Anosmia pós-infecção pelo COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Junior, Francisco de Assis Cavalcante
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Campos, Nathalia Damas, Anjos, Jamile Pereira Dias dos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bionorte
Texto Completo: http://revistas.funorte.edu.br/revistas/index.php/bionorte/article/view/45
Resumo: Objetivo: avaliar a incidência da continuidade de hiposmia e anosmia em pacientes recuperados da infecção pelo SARS-COV-2. Materiais e métodos: revisão integrativa de literatura com busca nas bases de dados Scielo, PubMed, BVS e Google Acadêmico, sendo utilizados os descritores “anosmia” e “pós-covid 19”, além do operador boleriano “and”. O critério de inclusão foi o uso de artigos publicados a partir de 2020, com temática sobre alterações olfativas, já o de exclusão foi a fuga ao mecanismo fisiopatológico. Ao final, foram analisados 8 artigos científicos. Resultados: Disfunções olfativas – como anosmia e hiposmia – são sintomas recorrentes em indivíduos infectados pelo Sars-Cov-2 (50 a 80%). Dessa maneira, o mecanismo fisiopatológico mais aceito para tal manifestação é o tropismo da proteína Spike do Sars-Cov-2 a dois receptores, a Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2) e a serina protease transmembranar 2 (TMPRSS2), que permitem a entrada e a replicação viral na célula hospedeira que, nesse caso, são as células estruturais do epitélio olfatório, as quais possuem grande quantidade desses receptores. Partindo desse pressuposto, após 15 dias da recuperação do quadro infeccioso, cerca de 65% dos infectados não apresentam mais alterações olfativas. Com relação aos demais pacientes, após 5 meses, 50% estão totalmente recuperados e os outros 50% permanecem com quadro de hiposmia, sendo contraindicado o uso de corticosteroides e indicado treinamento olfatório. Contudo, mais estudos devem ser realizados acerca das sequelas pós-infecção pelo Covid-19 no que tange à disfunção olfatória, sua incidência e seu mecanismo patológico. Conclusão: logo, devido à alta taxa de incidência e prognóstico com possibilidade de hiposmia permanente, é necessário maior pesquisa e controle dos pacientes após terem se recuperado da infecção pelo Sars-Cov-2, no intuito de estabelecer um melhor prognóstico ao paciente.
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