Projeto de cuidado à saúde dos lapidários de Joaquim Felício: saúde do trabalhador em saúde coletiva
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Bionorte |
Texto Completo: | http://revistas.funorte.edu.br/revistas/index.php/bionorte/article/view/829 |
Resumo: | Objetivo: Reavaliar os lapidários do município de Joaquim Felício com diagnóstico de silicose em 2004 e promover novas ações de assistência e vigilância nas oficinas de lapidação do município. Materiais e Métodos: Trata-se de um relato de experiência, que descreve as ações da vigilância de ambientes e processos de trabalho no município de Joaquim Felício, realizadas por acadêmicos da Faculdade de Medicina da UFMG e pelas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). Em 2022, reiniciou-se o acompanhamento ambulatorial dos pacientes com diagnóstico prévio de silicose. Em 11/07/2022, foi realizada uma reunião com os lapidários em atividade, numa parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e representantes do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Montes Claros, para apresentação e discussão do projeto. Além disso, foi proposta a marcação de consultas médicas e visitas de inspeção nas oficinas de lapidação. Resultados: Foram identificados 14 pacientes dentre os 70 avaliados previamente em 2004. Destes, um paciente havia falecido, 2 haviam se mudado do município e 2 não puderam comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS). Nove pacientes foram reavaliados e encaminhados para retorno no Hospital das Clínicas-UFMG (HC-UFMG). Foram identificadas 21 oficinas de lapidação em atividade no município, com inspeção em 17 destas. Foram realizadas orientações quanto à organização e à higiene do ambiente de trabalho e quanto à prevenção de Silicose, Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Foram agendados atendimentos para 14 trabalhadores que, de acordo com a história clínica e ocupacional, foram encaminhados ao HC-UFMG, CEREST de Montes Claros ou para a Atenção Primária à Saúde (APS). Além da consulta médica, foram solicitadas radiografias de tórax padrão Organização Internacional do Trabalho e audiometrias. Conclusão: Este estudo evidenciou a importância e viabilidade da execução de ações de promoção, assistência e vigilância em saúde do trabalhador na APS, em especial no contexto de trabalhos informais, domiciliados e precários, como demonstrado na atividade de lapidação, tão frequente em Joaquim Felício. |
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