HOMOFOBIA INTERNALIZADA E OPRESSÃO SOCIAL PERCEBIDA POR HOMENS GAYS QUE VIVEM COM HIV

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alckimin-Carvalho, Felipe
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Chiapetti, Nilse, Nichiata, Lucia Izumi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia e Saúde em Debate
Texto Completo: https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1028
Resumo: A compreensão da percepção da homofobia internalizada e da opressão social reportadas por homens gays que vivem com HIV é especialmente importante porque contribui para a produção de conhecimentos que podem sustentar políticas públicas de saúde na defesa de direitos desta população duplamente exposta à sobrecarga do estigma. O objetivo desse estudo foi avaliar a percepção de homofobia internalizada e de opressão social em uma amostra de homens gays que vivem com HIV/AIDS e verificar possíveis associações entre tais medidas e variáveis sociodemográficas dos participantes. Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento transversal. Participaram 138 homens gays com HIV/AIDS, com 36 anos de idade, em média. A pesquisa foi conduzida na modalidade online, no segundo semestre de 2022. Utilizou-se a Escala de Homofobia Internalizada e um questionário sociodemográfico. Foram encontrados elevados escores na subescala de opressão social, que verifica o estigma percebido socialmente, e também na de homofobia internalizada, que se refere ao estigma do próprio homem gay com relação à homossexualidade. Mais de 93% dos participantes acreditam que a sociedade pune pessoas homossexuais, 98,55% que a discriminação contra pessoas homossexuais ainda é comum, 22% não gostam de pensar sobre a própria sexualidade e 22% preferem ter parcerias sexuais anônimas. Maior percepção de homofobia foi verificada entre aposentados e desempregados. Os escores alarmantes de homofobia internalizada e percebida na comunidade apontam para a urgência de ações intersetoriais no Brasil que visem a redução do estigma, sobretudo entre indivíduos pertencentes à populações-chave, como aqueles que vivem com HIV.
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O objetivo desse estudo foi avaliar a percepção de homofobia internalizada e de opressão social em uma amostra de homens gays que vivem com HIV/AIDS e verificar possíveis associações entre tais medidas e variáveis sociodemográficas dos participantes. Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento transversal. Participaram 138 homens gays com HIV/AIDS, com 36 anos de idade, em média. A pesquisa foi conduzida na modalidade online, no segundo semestre de 2022. Utilizou-se a Escala de Homofobia Internalizada e um questionário sociodemográfico. Foram encontrados elevados escores na subescala de opressão social, que verifica o estigma percebido socialmente, e também na de homofobia internalizada, que se refere ao estigma do próprio homem gay com relação à homossexualidade. Mais de 93% dos participantes acreditam que a sociedade pune pessoas homossexuais, 98,55% que a discriminação contra pessoas homossexuais ainda é comum, 22% não gostam de pensar sobre a própria sexualidade e 22% preferem ter parcerias sexuais anônimas. Maior percepção de homofobia foi verificada entre aposentados e desempregados. Os escores alarmantes de homofobia internalizada e percebida na comunidade apontam para a urgência de ações intersetoriais no Brasil que visem a redução do estigma, sobretudo entre indivíduos pertencentes à populações-chave, como aqueles que vivem com HIV.Understanding the perception of internalized and community homophobia reported by gay men living with HIV is especially important because it contributes to the production of knowledge that can support public health policies aimed at caring for this population doubly exposed to the burden of stigma. The objective of the study was to evaluate internalized homophobia and perceived social oppression by a sample of gay men living with HIV/AIDS and to verify associations between homophobia and sociodemographic variables of the participants. This is a quantitative study with a cross-sectional design. Participants were 138 gay men with HIV, mean age of 36 years. The survey was conducted online, in the second semester of 2022. The Internalized Homophobia Scale and a sociodemographic questionnaire were used. High scores were found both on the subscale of social oppression, which verifies the perceived stigma in the community, and on the internalized homophobia, which refers to the stigma of gay men in relation to homosexuality. More than 93% of the participants believe that society punishes homosexual people, 98.55% that discrimination against homosexual people is still common, 22% do not like to think about their own sexuality and 22% prefer to have anonymous sexual partnerships. A greater perception of homophobia was verified among retirees and unemployed. The alarming scores of internalized and perceived homophobia in the community point to the urgency of intersectoral actions in Brazil aimed at reducing stigma, especially among individuals belonging to key populations, such as those living with HIV.Comprender la percepción de homofobia internalizada y comunitaria relatada por hombres homosexuales que viven con VIH es especialmente importante porque contribuye a la producción de conocimiento que puede apoyar políticas públicas de salud dirigidas a la atención de esta población doblemente expuesta a la carga del estigma. El objetivo del estudio fue evaluar homofobia internalizada y opresión social percibida por una muestra de hombres gay que viven con VIH/SIDA y verificar asociaciones entre homofobia y variables sociodemográficas. Se trata de un estudio cuantitativo y transversal. Participaran 138 hombres homosexuales con VIH, con una edad promedio de 36 años. La investigación se realizo online, en el segundo semestre de 2022. Se utilizó la Escala de Homofobia Interiorizada y cuestionario sociodemográfico. Se encontraron altas puntuaciones tanto en la subescala de opresión social, que verifica el estigma percibido en la comunidad, como en la de homofobia interiorizada, que se refiere al estigma de los hombres gay en relación a la homosexualidad. Más de 93% de los participantes cree que la sociedad castiga personas homosexuales, 98,55% que la discriminación contra las personas homosexuales sigue siendo común, 22% no le gusta pensar en su propia sexualidad y el 22% prefiere tener relaciones sexuales anónimas. Se verificó una mayor percepción de homofobia entre los jubilados y desempleados. Los escores alarmantes de homofobia internalizada y percibida en la comunidad apuntan a la urgencia de acciones intersectoriales en Brasil destinadas a reducir el estigma, especialmente entre las personas pertenecientes a poblaciones clave, como las que viven con VIH.Faculdade Patos de Minas2023-11-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/102810.22289/2446-922X.V9N2A40Psicologia e Saúde em debate; Vol. 9 No. 2 (2023); 685-704Psicologia e Saúde em debate; Vol. 9 Núm. 2 (2023); 685-704Psicologia e Saúde em debate; v. 9 n. 2 (2023); 685-7042446-922X10.22289/2446-922X.V9N2reponame:Psicologia e Saúde em Debateinstname:Faculdade Patos de Minas (FPM)instacron:FPMporhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1028/631Copyright (c) 2023 Psicologia e Saúde em debatehttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAlckimin-Carvalho, FelipeChiapetti, NilseNichiata, Lucia Izumi2023-12-15T05:08:06Zoai:ojs2.psicodebate.dpgpsifpm.com.br:article/1028Revistahttp://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodicoPRIhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/oaieditor@dpgpsifpm.com.br2446-922X2446-922Xopendoar:2023-12-15T05:08:06Psicologia e Saúde em Debate - Faculdade Patos de Minas (FPM)false
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