A personificação do estado em Hobbes como justificativa para a impossibilidade teórica de um projeto de paz cosmopolita em Kant
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Juris (Rio Grande. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/juris/article/view/4462 |
Resumo: | O presente texto pretende problematizar e analisar a impossibilidade Kantiana dfilosofia política de Thomas Hobbes, principalmente no que diz respeito à formação do Estado na filosofia deste autor, sua representação e as três causas da guerra elencadas no capítulo XIII do Leviatã, quais sejam: competição, desconfiança e glória. Também é pertinente salientar, para uma maior delimitação do problema proposto, o retorno ao Estado de natureza no âmbito internacional após a personificação do Estado soberano perante outros Estados, estabelecendo-se um estado de guerra constante no cenário internacional, voltando ao status quo ante e tornando obsoleto o conceito de soberania, sua importância e fundamento (neste sentido, o próprio Kant coloca sobre a concepção de guerra que cada Estado vive em relação ao outro na condição de liberdade natural e, portanto, numa condição de guerra constante. O autor inglês encerra a questão colocando que o medo da morte e o desejo daquelas coisas que são confortáveis são motivados pelas paixões. Especificamente quanto à questão abordada no presente artigo, pode-se auferir que somente por medo da morte (violenta) os homens estabelecem acordos. No caso dos Estados soberanos pode-se dizer, então, que são feitos acordos. Mas com um Estado mais forte, ou, com “soberano dos soberanos”. Neste caso, uma ideia cosmopolita mostra não ter respaldo de prosperidade na teoria política apresentada até o momento. O presente artigo tentou ilustrar sob uma perspectiva realista das relações internacionais, na qual o idealismo kantiano ilustrado em sua Paz Perpétua não teria validade (ou receptividade) na contraposição a obra de Hobbes, principalmente, como foi demonstrado, sob as concepções de Estado, Soberania e Guerra à obra do filósofo inglês. |
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