Estratégias para o aumento da cobertura vacinal entre 2019 e 2022 em Joaquim Felício-MG: uma experiência exitosa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Bionorte |
Texto Completo: | http://revistas.funorte.edu.br/revistas/index.php/bionorte/article/view/814 |
Resumo: | Objetivos: a) cumprir integralmente a preconização pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para menores de um ano; b) realizar busca ativa e registro adequado do cartão de vacinação no sistema ESUS AB; c) melhorar a classificação de Risco para Reintrodução de Doenças Imunopreveníveis. Materiais e Métodos: As ações foram agrupadas em duas frentes: a) impedir atraso vacinal em crianças; b) mitigar problemas de vacinas não aplicadas ou não registradas no sistema. Foi realizada visita técnica para diagnóstico e monitoramento. Através do recurso financeiro para a estruturação das ações de imunização, foi construído prédio próprio e adquirido veículo. Devido ao registro muitas vezes ter-se limitado ao cartão físico, crianças foram vacinadas sem lançamento no sistema informatizado. Dessa forma, foi realizada capacitação, para que os agentes comunitários de saúde pudessem ler o cartão, localizar crianças em atraso vacinal e reimplantar cartão espelho. Com o levantamento foram inseridos no sistema dados vacinais das crianças menores de 5 anos. Concomitantemente, foi elaborada planilha de acompanhamento e aprazamento manual, através do qual a enfermeira informa semanalmente aos agentes comunitários de saúde quais crianças precisam ser vacinadas e faz controle de comparecimento. Além disso, para melhor planejamento e capacitação da equipe, são realizadas reuniões mensais com a Vigilância, Estratégia de Saúde da Família e acadêmicos da Universidade Federal de Minas Gerais. Por último, para lidar com a dificuldade de acesso, pactuamos extensão do horário de vacina, uma vez a cada 15 dias, e a abertura da sala um sábado por mês. Resultados: Pelos dados comparativos de 2019 e 2022, as medidas foram eficazes. Após a implementação, houve melhora da cobertura vacial, com um aumento, em pontos percentuais de 47,67 para Rotavírus Humano; 70,35 para Meningococo C; 85,29 para Hepatite B; 85,29 para Pentavalente; 55,27 para pneumocócica; 78,68 para Poliomielite; 48,53 para Febre Amarela; e para BCG aumento de 62,01. Os percentuais acima de 100% são resultado da busca aos indivíduos não vacinados e o registro do cartão-espelho das doses não registradas no ESUS AB. Em relação à Classificação de Risco para Reintrodução de Doenças Imunopreveníveis, o município em 2020 era classificado como Risco Alto, ou seja, Homogeneidade de Cobertura Vacinal (HCV) menor que 75% e, após as intervenções, já em 2021, estava classificado como Risco Muito Baixo, com HCV igual a 100%, ou seja, todas as vacinas com cobertura adequada. Conclusão: O resultado apresentado é um compilado de múltiplos esforços. Embora houvesse uma equipe responsável direta pela imunização, não teria sido possível alcançar resultados sem outros agentes envolvidos. Para a equipe local, os bons resultados demonstrados servem como incentivo para a busca contínua pelo aperfeiçoamento, e não motivo de inércia. As ações realizadas são simples e de baixo investimento financeiro, mas de grande impacto para a proteção da população. Para outros gestores, este bom desempenho é o resultado de medidas facilmente reproduzíveis e que podem servir de inspiração para outros municípios. |
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