URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: uma possibilidade de acolhimento psicológico e escuta psicanalítica
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia e Saúde em Debate |
Texto Completo: | https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/595 |
Resumo: | Introdução: O sujeito quando se encontra em um contexto de urgência e emergência, éatravessado em sua rotina não só pelo adoecimento físico, mas pode também, o ser pelo psíquico.Ele precisa ser visto e ouvido em sua totalidade, é preciso reconhecê-lo como sujeito de fato e nãoobjeto adoecido. O papel do psicólogo em relação à hospitalização volta-se então para o processoda humanização, onde o adoecimento em si, traz uma transformação psíquica da subjetividade dopaciente. O acolhimento psicológico e escuta assim se fazem necessários frente aos temoresdespertados e fragilidades que são acentuadas. Objetivo: Demonstrar uma possível escutapsicanalítica fora de suas práxis habituais em um contexto de um serviço de urgência e emergência,através de recortes de relatos de experiência estagiária e referenciais teóricos psicanalíticos.Metodologia: O presente artigo pautou-se em relatos de experiências vivenciadas durante estágiomultidisciplinar em um serviço de urgência e emergência, de uma cidade do interior do estado deMinas Gerais. A coleta de dados se deu mediante escuta, intervenção e observação, nos períodoscompreendidos entre agosto e novembro de 2017, e abril a junho de 2019. Considerações: Oadoecimento sem dúvida é inerente ao sujeito, no decorrer de sua vida será inevitável odesfalecimento físico do corpo, e concomitantemente, o desamparo e a angústia. É importantenessa situação reforçar a existência no paciente internado além do sofrimento físico, em seusaspectos psíquicos e emocionais. A escuta psicanalítica nesse contexto traz a possibilidade dopaciente fazer a sua própria elaboração, em uma relação do real com o simbólico. Onde a sujeitotende a resgatar sua própria essência diante do adoecimento e se perceber como individuo empotência. A experiência estagiária oportunizou uma vivência na prática de vários referenciaisteóricos psicanalíticos no manejo com o paciente, ao acolher e ao escuta-lo, o desejo do analistase fazia presente, proporcionando ao sujeito uma escuta não direcionada, permitia a este umdiscurso além do adoecimento, oposto ao preconizado discurso médico. Ao falar o paciente tinha apossibilidade de ter sua angústia acolhida e uma possível elaboração, e significação ouressignificação desta. Diante desta experiência, escrever sobre este se tornou irresistível enecessário. Esta escrita contribui como referencial bibliográfico, fomentando a discussão e reflexãoacerca da práxis psicanalítica, aquém do que já lhe foi concebida. A leitura deste permitirá aopsicólogo, um vislumbre de uma possível atuação norteado por estes referenciais específicos. Aosoutros profissionais presentes neste contexto a leitura deste lhes permitirá uma visão maishumanizada do paciente, pois o acolhimento e escuta traz o sujeito à tona em meio ao adoecimento,aos olhos de quem o ouve. |
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