual o indivíduo sofre grande estresse emocional e psicológico devido à falta de compatibilidade entre o gênero no qual se identifica e as características físicas de nascimento. O Brasil tem altos índices de violência contra pessoas transgêneras, justificando a necessidade de mulheres e homens trans passarem socialmente como pessoas cis. Existem características anatômicas faciais que diferem os dois sexos biológicos, incluindo bossa supraorbital, posição da sobrancelha, linha do cabelo, formato do nariz, projeção malar, ângulo da mandíbula, projeção mentual, sorriso e lábios. Para alterar essas características, podem ser utilizados procedimentos cirúrgicos invasivos e tratamentos minimamente invasivos. Este trabalho é uma revisão de literatura que apresenta os procedimentos de feminização orofacial baseado no dimorfismo sexual da face. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas plataformas digitais: Pubmed, Scielo, Sciencedirect, Researchgate e Periódicos CAPES, os descritores “feminization”, “minimally invasive”, “smile”, “transgender” e “sexual dimorphism”. 61 artigos foram condizentes com a proposta. A harmonização orofacial é uma especialidade odontológica desde 2018 e vem ganhando grande relevância entre as práticas odontológicas. A feminização orofacial é um ramo dessa especialidade voltada a atender mulheres transgêneras, ou seja, mulheres que nasceram no sexo masculino, mas que se identificam com o gênero feminino. A feminização orofacial, embora não seja amplamente difundida entre os profissionais da odontologia, oferece oportunidades para cirurgiões dentistas realizarem procedimentos estéticos faciais em mulheres transgêneras, tanto cirúrgicos quanto minimamente invasivos, dando a estas pessoas qualidade de vida ao permitir que sejam vistas como se identificam.Gender incongruence is a condition in which an individual experiences significant emotional and psychological distress due to the lack of compatibility between the gender they identify with and their physical characteristics at birth. Brazil has high rates of violence against transgender individuals, justifying the need for transgender women and men to socially pass as cisgender individuals. There are facial anatomical features that differentiate between the two biological sexes, including the supraorbital ridge, eyebrow position, hairline, nose shape, cheek projection, jaw angle, chin projection, smile, and lips. In order to alter these characteristics, both invasive surgical procedures and minimally invasive treatments can be utilized. This work is a literature review that presents orofacial feminization procedures based on the sexual dimorphism of the face. The literature research was conducted on digital platforms including Pubmed, Scielo, Sciencedirect, Researchgate, and Periódicos CAPES, using the keywords "feminization," "minimally invasive," "smile," "transgender," and "sexual dimorphism." 61 articles were found to align with the proposal. Orofacial harmonization has been a dental specialty since 2018 and has been gaining significant relevance within dental practices. Orofacial feminization is a branch of this specialty aimed at serving transgender women, meaning individuals who were assigned male at birth but identify as female. While orofacial feminization is not widely spread among dental professionals, it offers opportunities for dentists to perform both surgical and minimally invasive facial aesthetic procedures on transgender women, improving their quality of life by allowing them to be seen as they identify themselves.La incongruencia de género es una condición en la cual el individuo experimenta un gran estrés emocional y psicológico debido a la falta de compatibilidad entre el género con el que se identifica y las características físicas de nacimiento. Brasil tiene altas tasas de violencia contra personas transgénero, lo que justifica la necesidad de que las mujeres y hombres transgénero pasen socialmente como personas cisgénero. Existen características anatómicas faciales que diferencian los dos sexos: incluyendo la cresta supraorbitaria, la posición de las cejas, la línea del cabello, la forma de la nariz, la proyección de los pómulos, el ángulo de la mandíbula, la proyección del mentón, la sonrisa y los labios. Para modificar estas características, se pueden utilizar procedimientos quirúrgicos invasivos y tratamientos mínimamente invasivos. Este trabajo es una revisión de la literatura que presenta los procedimientos de feminización orofacial basados en el dimorfismo sexual. La investigación bibliográfica: Pubmed, Scielo, Sciencedirect, Researchgate y Periódicos CAPES, descriptores: "feminization", "minimally invasive", "smile", "transgender" y "sexual dimorphism". Se encontraron 61 artículos que se ajustaban a la propuesta. La armonización orofacial es una especialidad odontológica desde 2018 y está cobrando gran relevancia en la práctica dental. La feminización orofacial es una rama de esta especialidad destinada a atender a mujeres transgénero, es decir, a mujeres que nacieron con sexo masculino pero que se identifican con el género femenino. Aunque la feminización orofacial no está ampliamente difundida entre los profesionales de la odontología, ofrece oportunidades para que los dentistas realicen procedimientos estéticos faciales en mujeres transgénero.Faculdade Patos de Minas2023-11-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/102610.22289/2446-922X.V9N2A35Psicologia e Saúde em debate; Vol. 9 No. 2 (2023); 587-606Psicologia e Saúde em debate; Vol. 9 Núm. 2 (2023); 587-606Psicologia e Saúde em debate; v. 9 n. 2 (2023); 587-6062446-922X10.22289/2446-922X.V9N2reponame:Psicologia e Saúde em Debateinstname:Faculdade Patos de Minas (FPM)instacron:FPMporhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1026/626Copyright (c) 2023 Psicologia e Saúde em debatehttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessColombecky Botassi, MichelIsolan, Cristina Pereirada Costa, Andreza Dayrell GomesCosta, Marcelo Dias Moreira de AssisDietrich, Lia2023-12-15T05:08:06Zoai:ojs2.psicodebate.dpgpsifpm.com.br:article/1026Revistahttp://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodicoPRIhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/oaieditor@dpgpsifpm.com.br2446-922X2446-922Xopendoar:2023-12-15T05:08:06Psicologia e Saúde em Debate - Faculdade Patos de Minas (FPM)false |
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