CARTA MAIOR E VEJA: SILENCIAMENTO NO CASO CHARLIE HEBDO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gasparovic, Marilia Manfredi
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Linguagens
Texto Completo: https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/5576
Resumo: Este trabalho objetiva, à luz da Análise do Discurso de linha francesa, identificar as formações discursivas mobilizadas nos discursos das revistas Veja e Carta Maior, por meio de duas colunas opinativas, em relação ao atentado contra o periódico satírico francês Charlie Hebdo, ocorrido no início de 2015, bem como os efeitos de sentidos gerados por elas. Ao todo, são analisadas seis sequências discursivas, sendo três de cada uma das colunas. Para tanto, são mobilizados os conceitos de Formação Discursiva e Silenciamento, com base nos estudos de autores como Pêcheux (2009; 2010; 2011) e Orlandi (2007; 2010; 2011). Além disso, são tecidas considerações sobre o funcionamento do discurso jornalístico, a partir dos estudos de Mariani (1998) e Gregolin (1995; 1997), em especial no que tange à imagem de autoridade passada pela mídia. O ataque à revista francesa teve repercussão mundial por incitar ainda mais o debate sobre assuntos historicamente polêmicos: religião, liberdade de imprensa e imigração. As revistas Veja e Carta Maior, por se inscreverem em formações discursivas distintas, não apontaram as mesmas causas para o atentado. Nesse sentido, o trabalho se faz relevante por buscar compreender como se deu a construção discursiva no que tange às causas do ataque, em dois veículos de comunicação com posições ideológicas distintas, e dar abertura a novas discussões sobre a temática.
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