Impactos psicossociais da pandemia de COVID-19 em crianças com transtornos do neurodesenvolvimento
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Bionorte |
Texto Completo: | http://revistas.funorte.edu.br/revistas/index.php/bionorte/article/view/63 |
Resumo: | Objetivo: elucidar os principais impactos psicossociais da pandemia de COVID-19 em crianças com transtornos do neurodesenvolvimento. Materiais e métodos: realizou-se uma revisão integrativa da literatura, nas bases de dados MEDLINE, IBECS e PubMed, norteada pela pergunta: "Quais os impactos da pandemia em crianças com transtornos do neurodesenvolvimento?". Empregou-se os descritores “Psychosocial impact”, “COVID-19 pandemic”, “children” e “neurodevelopmental disorders”, com uso do operador “AND”, incluindo-se pesquisas em inglês, francês e espanhol; resultando em 16 artigos, publicados nos anos de 2020 e 2021, selecionando-se 6 desses por adequação ao tema. Resultados: observou-se que a pandemia de COVID-19 afetou as crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e Transtorno do Espectro Autista (TEA), devido à restrição das terapias educacionais especiais - imposta pelo isolamento social e pelas medidas preventivas que restringiram o convívio social. Constata-se, ainda, o impacto em seus cuidadores, destacando-se a preocupação com o contágio das crianças e limitado acesso aos suportes especializados; evidenciado pelos níveis aumentados de estresse e ansiedade, com repercussão importante na relação cuidador/paciente. Em contrapartida, estudos evidenciaram que algumas crianças com TEA, menos expostas ao convívio social, apresentaram maior bem-estar e adaptabilidade, considerando que o isolamento social é uma característica marcante de sua natureza; por outro lado, tais crianças também foram sujeitas a uma mudança drástica de rotina, um fator agravante para o aumento dos níveis de ansiedade e depressão. Conclusão: as crianças com transtornos do neurodesenvolvimento foram impactadas com a pandemia atual, mediante a interferência nas suas rotinas e na relação com seus cuidadores e a intensificação dos estressores cotidianos na maioria dos indivíduos. Entretanto, houve supressão de estressores sociais em algumas crianças com TEA, melhorando seu bem-estar. Contudo, novos estudos são necessários para melhor compreensão acerca do impacto psicossocial da pandemia nesses indivíduos. |
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