PINTURA OU ESCRITA: ESPELHOS E DERIVA EM BARCO A SECO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linguagens |
Texto Completo: | https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/2908 |
Resumo: | O artigo pretende apresentar algumas reflexões sobre a obra Barco a Seco, de Rubens Figueiredo. Na obra, o ato literário se encarrega de abrir circunstâncias para a relação entre literatura e artes plásticas. No entanto, ao longo das páginas, questões como o duplo, o falsário, o simulacro e, mesmo a possível falsificação das obras do pintor-personagem, deixam pistas sobre o fingimento atuante no próprio texto. Neste sentido, apresentamos algumas possíveis idéias para a leitura dessa obra, a partir, principalmente, da seguinte questão: os recursos literários na obra estabelecem um jogo de fingimento, no qual o leitor tem um papel a cumprir, ao abrir algumas possibilidades de leituras na medida em que se falseia a autoridade necessária para discursar sobre artes plásticas. Quando parece falar do Outro (pintura), o texto continua tratando de Si, pois utiliza os próprios códigos, os próprios instrumentos, a sua própria linguagem, Nossa leitura interessa-se, então, pelo texto que se escreve como um gesto literal, fala de Si, ao falar do Outro que é a pintura, aponta algumas das diversas possibilidades do fazer literário. Quando nos deparamos com trocas de identidades dos personagens; com a questão da autoria das obras do pintor-personagem; quando encontramos capítulos que se dão a ler como contos; ou ainda quando constatamos o cruzamento entre este romance e alguns contos de outros livros do mesmo autor, iluminam-se leituras sobre questões como a autoria, o papel do leitor no “funcionamento” da obra, e, aí também, a relação especular ou de duplicidade entre autor/leitor. Nas convergências e divergências dos personagens, mas também do leitor e do autor encontramos uma espécie de espelhamento. A leitura do cruzamento dessas subjetividades criadora e criativa, do autor/artista e do leitor/crítico, da narrativa pretende acompanhar o processo por que passam, que reforça a interseção, a multiplicidade e o reflexo. |
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PINTURA OU ESCRITA: ESPELHOS E DERIVA EM BARCO A SECOEscrita. Pintura. Espelhamento. Fingimento.Leitor. Autor. O artigo pretende apresentar algumas reflexões sobre a obra Barco a Seco, de Rubens Figueiredo. Na obra, o ato literário se encarrega de abrir circunstâncias para a relação entre literatura e artes plásticas. No entanto, ao longo das páginas, questões como o duplo, o falsário, o simulacro e, mesmo a possível falsificação das obras do pintor-personagem, deixam pistas sobre o fingimento atuante no próprio texto. Neste sentido, apresentamos algumas possíveis idéias para a leitura dessa obra, a partir, principalmente, da seguinte questão: os recursos literários na obra estabelecem um jogo de fingimento, no qual o leitor tem um papel a cumprir, ao abrir algumas possibilidades de leituras na medida em que se falseia a autoridade necessária para discursar sobre artes plásticas. Quando parece falar do Outro (pintura), o texto continua tratando de Si, pois utiliza os próprios códigos, os próprios instrumentos, a sua própria linguagem, Nossa leitura interessa-se, então, pelo texto que se escreve como um gesto literal, fala de Si, ao falar do Outro que é a pintura, aponta algumas das diversas possibilidades do fazer literário. Quando nos deparamos com trocas de identidades dos personagens; com a questão da autoria das obras do pintor-personagem; quando encontramos capítulos que se dão a ler como contos; ou ainda quando constatamos o cruzamento entre este romance e alguns contos de outros livros do mesmo autor, iluminam-se leituras sobre questões como a autoria, o papel do leitor no “funcionamento” da obra, e, aí também, a relação especular ou de duplicidade entre autor/leitor. Nas convergências e divergências dos personagens, mas também do leitor e do autor encontramos uma espécie de espelhamento. A leitura do cruzamento dessas subjetividades criadora e criativa, do autor/artista e do leitor/crítico, da narrativa pretende acompanhar o processo por que passam, que reforça a interseção, a multiplicidade e o reflexo. Fundação Universidade Regional de Blumenau2012-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/290810.7867/1981-9943.2011v5n1p114-124Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação; v. 5 n. 1 (2011): Literatura e Outras Artes II; 114-1241981-9943reponame:Linguagensinstname:Universidade Regional de Blumenau (FURB)instacron:FURBporhttps://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/2908/1878Copyright (c) 2014 Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessAmaral, Gloria Regina Alves de Carvalho2012-03-20T09:39:11Zoai:ojs.bu.furb.br:article/2908Revistahttp://proxy.furb.br/ojs/index.php/linguagensPUBhttp://proxy.furb.br/ojs/index.php/linguagens/oailinguagens@furb.br||linguagens.revista@gmail.com1981-99431981-9943opendoar:2012-03-20T09:39:11Linguagens - Universidade Regional de Blumenau (FURB)false |
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