Violência Contra o Menor: até quando?

• Autor(a) principal: Vainsencher, Semira Adler
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Cadernos de Estudos Sociais (Online)
• Texto Completo: https://periodicos.fundaj.gov.br/CAD/article/view/1078

Este artigo faz parte de uma pesquisa mais ampla intitulada "O Projeto de Vida do Menor Institucionalizado", publicada pela UNICEF em dezembro de 1989. Pretendeu-se, através dos elementos, enfatizar alguns aspectos que permitem perceber a situação de marginalidade social em que vive o menor carente/abandonado e/ou infrator no Estado de Pernambuco tratando, em particular, da questão da violência, que se traduz de diferentes formas, dentre as quais a autora procura destacar algumas que mais incidem sobre os menores internos ria FEBEWPE. Busca-se avaliar como essa problemática afeta o sentimento do menor, ou seja, como ele introjeta e processa o contexto de violência em que vive, fora e dentro da instituição. A pesquisa constata, entre outros, que parcela significativa dos internos sofreu incontáveis violências ao longo da vida, muitos ainda são vitimas de violências dentro da instituição e que, não obstante esses fatos são conformados com essa realidade. This article represents a small part of a broader research entitled "The Life Project of the Institutionalized Minor", published by UNICEF in December/1989. The paper intends to stress some aspects which allow to visualize the situation of social marginality in which live the poor/abandoned and/or infractor minors in the State of Pernambuco dealing, particularly, with the question of violence in its different forms, particularly those which punish the interned minors of FEBEM/PE. The study searches to evaluate how that problem affects the minor's feelings, i. e., how he absorbs and processes the context of violence in which he lives outside and inside the institution. The research confirms, among other findings, that a significant part of the interns suffered innumerable violences through their lives and many are still victims of violence inside the institution, and that they are conformists with that reality.