O capital comercial e a formação da economia-mundo capitalista: dinâmica e padrões de reprodução social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mariutti, Eduardo Barros
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional (Online)
Texto Completo: https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/rbdr/article/view/8699
Resumo: Até consolidar-se a Revolução Industrial, era o capital comercial que pairava sobre a base produtiva da economia-mundo capitalista. Ele articulava pelo alto as diversas formas de produção dispersas pela Europa pré-industrial e definia o papel complementar das regiões articuladas ao continente. Dado que, de maneira geral, o capital fixo exercia um papel limitado no processo de produção, a reprodução da economia-mundo dependia, em grande parte, do capital circulante – que, na era mercantilista, representava a forma predominante assumida pelo capital mercantil. Então, que contribuição daria o capital comercial para a formação da economia-mundo capitalista? O propósito, aqui, é precisamente o de examinar essa questão. As evidências indicam que o modo de produção capitalista acabaria deslocando para os bastidores as formas tradicionais de controle da sociedade sobre o “mercado”, incluindo-se aí os sistemas redistributivos, as estruturas de parentesco, a religião e a magia. A hipótese é de que esse deslocamento pode ser desvelado por um exame cuidadoso dos mecanismos e formas de reprodução do capital mercantil, enfim, das vias que facultaram a sua penetração na sociedade.
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