TESSITURAS HÍBRIDAS E ALEGORIAS DA HISTÓRIA NO ROMANCE E NO FILME MEMÓRIAS DO CÁRCERE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linguagens |
Texto Completo: | https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/4319 |
Resumo: | A partir da premissa de que, em obras ficcionais, a materialização do real refere-se ao processo de composição artificial da narrativa, no qual estão imbricados forma e conteúdo, neste artigo, analisa-se como a realidade social é materializada no romance de Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere (1953), bem como na tradução fílmica deste, por Nelson Pereira dos Santos, em 1984. Logo, considera-se que a construção ficcional da memória funciona dentro de uma composição, já que, em arte, não existe uma realidade pura, uma vez que, em textos ficcionais, tudo é imitação – conforme concepção de mimesis em Aristóteles –, mesmo quando esta realidade encontra-se no campo ideológico e, portanto, materializa-se como Realismo Crítico. Ou seja, a exemplo do dramaturgo, teórico e poeta da revolução russa, Vladimir Maiakovski, e do poeta, dramaturgo e teórico teatral Berthold Brecht, Graciliano Ramos acreditava no poder do discurso artístico como um espaço para a crítica política e social, capaz de transformar a consciência e a ação do público/leitor em relação à sociedade na qual este estivesse inserido. À vista disso, Graciliano se torna um dos maiores expoentes da segunda fase do Modernismo Brasileiro, o qual inspira, inclusive, cineastas do Cinema Novo brasileiro que comungam desta crença do poder da dialética da arte, a exemplo de Nelson Pereira dos Santos. Assim, entendendo que a produção literária ou fílmica – enquanto Arte da Memória – coloca em movimento a transformação alegórica do tempo, reflete-se sobre a seleção que Graciliano Ramos fez de suas memórias – que encontram na ficção literária o local para a representação do cárcere por ele vivenciado –, como também das memórias que Nelson Pereira dos Santos selecionou do texto de Graciliano e do contexto político e social, no qual este cineasta estava inserido, para materializar estas memórias em cinema. |
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TESSITURAS HÍBRIDAS E ALEGORIAS DA HISTÓRIA NO ROMANCE E NO FILME MEMÓRIAS DO CÁRCEREFicção e Realidade. Literatura e Cinema Brasileiros. Memórias do Cárcere.A partir da premissa de que, em obras ficcionais, a materialização do real refere-se ao processo de composição artificial da narrativa, no qual estão imbricados forma e conteúdo, neste artigo, analisa-se como a realidade social é materializada no romance de Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere (1953), bem como na tradução fílmica deste, por Nelson Pereira dos Santos, em 1984. Logo, considera-se que a construção ficcional da memória funciona dentro de uma composição, já que, em arte, não existe uma realidade pura, uma vez que, em textos ficcionais, tudo é imitação – conforme concepção de mimesis em Aristóteles –, mesmo quando esta realidade encontra-se no campo ideológico e, portanto, materializa-se como Realismo Crítico. Ou seja, a exemplo do dramaturgo, teórico e poeta da revolução russa, Vladimir Maiakovski, e do poeta, dramaturgo e teórico teatral Berthold Brecht, Graciliano Ramos acreditava no poder do discurso artístico como um espaço para a crítica política e social, capaz de transformar a consciência e a ação do público/leitor em relação à sociedade na qual este estivesse inserido. À vista disso, Graciliano se torna um dos maiores expoentes da segunda fase do Modernismo Brasileiro, o qual inspira, inclusive, cineastas do Cinema Novo brasileiro que comungam desta crença do poder da dialética da arte, a exemplo de Nelson Pereira dos Santos. Assim, entendendo que a produção literária ou fílmica – enquanto Arte da Memória – coloca em movimento a transformação alegórica do tempo, reflete-se sobre a seleção que Graciliano Ramos fez de suas memórias – que encontram na ficção literária o local para a representação do cárcere por ele vivenciado –, como também das memórias que Nelson Pereira dos Santos selecionou do texto de Graciliano e do contexto político e social, no qual este cineasta estava inserido, para materializar estas memórias em cinema. Fundação Universidade Regional de Blumenau2014-09-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/431910.7867/1981-9943.2014v8n2p101-123Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação; v. 8 n. 2 (2014); 101-1231981-9943reponame:Linguagensinstname:Universidade Regional de Blumenau (FURB)instacron:FURBporhttps://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/4319/2716Copyright (c) 2014 Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessSirino, Salete Paulina MachadoSilva, Acir Dias da2015-04-28T12:33:36Zoai:ojs.bu.furb.br:article/4319Revistahttp://proxy.furb.br/ojs/index.php/linguagensPUBhttp://proxy.furb.br/ojs/index.php/linguagens/oailinguagens@furb.br||linguagens.revista@gmail.com1981-99431981-9943opendoar:2015-04-28T12:33:36Linguagens - Universidade Regional de Blumenau (FURB)false |
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