Exposição ocupacional a agrotóxicos, riscos e práticas de segurança na agricultura familiar em município do estado do Espírito Santo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Petarli,Glenda Blaser
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Cattafesta,Monica, Luz,Tamires Conceição da, Zandonade,Eliana, Bezerra,Olívia Maria de Paula Alves, Salaroli,Luciane Bresciani
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572019000101311
Resumo: Resumo Objetivo: caracterizar a exposição ocupacional, percepção do risco, práticas de segurança e fatores associados ao uso de equipamento de proteção individual (EPI) durante a manipulação de agrotóxicos. Métodos: estudo transversal com amostra representativa de agricultores de Santa Maria de Jetibá, Espírito Santo. Procedeu-se à caracterização sociodemográfica e ocupacional dos agricultores com exposição direta a agrotóxicos e a identificação dos ingredientes ativos e classificação toxicológica dos produtos utilizados. Resultados: foram referidas 106 marcas comerciais, 45 grupos químicos e 77 ingredientes ativos. Houve predomínio do herbicida glifosato. Dos 550 agricultores avaliados 89% referiram uso de agrotóxicos extremamente tóxicos, 56,3% utilizavam mais de cinco agrotóxicos e 51% trabalhavam há mais de 20 anos em contato direto com estes produtos. Metade não lia rótulo dos agrotóxicos, mais de um terço não observava o tempo de carência para colheita e reaplicação e nem o de reentrada na lavoura; 71,4% não utilizavam EPI ou utilizavam de forma incompleta. Entre os fatores associados à não utilização do EPI, destaca-se a classe socioeconômica (p = 0,002), baixa escolaridade (p = 0,05), falta de suporte técnico (p < 0,001) e não leitura dos rótulos (p < 0,001). Conclusão: os agricultores apresentaram exposição ocupacional prolongada a múltiplos agrotóxicos de elevada toxidade, referindo práticas inseguras de manuseio.
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